Marinha participa do Seminário Internacional “América do Sul na Era Nuclear: riscos, desafios e perspectivas”

O Seminário Internacional “América do Sul na Era Nuclear: riscos, desafios e perspectivas” organizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com a Pugwash Conferences, foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto, no Centro de Convenções da UFSM, com o propósito de debater a questão nuclear junto aos países vizinhos do Brasil e de promover a pesquisa científica na área.



Na abertura oficial do evento, composto por mesas redondas e palestras, o Capitão de Mar e Guerra (EN) Sineiro, Assessor de Articulação Institucional da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (AgNSNQ), deu início ao debate, discorrendo sobre o Projeto de Construção do Submarino com Propulsão Nuclear. “A Marinha tem experiência de mais de cem anos na operação de submarinos e em construção naval, mas o Submarino “Álvaro Alberto” será o primeiro com propulsão nuclear, construído com tecnologia nacional”.

O seminário contou com a presença do subsecretário de Energia Nuclear da Argentina, Julián Gadano, que falou sobre como aquele país se insere no panorama de desenvolvimento nuclear mundial. Segundo ele, “a Argentina é um país nuclear. Só não é uma potência nuclear, porque se dedica, como o Brasil, ao uso pacífico dessa energia”, reforçou.

Logo após, o coordenador técnico do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), Dr José Perrotta, relembrou os marcos do desenvolvimento da pesquisa e da tecnologia nuclear brasileira.

Finalizando o primeiro dia de programação, a Mesa Redonda nº 3 teve como tema a “Contribuição dos organismos regionais e sub-regionais para assegurar a não existência de armas de destruição em massa e para o fortalecimento da confiança: consequências globais e regionais de detonações nucleares”.

Já na terça-feira, 21 de agosto, último dia do Seminário, as atividades foram retomadas com discussões acerca do papel das organizações da sociedade civil; a contribuição das instituições acadêmicas e científicas; e o futuro da normatização internacional sobre armas de destruição em massa. A programação foi encerrada com a palestra “Panorama Global dos Esforços de Desarmamento e Não Proliferação de Armas Nucleares”, ministrada pelo Embaixador da Argentina para a Áustria, Eslovênia e Eslováquia, Rafael Grossi.

Representantes de algumas organizações que receberam o Prêmio Nobel da Paz também estiveram presentes no Seminário, como: a Conferências Pugwash sobre Ciência e Negócios Mundiais, laureada em 1995; a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN), laureada em 2017; e a Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW), laureada em 1985, além de diplomatas, militares, cientistas e acadêmicos de diversos países, computando um público aproximado de 1200 participantes.

FONTE e FOTOS: MB



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