Ministro reforça necessidade de mais recursos para as Forças Armadas

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados - Foto José Cruz

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pediu nesta quarta-feira 6/7/2022 ao Congresso Nacional que apoie a gradual ampliação de recursos financeiros destinados ao custeio das Forças Armadas.

“Queria, mais uma vez, reforçar a necessidade de recebermos ajuda desta Casa no sentido de aumentarmos o orçamento das Forças Armadas proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB)]”, disse o general durante uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

O evento, que durou mais de seis horas, foi realizado em meio à expectativa da votação, pelo Congresso Nacional, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define as diretrizes do próximo ano, incluindo previsões de receitas e despesas.

Acompanhado dos comandantes das três forças (Aeronáutica, Exército e Marinha), o ministro exibiu um gráfico indicativo de que, embora o Brasil seja a principal economia da América do Sul, ocupa o sexto lugar entre os países sul-americanos em termos de investimentos percentuais do PIB.

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados – Foto José Cruz

Investimentos

De acordo com o ministro da Defesa, o Brasil investe 1,19% de seu PIB para equipar e manter o aparato das Forças Armadas, ficando atrás da Colômbia (3%); Equador (2,4%); Uruguai (2,2%); Chile (1,9%) e Bolívia (1,5%). Os dados são do Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU).

“A Política Nacional de Defesa é clara ao dizer que, para termos a condição de desenvolver a contento nossos programas e projetos estratégicos, deveríamos chegar a 2% do PIB”, explicou o ministro ao elencar alguns dos principais “desafios” da Aeronáutica, Exército e Marinha: investir em desenvolvimento científico e tecnológico e na necessária capacitação dos militares; participar de mais missões de paz e segurança internacionais e reforçar a vigilância na Amazônia e nas fronteiras.

“A Amazônia é prioridade estratégica para a defesa nacional. Hoje, já somos quase 50 mil militares na região. A partir da década de 90, as Forças Armadas, principalmente o Exército, praticamente dobraram seu efetivo na Amazônia, transferindo várias organizações militares das regiões sul e leste pela necessidade de uma presença mais efetiva na região”, complementou.

Os comandantes militares endossaram o pedido do ministro, destacando a necessidade de recursos. “A Força Aérea (FAB), já há oito anos, tem feito um trabalho muito sério para reduzir a atividade-meio e canalizar recursos para a atividade-fim. Ou seja, diminuir o pagamento de pessoal para comprar aviões e mísseis. Fechamos quatro bases aéreas e três parques de manutenção, mas não conseguimos, da maneira como o Orçamento é feito, transferir esses recursos de pagamento para atividades discricionárias, aquelas que podem ser alocadas conforme o interesse público”, disse o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior.

“Só pedimos aos senhores deputados que, conforme falou o nosso ministro, nos ajudem a fim de que possamos ter o mínimo de corte possível no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para que os projetos estratégicos não sejam paralisados, projetos esses que já estão em pleno desenvolvimento, alguns deles faltando muito pouco para serem concluídos”, afirmou o comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.

FONTE: Agência Brasil

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