“A GUERRA DO AMANHÃ: Tecnologia, Estratégia e Uso da Força no Ambiente Marinho”

1º Seminário do CEPE–EGN 2015

TEMA –  “A GUERRA DO AMANHÃ: TECNOLOGIA, ESTRATÉGIA E USO DA FORÇA EM AMBIENTE MARINHO”.

Local: Escola de Guerra Naval Manhã: Auditório Tamandaré – Tarde: Centro de Jogos de Guerra Data: 25 de março de 2015 (4ª. feira)

O ritmo do desenvolvimento científico-tecnológico no século XXI prenuncia inovações de ruptura para as próximas décadas, com aplicações em diversos setores produtivos, incluindo o relacionado à defesa. Novas plataformas e sistemas poderão gerar capacitações militares sem precedentes, com potencial de mudar paradigmas e afetar – ou reforçar – a distribuição de poder no sistema de governança global. Inteligência artificial, robótica, drones, cyber-armas, armas de energia direta, armas nanobiotecnológicas, exoesqueletos e uniformes inteligentes, eis alguns dos temas que tornam cada vez mais difícil separar ficção e realidade.

Diante de tais perspectivas, como desenvolver o pensamento político e estratégico de modo a orientar os esforços de preparação para a defesa no futuro, não só em sua base material, mas, sobretudo, no que tange ao preparo dos combatentes?

Em tal contexto, parece necessário ampliar a compreensão das inter-relações entre política, estratégia, tecnologia e aquisições de defesa. Isso porque, em países emergentes, os grandes projetos estratégicos de defesa são altamente demandantes de recursos públicos, envolvem riscos e podem se estender no tempo por mais de uma geração, como no caso do submarino de propulsão nuclear. Ademais, tecnologias militares no estado da arte, muito apreciadas, estão muitas vezes fora do alcance de países em desenvolvimento, seja pelas limitações nas capacitações seja pelo cerceamento tecnológico imposto. Isso implica a necessidade de continuada revisão e atualização do planejamento estratégico, pois a própria dinâmica da inovação pode tornar obsoletos produtos de defesa ainda em desenvolvimento, representando um desafio para estudiosos e estrategistas. Tal quadro nos convida a perscrutar tendências no que tange ao futuro uso da força “para fins politicamente estabelecidos”, seus instrumentos e modos de emprego, em busca de indicadores que nos permitam imaginar possíveis ambientes operacionais para, a partir daí, conceber a configuração de forças a desenvolver.

O presente seminário tem por propósito estimular a reflexão sobre os impactos recíprocos entre estratégia e tecnologia nas próximas décadas, com foco no poder marítimo, por meio de debates acadêmicos que busquem contribuições de especialistas de dentro e de fora da instituição.

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