NPaOc ‘Amazonas’ suspendeu hoje rumo ao Brasil

Partiu hoje (08.08) do porto de Plymouth, na Inglaterra, o primeiro dos três novos navios-patrulha oceânicos de 2 mil toneladas comprados pela Marinha do Brasil, em dezembro de 2011, da multinacional BAE Systems. O destino é o Rio de Janeiro (RJ), onde a embarcação, nomeada Amazonas, integrará oficialmente a frota da Marinha.

Os novos navios-patrulha serão responsáveis pela fiscalização e proteção das águas jurisdicionais brasileiras. Em tempos de paz, eles ajudarão a resguardar os recursos do mar territorial, reprimir atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho) e contribuir para a segurança de instalações costeiras e plataformas marítimas contra ações de sabotagem.

As embarcações também estão aptas a realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.

Em caso de conflito, caberá aos novos navios efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração de petróleo no mar, bem como contribuir para a defesa de portos brasileiros.

Segundo a Marinha, a flotilha entra em operação imediata após seu recebimento. As outras duas embarcações – que também receberam nomes de importantes rios brasileiros, Apa e Araguari – serão incorporadas à força naval brasileira até o final de 2013.

Travessia

O trajeto do Amazonas até o Rio deve ser concluído na primeira semana de outubro. Durante a jornada, a embarcação passará por Lisboa, em Portugal; Las Palmas, na Espanha; Mindelo, em Cabo Verde; Cotonou, em Benim; Lagos, na Nigéria; São Tomé, em São Tomé e Príncipe; e pelas cidades brasileiras de Natal (RN), Salvador (BA) e Arraial do Cabo (RJ).

A visita aos países africanos levou em consideração a ampliação do tráfego marítimo no Atlântico Sul e a importância estratégica desse oceano. Não bastassem as crescentes reservas de petróleo – no Golfo da Guiné, em alguns países da Costa Oeste da África e na plataforma continental do Brasil –, há notável aumento de investimentos estrangeiros nos países lindeiros ao Atlântico Sul.

O comando do Amazonas foi confiado ao capitão-de-corveta Giovani Corrêa, que assume a missão ao partir do porto de Plymouth.

Ao todo, 80 militares (11 oficiais e 69 praças) integram a tripulação do navio-patrulha. A embarcação tem capacidade, ainda, de transportar mais 50 pessoas como tropa embarcada, além de um helicóptero de médio porte.

Oportunidade

Fabricados pela BAE Systems, os três navios-patrulha oceânicos custaram ao governo brasileiro um total de 133 milhões de libras esterlinas (o equivalente hoje a aproximadamente 420 milhões de reais). De acordo com a Marinha, a aquisição foi de “oportunidade”, depois que uma negociação prévia de vendas com Trinidad e Tobago, cujo governo havia feito a encomenda inicial à multinacional sediada na Inglaterra, fracassou.

Embora contribuam para o aperfeiçoamento e modernização da frota marítima brasileira, as novas aquisições não alteram o principal programa de renovação da frota de superfície da Marinha, o Prosuper. Prioritário para a força naval, o Prosuper visa desenvolver a capacidade de projetar e construir no Brasil cinco navios-escolta, cinco navios-patrulha oceânicos e um navio de apoio logístico. Atualmente, encontram-se em análise as propostas apresentadas pelos estaleiros interessados no programa.

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