Rússia lança 18 mísseis de cruzeiro a partir do Mediterrâneo e do Mar Cáspio e abate 600 terroristas

Míssil de cruzeiro russo - Vasily Botanov Sputnik
Míssil de cruzeiro russo – Vasily Botanov Sputnik

Os militares russos lançaram mísseis de cruzeiro contra posições do Estado Islâmico (IS, anteriormente ISIS / ISIL), na Síria do Mediterrâneo e do Mar Cáspio, aniquilando mais de 600 terroristas na província Deir Ex-Zor, disse o ministro da Defesa russo Sergey Shoigu.

“Em 20 de novembro, os navios de guerra da Frota do Mar Cáspio lançaram 18 mísseis de cruzeiro contra sete alvos nas províncias de Raqqa, Idlib e Aleppo. Todos os alvos foram atingidos com sucesso”, ele relatou ao presidente Vladimir Putin. Ao todo, são 10 navios de guerra que tomam parte na operação, seis dos quais estão no Mediterrâneo.

O Estado Islâmico têm sofrido enormes perdas como resultado da ofensiva russa, disse Shoigu, acrescentando que os dados no terreno mostram que o fluxo de terroristas que chegam na Síria diminuiu, enquanto mais e mais militantes fogem da zona de guerra para o norte e oeste.

Nos últimos quatro dias, as forças aéreas russas realizaram 522 missões, lançando mais de 100 mísseis de cruzeiro e 1.400 toneladas de bombas de vários tipos, declarou o ministro.

Ele acrescentou que um ataque contra um alvo em Deir ez-Zor utilizando vários mísseis de cruzeiro tinha matado mais de 600 militantes do EI.

Shoigu salientou que o número de aeronaves utilizadas na operação foi duplicada, e agora é composta por 69 aeronaves que efetuam 143 missões diáriamente.

O ministro destacou que a Rússia está focada em destruir a base econômica dos terroristas, tendo como alvo 15 áreas de armazenamento de petróleo e refinarias, bem como 525 caminhões tanque.

“Paramos o fornecimento de 60.000 toneladas de petróleo por dia para o mercado negro e os terroristas estão perdendo US$ 1.5 bilhões por dia”, disse Shoigu.

A Rússia também destruiu 23 campos de treinamento de jihadistas, 19 instalações de produção de explosivos, 47 depósitos de munições bem como muitas outras metas, de acordo com o ministro.

Além disso, a campanha aérea da Rússia tem prestado um apoio significativo para as tropas do governo sírio perto de Aleppo, Idlib, Latakia e Palmyra, observou ele.

Ele também acrescentou que os militares russos já começaram a cooperar com os seus homólogos franceses, como ordenado pelo presidente Putin.

“Nós temos um monte de provas de que os ataques aéreos russos são eficazes”, disse o brigadeiro-general sírio Ali Maihub à Interfax.

“Ataques aéreos em massa russos fizeram um dano irreparável para as organizações terroristas internacionais na Síria, interrompendo seus sistemas de gestão e de financiamento, destruindo suas bases e depósitos”, acrescentou.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov ainda sustenta que a Rússia não vai se envolver em uma operação terrestre contra o IS na Síria.

“Não houve nenhuma discussão sobre uma operação terrestre, e ainda não há discussão”, disse Peskov a repórteres.

Enquanto isso, o chanceler russo, Sergey Lavrov e o secretário de Estado dos EUA John Kerry, têm discutido por telefone a necessidade de um esforço conjunto para combater o Estado islâmico na Síria, bem como a necessidade de lançar negociações entre Damasco e a oposição síria, disse em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores russo.

Uma autoridade dos EUA disse na sexta-feira que a Rússia tem dado o aviso prévio antes de ataques aéreos dos EUA pelo menos três vezes desde os ataques em Paris, segundo relatórios á Reuters.

FONTE: RT

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