Teerã – Em um grande ato de desafio, o Irã anunciou quarta-feira que havia frustrado uma tentativa dos EUA de confiscar o óleo iraniano no mar de Omã, estabelecendo criando uma situação de atos defensivos iranianos para proteger suas exportações de petróleo, face ameaças crescentes em restringir o comércio de petróleo do Irã.
As forças do Irã Revolutionary Guard Corps (IRGC), realizaram uma ousada ação para proteger a exportação de petróleo do Irã, quando as forças americanas confiscavam um gigante petroleiro iraniano no mar de Omã e transbordaram sua remessa de óleo para outro petroleiro, segundo a mídia estatal iraniana disse na quarta-feira.
De acordo com a TV estatal do Irã, as forças da Marinha do IRGC realizaram uma operação de Heliborne para devolver a carga de óleo apreendida para o Irã. As tropas da IRGC pousaram a bordo do petroleiro carregando o óleo apreendido e levou-o para águas territoriais do Irã.
Enquanto isso, as forças dos EUA enviaram vários helicópteros e destróiers em uma tentativa de retomar o petroleiro, mas a Marinha do IRGC impediu que eles fizessem isso, de acordo com a mídia iraniana. Os EUA fizeram outro esforço para evitar que o Irã tirasse o óleo petroleiro, mas falharam.
O petroleiro está agora em águas territoriais do Irã. A mídia iraniana não ofereceu mais detalhes sobre quando o encontro aconteceu e qual país o petroleiro apreendido pertence. O IRGC Media Office confirmou o encontro em uma declaração quarta-feira e disse que o petroleiro atracou em um porto de Bandar Abbas. A declaração descreveu os EUA como “ladrão”.
A partir dessa escrita, os Estados Unidos permaneceram em silêncio no anúncio do Irã. Um oficial militar dos EUA disse para a Al-Jazeera que “as alegações do IRGC sobre o petroleiro iraniano não é verdadeira”. Mas o IRGC disse que tinha “imagens claras e inegáveis do encontro” que seria compartilhada com a mídia de massa.
O episódio marcou a primeira vez o Irã e os EUA tiveram um encontro tenso desde que Joe Biden assumiu o cargo há quase um ano. Isto também veio contra um pano de fundo de tensões aumentadas entre o Irã e o Oeste sobre quando retomarão as conversas nucleares paradas em Viena sobre como reativar o acordo nuclear de 2015, conhecido formalmente como Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA).
Em 27 de outubro, o Irã disse que as negociações de Viena começarão antes do final de novembro. Também disse na segunda-feira que as conversas serão anunciadas esta semana.
Enquanto o retorno de Irã a Viena permanece em consideração, Washington e Aliados na Europa e Região, aumentam suas pressões ao Irã, diplomaticamente e agora economicamente. Por outro lado, o Irã ligou para os EUA para fornecer “objetivos e garantias” que Washington não vai renegar em seus compromissos sob um acordo nuclear revivido com o Irã novamente.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iranianos Saeed Khatibzadeh descreveu as administrações dos EUA como “regimes desonestos” que não são confiáveis para trabalhar.
O Secretário do Supremo Conselho Nacional de Segurança do Irã, Ali Shamkhani, comparou o atual estado de jogo entre o Irã e os EUA como a Guerra do Irã-Iraque na década de 1980.
“Os ataques de Saddam estavam em andamento e as sanções continuavam. Parte do Irã estava sob a ocupação do inimigo e a economia da nação iraniana foi realizada refém. Os combatentes estavam defendendo o Irã na linha de frente e os cientistas prosseguiam com as atividades nucleares legais” , disse ele no Twitter. “Caso a situação atual não mude, o resultado das negociações será claro com antecedência”, alertou ele.
As observações de Shamkhani, juntamente com relatos de uma caminhada nas exportações de petróleo do Irã nos últimos meses que parecem ser a principal razão por trás do último encontro, foram o último sinal de que a retomada das negociações entre o Irã e o Ocidente não afetarão a política de resistência ativa do Irã, aprovada após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump lançar sua campanha de “pressão máxima” contra Teerã.
Título original: U.S. hit and run move thwarted
TRADUÇÃOE ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Tehran Times