COPPE inaugura o LabSonar para desenvolver o Sonar do Submarino Nuclear Brasileiro

COPPE – Foto Info Abril

O Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou o Laboratório de Tecnologia Sonar (LabSonar), que vai atuar, junto com a Marinha, no desenvolvimento de tecnologias de detecção e classificação de ruídos dos motores de navios, para a proteção da costa brasileira.

O professor José Seixas, coordenador do LabSonar, disse que o projeto do submarino nuclear brasileiro, o principal desafio do laboratório, traz a oportunidade de grande desenvolvimento tecnológico para o país.

O LabSonar surge em um momento interessante, em que não só a Marinha resolveu construir esse aporte considerável de submarinos, incluindo essa parte nuclear, como vem se sedimentando uma ideia de que o Brasil hoje é um parceiro bem diferenciado nesse cenário internacional, disse.

Entre os desafios tecnológico que o LabSonar vai trabalhar, estão a fusão de dados, processamento estocástico de sinais, estatística de ordem superior, separação cega de fontes, inteligência computacional, engenharia de software e sistemas embarcados, congregando os programas de engenharia elétrica e oceânica do Coppe.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, almirante-de-esquadra Wilson Barbosa Guerra, explicou que o projeto do submarino nuclear tem como desafio construir uma embarcação tipicamente brasileira.”Nós vamos construir junto com a França quatro submarinos convencionais, esse é um projeto francês e nós temos índices de nacionalização. Mas o maior desafio é nós projetarmos. Então, hoje nós temos engenheiros que passaram dois anos no Coppe fazendo especialização e dois anos na França, e hoje estão em São Paulo projetando”.

De acordo com o Almirante Guerra, a fase inicial e os testes de exequibilidade do projeto já foram aprovados pela Marinha, como tamanho, modelagem de deslocamento e engenharia de construção. Nos próximos dois anos serão tomadas algumas decisões, como o modelo do sonar a ser usado. O submarino nuclear brasileiro deve ficar pronto em 2025.

Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, abrirá o Seminário de Desenvolvimento e Energia Nuclear no dia 8 de agosto, no auditório da Associação Comercial de Pernambuco em Recife – PE. O evento está sendo organizado pelo Clube de Engenharia de Pernambuco.

As participações de Altino Ventura Filho, Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, na mesa redonda O Futuro Energético e a Geração Nuclear, juntamente com Leonam dos Santos Guimarães, Assistente da Presidência da Eletronuclear, e com a moderação de Carlos Henrique Mariz, chefe do escritório de Recife da Eletronuclear, são destaques do Seminário.

Outra palestra que despertará muito interesse é a do Supervisor para Novos Empreendimentos da Eletronuclear, Drausio Lima Atalla. Ele falará sobre a possibilidade da construção de uma central nuclear no Nordeste.

A propósito desse projeto, consta no Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030), a escolha do Nordeste para a construção de usinas nucleares a fim de atender ao crescimento do mercado de energia elétrica na região.

Por isso, inicialmente, o foco do trabalho de prospecção de sítios, realizado pela Eletronuclear, foi compreendido entre o litoral de Recife e Salvador e o vale dos grandes rios que desembocam nesse litoral.

Posteriormente, o estudo foi estendido para todo o território nacional e, no momento, a empresa aguarda o lançamento do PNE 2050, que deverá ser publicado em 2014, para dar prosseguimento à escolha dos sítios.

FONTE: Info Energia

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