Exercícios militares na Coreia do Sul e Taiwan refletem clima de tensão na região

© AP - Ahn Young-joon Exercícios militares na Coreia do Sul e Taiwan refletem clima de tensão na região

Helicópteros de ataque Apache do Exército dos Estados Unidos, baseados na Coreia do Sul, participam, nesta segunda-feira (25), de exercícios de tiro real com canhões e foguetes, informaram os militares americanos.

Este é o primeiro treinamento na Coreia do Sul desde 2019. As operações acontecem até 29 de julho perto da zona desmilitarizada e protegida (DMZ) entre as duas Coreias, num complexo conhecido como Rodriguez Live Fire, segundo a 2ª Divisão de Infantaria dos EUA.

As manobras ajudam a garantir que a tripulação dos EUA “seja capaz de executar sua missão se solicitada”, disse um porta-voz militar em comunicado.

As aeronaves utilizadas são helicópteros de combate AH-64E Apache, como mostram imagens postadas no Twitter pelas Forças Armadas americanas.

“O 5º Esquadrão do 17º Regimento de Cavalaria e o 4-2º Batalhão de Ataque realizam exercícios de artilharia aérea, para aprimorar suas tripulações em proficiência com mísseis AGM-114 Hellfire, foguetes Hydra 70 e canhões de 30 mm”, especifica a mensagem.

De acordo com a mídia local, os militares dos EUA haviam suspendido as operações no Rodriguez Live Fire Complex em 2018, devido a reclamações de moradores sobre o barulho das aeronaves e a segurança no local.

Os exercícios em andamento destinam-se a “medir o ruído”, de acordo com um funcionário do Ministério da Defesa de Seul, aparentemente referindo-se às preocupações dos moradores. Este tipo de exercícios conjuntos desagrada Pyongyang, que os considera “ensaios de invasão”.

Seul e Washington, aliados de longa data para a segurança regional, disseram, em maio, que estavam retomando exercícios militares conjuntos reduzidos devido à pandemia de Covid-19, em razão de negociações fracassadas com Pyongyang.

O novo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que assumiu o cargo em maio, prometeu endurecer a posição do país em relação a Pyongyang. A Coreia do Norte realizou uma série recorde de testes de armas este ano, incluindo o disparo de um míssil balístico intercontinental pela primeira vez desde 2017.

Seis caças F-35A dos EUA também chegaram à Coreia do Sul no início deste mês para um exercício conjunto de 10 dias, que terminou em 14 de julho. Foi a primeira demonstração pública de aviões de guerra dos EUA no país desde o final de 2017.

FONTE: RFI

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