Força de Autodefesa Marítima do Japão estuda o uso de sonar no modo ativo em submarinos

Submarino JS Soryu (SS-501) da JMSDF atraca a bombordo do USS Frank Cable (AS 40) em Guam. Foto Alana La

TÓQUIO – O Ministério da Defesa japonês está considerando autorizar os submarinos da Força de Autodefesa Marítima (JMSDF), a usar o sonar no modo ativo (que envia ondas sonoras para detectar a localização de outras embarcações), apurou o Yomiuri Shimbun.

Os submarinos da JMSDF até agora evitaram o uso do sonar no modo ativo porque corre o risco de revelar sua localização a um inimigo.

Após um incidente em fevereiro no qual o submarino Soryu colidiu com um navio de carga ao largo da Prefeitura de Kochi, no entanto, o ministério decidiu que o sonar no modo ativo era necessário para prevenir uma recorrência.

Submarino japonês Soryu após colisão com embarcação de superfície

Operando no fundo do mar, as tripulações de submarinos são limitadas no que podem ver. Portanto, os submarinos procuram obstáculos e navios inimigos usando sonar para analisar as ondas sonoras no fundo do mar.

O sonar é dividido em ativo e passivo. O sonar no modo ativo emite ondas sonoras e analisa as ondas que ricocheteiam nos alvos, enquanto o sonar no modo passivo capta as ondas sonoras geradas pelos alvos.

Os submarinos devem manter-se furtivos, portanto, eles mantêm ao mínimo equipamentos e aparelhos que produzem sons.

Existem desvantagens, no entanto. Os submarinos usam sonar para confirmar a segurança de seus arredores ao emergir, mas o sonar no modo passivo às vezes não consegue detectar riscos, dependendo das correntes marítimas e da posição do submarino em relação a outras embarcações.

O acidente envolvendo o Soryu ocorreu pouco antes dele vir a superfície. Especialistas disseram que o submarino pode não ter sido capaz de confirmar a segurança de forma suficiente apenas por meio de um sonar no modo passivo.

O sonar no modo ativo pode medir as distâncias até um objeto com mais precisão, com base em quanto tempo leva para as ondas sonoras retornarem.

Um oficial sênior da JMSDF disse: “Se a prioridade for dada à segurança, os submarinos devem ser capazes de usar não apenas o sonar no modo passivo, mas também no modo ativo. Quando eles emergem em águas territoriais e outras áreas marítimas, a possibilidade de serem atacados é baixa, mesmo que descarreguem ondas sonoras.”

Os submarinos da JMSDF provavelmente não limitarão seu uso de sonar ativo a áreas marítimas próximas a bases da JMSDF, mas o usarão também em outras situações necessárias.

FONTE: Star and Stripes/ Japan News Yomiuri

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