A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs hoje (3) o Plano Rearma Europe que poderia levar os Estados-membros a mobilizar até € 800 bilhões para financiar um aumento maciço das despesas com a defesa, horas depois de Washington ter suspendido toda a ajuda militar à Ucrânia, pressionando o bloco a aumentar a sua própria assistência.
“Estamos numa era de rearmamento e a Europa está pronta para aumentar maciçamente as suas despesas com a defesa, tanto para responder à urgência a curto prazo para apoiar a Ucrânia, como para responder à necessidade a longo prazo de assumir uma maior responsabilidade pela nossa própria segurança”, afirmou a presidente da Comissão Europeia.
As cinco medidas delineadas por Von der Leyen, que foram detalhadas numa carta dirigida aos líderes da UE antes da cimeira extraordinária de quinta-feira, incluem um “novo instrumento” para conceder € 150 bilhões em empréstimos aos Estados-membros para financiar investimentos conjuntos na defesa de capacidades pan-europeias, incluindo a defesa aérea e antimísseis, sistemas de artilharia, mísseis e munições, drones e sistemas anti-drone.
A emissão das chamadas euro-obrigações para financiar as necessidades de defesa do bloco tem sido, até agora, veementemente contestada por vários Estados-membros.
A ativação da cláusula de salvaguarda nacional do Pacto de Estabilidade e Crescimento é a outra medida fundamental do pacote de defesa de von der Leyen, que ela já tinha comunicado no mês passado num discurso na Conferência de Segurança de Munique.
Esta medida permitiria aos Estados-membros excluírem as despesas com a defesa das suas despesas nacionais e, assim, não correrem o risco de não cumprirem a política orçamentária do bloco, que exige que o déficit e a dívida pública se mantenham abaixo dos 3% e 60% do PIB, respetivamente.
Caso os países da UE aumentarem as suas despesas com defesa em 1,5% do PIB, em média, poderão ser liberados € 650 bilhões nos próximos quatro anos.
As outras três medidas propostas por von der Leyen incluem permitir que os Estados-membros utilizem os programas da política de coesão para aumentar as despesas com a defesa, estender o mandato do Banco Europeu de Investimento para aumentar o financiamento de projetos de defesa e acelerar a União da Poupança e do Investimento para permitir que os bancos privados também possam injetar mais dinheiro no setor. “A verdadeira questão que se coloca é saber se a Europa está preparada para atuar de forma tão decisiva quanto a situação o exige e se é capaz de atuar com a rapidez e a ambição necessárias”, disse von der Leyen.
Os líderes da UE vão discutir o pacote de defesa proposto durante a cimeira extraordinária em Bruxelas, nessa quinta-feira, na qual Volodymyr Zelenskyy deverá estar presente.
A cimeira foi convocada após a abertura diplomática de Donald Trump à Rússia e na sequência da reunião entre Zelenskyy e Trump na Casa Branca, em que o presidente ucraniano saiu antes do final da sua visita sem assinar um acordo sobre minerais que poderia funcionar como um dissuasor contra futuros ataques.
As consequências continuaram na segunda-feira, com Trump anunciando que os EUA suspenderam toda a ajuda militar à Ucrânia, argumentando que um acordo de paz “poderia ser feito muito rapidamente” e afirmando que “talvez alguém não queira fazer um acordo”.
A cimeira de quinta-feira poderá evidenciar as divisões entre os Estados-membros com relação à Ucrânia, uma vez que tanto o húngaro Viktor Orban como o eslovaco Robert Fico, ameaçaram vetar qualquer pedido de aumento da assistência militar ao país devastado pela guerra.
Os Estados-membros da UE aumentaram consideravelmente seus investimentos em defesa desde que a Rússia iniciou a a invasão da Ucrânia em 2022.
mais um programa que não vai trazer efeitos práticos algum para a defesa da Europa, mas que certamente vai servir como meio de lavagem de dinheiro e desvio de verba para muitos ”eurodeputados” e membros de mesa diretora de conglomerados de defesa. Afinal de contas, basta produzir seu incrível numero de 10 misseis a cada 6 meses, por 30 milhões de euros cada e continuar enganando os trouxas !
Ass: Russ0p@rdo de Caicó
E o colega disse alguma mentira? O histórico “recente” europeu não é exatamente esse?
Fazer ataque ad hominem não é legal, ainda mais vindo de um sujeito que defende os EUA e OTAN com unhas e dentes.
Qual a comprovação de que esse dinheiro será objeto de lavagem de dinheiro? Ademais os únicos eurodeputados envolvidos nesse tipo de ilícito até agora são os de extrema direita afinados com o Kremlin (o que surpreende 0 pessoas)
Os europeus não conseguem nem trabalhar em harmonia em seus projetos de defesa, onde cada país quer ser o líder do time, o histórico entre franceses e alemães está aí para qualquer um ver. Sem contar o alto preço dos produtos militares europeus, que quase sempre são mais caros que os americanos, russos ou chineses, mas claro, a culpa sempre é do “Kremlin”.
Pelo visto o seu problema atávico de c0gniçã0 está pior do que nunca visto que o que estamos discutindo aqui é a suposta lavagem de dinheiro feita por eurodeputados com verba de defesa, e eu apontei que quem foi pego praticando malfeitos foi a extrema direita (p Ex. AfD),que todos sabemos ser simpática à Rússia, e eis que você vem argumentar que os Europeus não sabem trabalhar em harmonia em projetos conjuntos de defesa.
O problema é que mais uma vez você se equivoca pois programas como o C-160 Transall, Alpha Jet, SEPECAT Jaguar, PANAVIA Tornado, EUROFIGHTER Typhoon, Fragatas FREMM e tantos outros estão aí para refutá-lo
Sinto muito!
O FCAS, Tempest e tantos outros projetos (até mesmo nos que você citou) estão aí para provar que a união entre os europeus é para inglês ver e brasileiro acreditar!
Tem que incluir neste pacote um aumento drástico nas capacidades de dissuasão nuclear. Tanto no que diz respeito ao aumento dos arsenais de França e UK, quanto no desenvolvimento acelerado do arsenal alemão e talvez também italiano e de quem mais se interessar. A Europa deve ter no mínimo umas mil ogivas operacionais e passarem a contar também com ICBMs, ao invés de apenas ISBM e mísseis lançados por caças.
Nunca subestimem a Europa.
Eles fazem guerra e politica a 2500 anos.
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