Brasil abandona projeto de compra de defesa antiaérea da Rússia

2279501 06.09.2013 Самоходный зенитный ракетно-пушечный комплекс (ЗРПК) наземного базирования Панцирь-С1 во время Международных военных учений "Боевое содружество" на полигоне Ашулук в Астраханской области. Михаил Мокрушин/РИА Новости

Mais caro, inferior aos concorrentes, o equipamento de 1 bilhão de dólares, quase foi comprado no governo Dilma Rousseff

O governo brasileiro colocou um ponto final em uma negociação que já se arrastava há quase cinco anos. Os comandantes militares foram informados que o Brasil não fechará a aquisição de sistemas de defesa antiaérea de fabricação russa.

Orçados em mais de 1 bilhão de dólares, os sistemas Pantsir-S1 eram criticados pelos militares que preferiam modelos mais baratos e eficientes produzidos por outros países.

O Ministério da Defesa já havia sinalizado para os russos que não daria sequência na negociação, que tinha entre os participantes a Odebrecht Defesa como uma das partes interessadas.

Pepino russo

Apesar de considerada “inviável”, por parte do Brasil, a venda era trada pelos russos como algo possível. Chegaram inclusive a ameaçar colocar barreiras para entrada da carne brasileira, caso o negócio não fosse fechado.

Na semana passada, os Russos foram avisados que o programa foi cancelado e que o Pantsir-S1 não faz mais parte das intenções de compra do Ministério da Defesa por ser caro demais e fora dos padrões exigidos pelas Forças Armadas do Brasil.

No futuro, quando houver orçamento para uma nova concorrência internacional, o Pantsir-S1 não será considerado como uma das opções de compra.

Em 2012 os militares distribuíram a trinta fabricantes estrangeiros um relatório com as especificações desejadas para o equipamento. Entre outras exigências, as baterias deveriam ser compatíveis com os radares usados no país, caber nos aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB) e ser equipadas de mísseis com alcance de 30 quilômetros. Pantsir-S1 não atende a esses requisitos.

FONTE: Revista Veja

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