Brasil e EUA devem liderar a produção de petróleo até 2035, prevê a AIE

Agência cita o pré-sal e o xisto como responsáveis pela pela nova geografia dos combustíveis

Brasil e Estados Unidos serão dois dos grandes atores do novo panorama da energia em 2035, com novos recursos fósseis que permitirão fazer frente à crescente demanda petrolífera mundial, prevê a Agência Internacional de Energia (AIE). Impulsionada por países emergentes como China ou Índia, em particular nos setores petroquímico e de transportes, o consumo mundial de petróleo chegará em 2035 a 101 milhões de barris diários (mbd), indica a AIE em seu World Energy Outlook,estudo prospectivo anual. Isso supõe 14 mbd adicionais em25anos.

É certo que a produção de campos petrolíferos atualmente em atividade cairá em mais de 40 mbd até 2035, e a parte do petróleo convencional no consumo do combustível se reduzirá a 65 mbd, contra 70mbd atualmente. No entanto, não haverá por causa disso crise energética nesse futuro, tranquiliza a AIE, em parte graças aos Estados Unidos e ao Brasil: as reservas calculadas de petróleo foram revisadas em alta devido à descoberta de novos poços e jazidas offshore de petróleo no Brasil, assim como ao desenvolvimento de hidrocarbonetos não convencional nos Estados Unidos.

Estes novos recursos farão dos Estados Unidos o primeiro produtor petrolífero mundial, e levarão o país à independência energética em torno de 2035, além de dar uma vantagem competitiva graças a preços muito baixos. Isso será certo para o gás. “O preço do gás nos Estados Unidos equivale a um terço dos preços pagos na Europa pela importação, e a um quinto do que o Japão paga”. Ao mesmo tempo, a produção aumentará com força no litoral brasileiro, graças à descoberta de jazidas offshore, que converterão o país em um dos pesos pesados do setor.

Os preços do petróleo continuarão aumentando e a Agência aposta que chegarão à média de US$ 128 em2035, contra os cerca de US$ 100 atualmente. O peso da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que atualmente fornece 35% da produção mundial, vai se reduzir nos próximos dez anos

FONTE: Brasil Econômico

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