Chefes de Estado africanos defendem envio de força naval internacional

Pirataria

Yaoundé – Os Chefes de Estado da África Central e Ocidental defenderam nesta segunda-feira, o envio de uma força naval internacional para lutar contra a pirataria, numa reunião em Yaoundé sobre a segurança no Golfo da Guiné.

“Convido a comunidade internacional para mostrar a mesma firmeza no Golfo da Guiné, à semelhança do exibido no Golfo de Aden, onde a presença das forças navais internacionais ajudou a reduzir drasticamente os atos de pirataria”, disse no seu discurso o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.

Ao seu lado, o presidente Chade acusou “um terrorismo internacional e multiforme na África, e defendeu o desdobramento de uma força de intervenção rápida cuja criação foi decidida pela União Africana (UA) no fim de Maio.

“A recente experiência do Mali mostrou que não devemos esperar. Esta força pode também ter a sua componente marítimas”, sublinhou.

!É preciso reagirmos com firmeza se não quisermos ver diminuir o fluxo migratório de mercadorias no nosso espaço marítimo, se não queremos comprometer o nosso desenvolvimento e o equilíbrio do mundo (….) Devemos reagir sem falhar e sem enfraquecer”, declarou por sua vez,o chefe de Estado camaronês, Paul Biya.

Onze chefes de Estado estiveram presentes na cerimônia de abertura na capital camaronesa nomeadamente : Paul Biya (Camarões), Goodluck Jonathan (Nigéria), Ali Bongo Ondimba (Gabão), Alassane Ouattara (Costa do Marfim) e Idriss Deby Itno (Chade).

Segundo o Bureau Maritime International (BMI) o número de atos de pirataria marítima registrados ao largo das costas oeste–africanas em 2012 ultrapassou pela primeira vez os ataques no Golfo de Aden e no Oceano Índico, com 966 marinheiros atacados no golfo da Guiné, contra 851 ao largo das costas somalis.

O BMI estima o valor das mercadorias roubadas em 2012 no golfo da Guiné entre 34 e 101 milhões de dólares (25 a 75 milhões de euros).

Os países mais afetados são a Nigéria, o Benin, a Costa do Marfim, Camarões, a Guiné–Equatorial, Gabão e Togo.

FONTE: AP

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