Rússia quer sobrevoar os EUA com avião espião

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Por causa de um tratado, não há muito que o Pentágono possa fazer.

A Rússia entrou com um pedido, nesta segunda-feira, 22, para que um avião espião carregando câmeras digitais avançadas sobrevoe os EUA. O pedido é um dilema para o governo americano: como Washington deve responder, em uma época em que está em desacordo com Moscou sobre a Síria e a Ucrânia e autoridades da Defesa dos EUA identificaram a Rússia como sua principal ameaça existencial?

Seria complicado, para os EUA, bloquear o pedido da Rússia. O Tratado Open Skies (Céus Abertos), que foi aprovado em 1992 e colocado em efeito em 2002, permite a signatários pilotar aeronaves desarmadas carregando câmeras de vídeo e fotografia, dispositivos de leitura infravermelha e certas formas de radar sobre o território dos outros membros do tratado.

Inspeções são realizadas para se certificar de que as câmeras utilizadas estão de acordo com os termos do tratado e não são poderosas demais.
O capitão da marinha americana, Jeff Davis, um porta-voz do Pentágono, disse na segunda-feira que o tratado, que foi ratificado pelo Senado, ajuda a prevenir qualquer má interpretação de ações militares, que podem levar a conflitos armados.

“Nós temos de nos lembrar que enquanto temos muitas informações sobre grade parte do mundo, muitos países não necessariamente têm tantas informações sobre nós”, disse Davis. “Então, em nome da transparência e para evitar um erro de cálculo por eles, às vezes é melhor permitir que eles olhem o que estamos e o que não estamos fazendo.”

O tenente general da marinha, Vincent Stewart, a maior autoridade em inteligência do exército americano, disse durante uma audiência no ano passado que estava “muito preocupado” de a Rússia estar usando o tratado para observar os EUA.

“O Tratado Open Skies foi feito para uma época diferente”, disse Stewart, acrescentando que “adoraria” falar sobre o assunto em uma sessão fechada ao público.

FONTE: Opinião e Notícia

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