Rússia e Síria intensificam bombardeios em região onde avião foi abatido

Su-34 pousa no aeroporto sírio de Hmeimim © Sputnik/ Dmitry Vinogradov

© Sputnik/ Vladimir Astapkovich

Beirute, 25 nov (EFE).- As Forças Aéreas da Rússia e da Síria intensificaram nesta quarta-feira os bombardeios no norte da província de Latakia, no noroeste sírio, perto da fronteira com a Turquia, após um avião russo ter sido abatido por caças turcos ontem.

Um dirigente do Exército Livre Sírio (ELS) em Latakia, Ahmed Rahal, disse à Agência Efe que os ataques aéreos dos dois países aumentaram contra posições rebeldes no norte da província.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos explicou que aviões que se acreditam serem russos lançaram hoje um total de 12 ataques no norte de Latakia, onde prosseguem os combates entre os rebeldes e os soldados do regime de Bashar al Assad nas regiões de Jabal Turkoman e Jabal al Akrad.

Rahal destacou que nessa parte da Síria “não há a presença dos terroristas do ‘Daesh’ (acrônimo em árabe do Estado Islâmico)”.

A Turquia, que apoia a oposição síria, notificou ontem por escrito o Conselho de Segurança da ONU sobre o abate de um avião militar russo após uma suposta violação de seu espaço aéreo, fato negado pela Rússia, aliada do governo de Assad, que garantiu que a aeronave não cruzou a fronteira.

O avião abatido caiu no norte de Latakia, e os dois pilotos conseguiram se ejetar. Um deles foi resgatado vivo hoje por forças sírias e russas, enquanto o outro foi morto pelos rebeldes.

Rahal afirmou que dois aviões russos entraram por cinco minutos no espaço aéreo turco. Um deles voltou pouco tempo depois à Síria. O outro, que permaneceu na Turquia, foi abatido na sequência.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, explicou hoje que dois aviões de nacionalidade desconhecida se aproximaram da fronteira turca perto do município de Yaylagad, no sul da província de Hatay, e que os caças turcos efetuaram dez advertências.

“Após as advertências, um dos aviões retornou à Síria e o outro continuou violando nossa fronteira. Então, nossos caças F-16 que patrulhavam a região abriram fogo enquanto ele estava em nosso espaço aéreo”, disse o presidente.

O dirigente do ELS destacou que essa região da fronteira turco-síria é montanhosa e “muito fácil de invadir alguns metros do país vizinho se você está sobrevoando a região”.

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