Navio de Socorro Submarino “Felinto Perry” e Submarino “Tikuna” realizam SARSUB em Angra dos Reis

Observadores de marinhas estrangeiras aguardando o início do exercício
Observadores de marinhas estrangeiras aguardando o início do exercício

No dia 24 de abril, o Navio de Socorro Submarino NSS Felinto Perry K-11 e o Submarino Tikuna S-34, realizaram um exercício de Resgate de Submarino Sinistrado (SARSUB), nas proximidades da Ilha Grande, Angra dos Reis (RJ). O evento contou com a presença do Comandante da Força de Submarinos, Contra-Almirante Marcos Sampaio Olsen, e de observadores militares das Marinhas da Argentina, do Chile, do Equador, da Holanda, do Paquistão, do Peru e da Venezuela.

Na primeira fase do exercício, o Submarino Tikuna “simulou” estar sinistrado e pousou no fundo, a uma profundidade de 25 metros, em imersão estática.

Após a Fase de Busca, o NSS Felinto Perry K-11, realizou os procedimentos de posicionamento, identificação e inspeção inicial, a fim de dar início à Fase de Socorro. Após o Sino de Resgate Submarino (SRS) ter sido acoplado à escotilha de salvamento do submarino, três tripulantes foram transferidos ao sino e trazidos à superfície. Ao desembarcarem, passaram aos cuidados da equipe de médicos e enfermeiros hiperbáricos.

O segundo exercício realizado foi o escape individual pela guarita de salvamento do submarino simuladamente sinistrado. Esse método de escape exige que os submarinistas utilizem um traje especial, que é inflado no interior da guarita de salvamento alagada, dando ao escapista a flutuabilidade positiva responsável por trazê-lo à superfície. O 1º Tenente Luiz Carlos da Rocha Filho, realizou o escape e, ao chegar à superfície, foram cumpridos os procedimentos de socorro.

O NSS Felinto Perry é o único navio do continente sul-americano com capacidade de realizar operações de mergulho profundo e resgate de submarinos sinistrados até 300 metros. Incorporado à Marinha do Brasil em outubro de 1988, dispõe de recursos de posicionamento dinâmico, plataforma de pouso para aeronaves de asa rotativa, um grande complexo hiperbárico para mergulhos de saturação e um sino de resgate de submarino com capacidade para seis militares por excursão. É equipado, ainda, com um veículo submarino de operação remota (ROV), que é utilizado na identificação positiva do submarino sinistrado e na segurança dos mergulhadores.

O Brasil compõe o seleto grupo de países que detém a capacidade de realizar o resgate de submarinos sinistrados. O sucesso da Operação SARSUB demonstra a busca permanente pela manutenção da condição de prontidão, no que tange ao Socorro de Submarinos.

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