USS Ross (DDG 71) vai para o Mar Negro: EUA e aliados aumentam as patrulhas

O USS Ross passa por Istambul a caminho do Mar Negro no domingo, 14 de abril de 2019. CORTESIA DO YORUK ISIK



Por SCOTT WYLAND

O destróier USS Ross (DDG 71) entrou no Mar Negro na noite de domingo, quarta vez neste ano em que a Marinha envia um navio de guerra para a região.

No ano passado, autoridades dos EUA e da OTAN disseram que vão aumentar sua presença naval no Mar Negro, em resposta à Rússia se tornar mais assertiva, especialmente nas águas perto da península da Criméia, que foi apreendida da Ucrânia em 2014.

USS Ross (DDG 71)

Os navios da OTAN passaram 120 dias no Mar Negro no ano passado, acima dos 80 em 2017. E os quatro navios de guerra dos EUA que operaram no mar este ano já atingiram o total do ano passado, sem contar grandes exercícios aliados como o Sea Breeze.

O USS Ross passa por Istambul a caminho do Mar Negro no domingo, 14 de abril de 2019. CORTESIA DO YORUK ISIK

“Nossos aliados no Mar Negro continuam a desempenhar um papel fundamental na manutenção da segurança no teatro europeu”, disse o comandante Dave Coles, comandante do destróier em um comunicado.

O USS Donald Cook (DDG 75), outro destróier da classe Arleigh Burke, esteve no Mar Negro duas vezes este ano.

Em janeiro, o USS Fort McHenry (LSD 43), um navio de desembarque de doca, foi o primeiro navio de guerra dos EUA a entrar na região desde que a Rússia apreendeu três navios ucranianos no ano passado no Estreito de Kerch e prendeu 24 marinheiros.

“Isso é absolutamente errado, e não é o tipo de comportamento que você esperaria de uma grande potência”, disse o almirante James Foggo, comandante das Forças Navais da Europa e África em um recente podcast. “As ações da Rússia para impedir o trânsito marítimo em um lugar como o Mar de Azov prejudica e desestabiliza a Ucrânia, além de violar as normas internacionais de comportamento”.

Moscou está monitorando os movimentos do USS Ross, que considera uma provocação, disseram autoridades russas em meios de comunicação estatais.

“Observamos com muito cuidado como os planos da aliança para aumentar sua presença na região se desenvolvem, e vamos reagir de acordo”, disse Alexander Grushko, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, a repórteres no sábado. Navios e aeronaves de patrulha marítima da frota russa do Mar Negro monitoram rotineiramente navios de guerra americanos e aliados que operam na região.

Invadir a Crimeia permitiu à Rússia fortalecer suas capacidades no mar nesta área e reforçou sua atitude proprietária em relação à região, escreveu Michael Petersen, especialista marítimo da Rússia do Colégio Naval de Guerra, em um relatório de janeiro sobre o site de segurança nacional War on the Rocks.

A Rússia montou uma série de sistemas de defesa, como mísseis terra-ar S-400, sistemas de mísseis de defesa costeira móveis Bastion-P e mísseis anti-navio P-800 Oniks, bem como radares que podem detectar navios quase 300 quilômetros de distância, disse Petersen.

A Frota do Mar Negro da Rússia sofreu 20 anos de declínio após a Guerra Fria, mas na última década transformou-se em uma força formidável que lhe permitiu intervir efetivamente na Síria em 2015, disse Petersen.

“Três anos depois, a Rússia ainda possui uma presença dominante da região do Mar Negro”, disse Petersen.

FONTE: Star and Stripes

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN



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