Argentina protesta contra exercícios militares britânicos nas Malvinas

Túmulo de um soldado falecido durante a guerra das Malvinas - AFP

AFP – O governo argentino publicou no último dia 16 um “protesto energético” pela realização de exercícios militares do Reino Unido nas Ilhas Malvinas (Falklands), cuja soberania é reivindicada pelo país sul-americano.

“A Argentina rejeita nos termos mais contundentes a realização destas manobras navais, aéreas e militares em território argentino ilegitimamente ocupado pelo Reino Unido, que constituem uma injustificada demonstração de força”, escreveu em comunicado o governo do presidente Alberto Fernández.

Segundo o documento, intitulado “Protesto energético da Argentina”, no exercício realizado em julho interviram “o navio patrulha HMS Forth, a Companhia de Infantaria britânica A, e a aeronave A400M junto com caças da 1435° Group Flight da Força Aérea Britânica (RAF), que fazem parte da força militar de ocupação ilegal do Reino Unido nas Ilhas Malvinas”.

Daniel Filmus, secretário argentino das Malvinas, Antártica e Atlântico Sul, garantiu que “os exercícios britânicos violam todas as recomendações aprovadas pelas Nações Unidas (ONU) e pelos acordos dos países com costas no Atlântico Sul”.

HMS Forth

“A Argentina reitera o pedido ao Reino Unido de não realizar ações militares na região e a retomar as negociações diplomáticas pela soberania nas ilhas nas condições estabelecidas pela resolução 2065 da ONU”, continuou Filmus.

No passado, a ONU e outras organizações internacionais pediram para que tanto a Argentina como o Reino Unido retomem as negociações, com o objetivo de encontrar uma solução pacífica e definitiva para a disputa da soberania do arquipélago no Atlântico Sul.

A Argentina reivindica a soberania das Malvinas, ocupadas por forças britânicas desde 1833. A divergência levou os dois países a se enfrentarem em uma guerra em 1982 que durou 74 dias e terminou com a rendição argentina. No conflito, morreram 649 argentinos e 255 britânicos.

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