Por Sinan Hanioglu
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) votará hoje sobre a renovação do mandato da Força Provisória das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
Israel exigiu que o mandato seja significativamente aprimorado, para incluir a inspeção da propriedade privada, a fim de cumprir adequadamente sua missão. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), a UNIFIL está operando atualmente com “eficiência zero”.
As tensões aumentaram recentemente entre Israel e a milícia Hezbollah, apoiada pelo Irã; o último domina o aparato político e de segurança do Líbano. A IDF anunciou ataques aéreos a pontos de observação do Hezbollah em 26 de agosto, em retaliação pela queda de um drone israelense. Os ataques ocorreram após um incidente no final de julho, quando a IDF interceptou um grupo de combatentes do Hezbollah que tentavam se infiltrar na fronteira israelense.
Enquanto os EUA apóiam o apelo de Israel, o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Charbel Wahbe, se opõe a qualquer mudança na UNIFIL. Apesar dos protestos do Líbano, as ameaças dos EUA de exercer seu veto devem influenciar o Conselho de Segurança a avaliar as preocupações israelenses. Após contratempos recentes com relação à reintrodução das sanções do Conselho de Segurança ao Irã, os Estados Unidos poderiam tentar alavancar as negociações da UNIFIL para obter concessões a esse respeito. No entanto, espera-se que um acordo seja alcançado antes que o mandato da UNIFIL expire em 31 de agosto.
Nem os EUA nem Israel prefeririam mudar radicalmente a dinâmica de segurança ao longo da fronteira israelense-libanesa em um momento em que o Líbano está altamente desestabilizado. Um veto dos Estados Unidos pode levar o Hezbollah a aumentar seu assédio às forças da IDF, levando a consequências potencialmente mortais, especialmente para os libaneses.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Foreign Brief