Forças Armadas russas recuperaram a sua confiança

Su-35

O ano de 2013 foi um ano de grandes mudanças para as Forças Armadas da Rússia. Realizou-se ativamente um enorme programa de rearmamento das tropas. Grandes manobras e inesperadas inspeções, fornecimento de armamento moderno, nova abordagem do treinamento militar das tropas, ou seja, as Forças Armadas entraram em movimento.

O serviço militar tornou-se novamente interessante e prestigiado, assinalou o analistas militar Igor Korotchenko, redator chefe da revista Defesa Nacional: “Os fornecimentos em série de novos armamentos começaram, sendo que eles são realizados de forma completa. Por exemplo, as brigadas de mísseis recebem conjuntos completos de complexos de mísseis tático-operativos Izkander-M, e não um a um, como acontecia nos anos passados. Acontece o fornecimento ativo de aviões de diferentes tipos e de helicópteros para a Força Aérea. O Exército recebe também novos equipamentos. Dedica-se particular atenção às questões das comunicações, comando e navegação para utilizar todas as suas vantagens dadas pelo emprego de armamentos de alta precisão”.

Depois de Serguei Shoigu ter sido nomeado ministro da Defesa, começaram inspeções inesperadas nas Forças Armadas na preparação militar das tropas e manobras de grandes dimensões, considera Igor Korotchenko: “As Forças Armadas receberam de forma muito positiva a nomeação do ministro Shoigu, porque as suas ações práticas abriram grandes perspetivas. Antes de tudo, isso está ligado ao fato de que o corpo de oficiais passar a ter um objetivo preciso e compreensível: aperfeiçoar a preparação militar, aumentar a atividade das tropas nos polígonos, nas expedições marítimas, aumentar o número de voos da aviação de longo alcance e estratégica. Ou seja, as tropas começaram a movimentar-se. Por conseguinte, alterou-se o clima moral entre os oficiais. Porque o principal sentido do serviço militar reside precisamente no fato de, no plano prático, realizar as capacidades de defesa do Estado”.

O ministro Shoigu introduziu o elemento de competitividade na inspeção da preparação militar. No verão de 2013, na Rússia tiveram lugar as primeiras competições internacionais de “biatlo de tanques”. Nelas participaram tripulações da Rússia, Armênia, Bielorrússia e Cazaquistão. As competições tiveram duas etapas: corrida, ou seja, um percurso complexo de muitos quilômetros com a superação de diferentes barreiras, e tiro a partir de três pontos. As competições mostraram ser tão interessantes e instrutivas que países da NATO se interessaram por elas. Em 2014, a Alemanha, Itália e EUA manifestaram o desejo de participar no “biatlo de tanques”.

Em junho de 2013 entrou em funcionamento o novo centro radio-técnico em Armavir, na região de Krasnodar.Em 3 de setembro, funcionários do centro anunciaram o lançamento de mísseis balísticos no mar Mediterrâneo. Inicialmente, os países da NATO recusaram-se a reconhecer o lançamento mas, mais tarde, viu-se que se tratou de um lançamento de treino de mísseis balísticos de Israel, que preveniu antecipadamente os EUA das suas intenções. Assim a Rússia provou as suas capacidades de acompanhar uma situação inesperada no espaço aéreo e espacial.

O Ministério da Defesa da Rússia elaborou um plano de atividade até 2020. O objetivo fundamental é a criação de tropas capazes de resistirem a qualquer adversário, mesmo ao mais tecnologicamente equipado. Ao contrário dos anos anteriores, todos os pontos deste plano têm financiamento garantido. Por isso, as Forças Armadas russas receberam 2014 com otimismo.

FONTE: Voz da Rússia

 

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