Força Naval em ação no combate as manchas de óleo no NE

A Marinha do Brasil (MB) tem empenhadoesforços e empregado meios (pessoais,navais e de fuzileiros navais), a fim de minimizar as consequências do desastre ambiental ocorrido no mar brasileiro, em razão de um derramamento de óleo na costa do Nordeste.

Diariamente, militares da Força Naval
trabalham na limpeza de praias, no Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) – ao lado do Ibama e da Agência Nacional de Petróleo – e em centros de comando de operações, para o monitoramento do litoral e investigação do caso, a fim de que sejam tomadas todas as medidas cabíveis. O GAA atua em conjunto com o Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, ICMBio, Polícia Federal, Petrobras, Defesa Civil, assim como
com diversas instituições e agências federais, estaduais e municipais, além de empresas e universidades.

Desde o aparecimento do óleo, a Marinha realizou: inspeções ao longo do litoral; divulgação de Aviso aos Navegantes, solicitando informações
tempestivas; identificação de poluição hídrica por navios em trânsito nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), visando à obtenção de dados para análise das possíveis origens da poluição por óleo cru no Nordeste; realização de patrulha naval , com ênfase nas áreas marítimas de ocorrência de poluição; e análises das informações do tráfego mercante na região, com o monitoramento dos navios que passaram pelas AJB.

Após uma triagem das informações do tráfego mercante na região de interesse, a Marinha notificou 30 navios-tanque, de dez diferentes bandeiras, aprestarem esclarecimentos.

A Força Naval entrou em contato também com as autoridades competentes dos referidos países, a Organização Marítima Internacional e a Polícia Federal, visando elucidar todos os fatos. As atividades em curso também são apoiadas pelo Ministério da Defesa, Exército Brasileiro e por
instituições dos Estados Unidos da América.

Limpeza nas praias

Com o apoio de estados, municípios, voluntários e órgãos federais que compõem o Grupo de Acompanhamento e Ação (GAA), a Marinha tem coordenado a mobilização de forças-tarefas para conter os danos ocasionados pelo derramamento de óleo no litoral do Nordeste. Além da limpeza, realiza orientações sobre a coleta adequada e gestão eficaz dos resíduos.

Destinação dos resíduos

 

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) busca soluções definitivas para a destinação do óleo. O trabalho tem sido feito por meio de uma interlocução direta com os estados afetados, articulações com o Sindicato Nacional das Indústrias de Cimento e com a Associação Brasileira de Cimento Portland.

Nas tratativas realizadas, foram identificados possíveis recebedores para esses resíduos coletados, a fim de realizar a destinação final de forma sustentável. O objetivo é que o material recolhido possa ser reaproveitado em coprocessamento.

Paralelamente, o grupo estuda outras
alternativas a serem implementadas e mantém contato estreito com os estados atingidos, buscando identificar aqueles que já possuem solução definitiva para a destinação dos
resíduos, a fim de auxiliar os demais na adoção de medidas socioambientais.

“Juntos somos mais fortes”

Exército Brasileiro

O GAA atua em coordenação com a 10ª
Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro (EB), com um contingente de 5 mil militares, colocada à disposição para integrar a operação.

Ibama

No gerenciamento dos incidentes de poluição, o Ibama, além de fazer a identificação de áreas sensíveis, monitora as praias e coordena os trabalhos de limpeza das prefeituras, dos órgãos estaduais de meio ambiente, além de atuar no planejamento operacional e estratégico, emitindo relatórios diários. O órgão já empregou 74 funcionários, 16 viaturas, 2 helicópteros e uma aeronave de asa fixa. Foram realizadas 2.994 capturas preventivas de animais, sendo 1.035 na Bahia e 2.179 em Sergipe. Um total de
76 animais foram encontrados contaminados com óleo.

Petrobras

A Petrobras, sob demanda do Ibama,
também tem contribuído com o GAA com meios aéreos (2 helicópteros), 2 navios, pessoal e recursos materiais. Além dos 100 funcionários disponibilizados, contratou mais 2,4 mil para ajudar nas limpezas das praias, ativou 6 Centros de Defesa Ambiental e 9 Centros de Resposta a Emergência.

Voluntários

A participação de instituições federais, estaduais, municipais e de voluntários, conjuntamente com agentes dos órgãos envolvidos, contribui para a recuperação de praias e rios no litoral nordestino. Homens e mulheres que se juntam ao esforço coordenado para a recuperação de patrimônios ambientais, sociais e econômicos.

A atuação de cada brasileiro, quer seja no exercício de sua profissão ou de forma voluntária, demonstra que a união de todos faz o Brasil ser mais forte do que qualquer ameaça.

FONTE: Marinha do Brasil

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