Exército mapeia ‘vazios cartográficos’ com radar produzido em S. José, SP

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Um radar desenvolvido em São José dos Campos está sendo utilizado por equipes do Exército em serviços de mapeamento na região amazônica. O objetivo do trabalho é conseguir imagens de áreas desconhecidas e de difícil acesso – os chamados vazios cartográficos.

O mapeamento é feito desde 2008 na região Amazônica – falta precisão aos mapas existentes da região. Isso porque a cobertura de árvores e de nuvens na região dificulta informações detalhadas sobre relevo, rios e fronteiras.

Atualmente, 80% do trabalho está concluído. Neste momento as equipes estão mapeando o Amapá. O avião percorreu 600 horas de vôo sobre o Estado, levando um radar desenvolvido por uma empresa do Vale do Paraíba.

Segundo Astor Vasques, presidente da empresa, o radar atravessa as copas das árvores, produzindo imagens com alto nível de detalhamento. “O diferencial é que esse radar trabalha com dois comprimentos de ondas: uma onda menor, que quando o avião passa com o radar ele emite sinais eletromagnéticos que retornam das copas das árvores. A outra onda tem um comprimento de entre 80 centímetros e um metro. Ela é grande, passa pela copa das árvores e consegue fazer o mapeamento do solo, embaixo da floresta”, explicou.

Os resultados dos trabalhos são os mapas cartográficos, que podem revelar áreas desmatadas, pistas de pouso clandestinas no meio da floresta e até alterar alguns pontos da fronteira do país.”[O radar] vai identificar contornos de divisas, mas obviamente, a homologação destas divisas vai depender de órgãos que são encarregados disso”, disse o general Silva Neto, que é diretor de serviços geográficos do Exército.

As imagens feitas pelo radar também são processadas em São José. Segundo o general, os novos mapas podem orientar o desenvolvimento da região e de projetos dos governos locais e federal. “Os radares são usados na parte de controle ambiental, monitoramento, planejar grandes obras de infraestutura, traçado inicial das estradas; permitem identificar estruturas disponíveis no terreno, agrupamentos de povoamento humano”, afirmou.

FONTE: G1

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