Navios da OPERANTAR XXX regressam da Antártica

Marinha do Brasil
Diretoria de Hidrografia e Navegação

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.

No dia 30 de abril às 10 horas, o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Ary Rongel, sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Marcelo Luis Seabra Pinto, e o Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano, sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Newton Calvoso Pinto Homem, após concluírem a trigésima Operação Antártica (OPERANTAR XXX), iniciada em 09 de outubro de 2011, atracarão no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, localizado à Praça Barão de Ladário, s/nº – Ilha das Cobras – Centro, RJ. Ao longo da comissão, foram visitados os portos de Rio Grande – RS, Ushuaia (Argentina), Punta Arenas (Chile) e Montevidéu (Uruguai).

Neste período, os navios realizaram o apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), implantaram acampamentos científicos no continente antártico, apoiaram pesquisas a bordo e estreitaram os laços de amizade com os países amigos nos portos e bases antárticas visitados. Os pesquisadores e tripulantes embarcados realizaram pesquisas e estudos científicos nas áreas de Oceanografia, Hidrografia, Biologia, Geologia, Antropologia e Meteorologia, tais como: impacto das mudanças climáticas globais na região, as mudanças antrópicas no meio ambiente marinho antártico, a gestão ambiental, a modelagem e dinâmica de massas de água nas regiões polares, além da coleta e da análise de dados oceanográficos.

A comissão contou com a participação de pesquisadores nos diversos projetos desenvolvidos pelas seguintes Instituições: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal de Viçosa (UFV–MG), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Na OPERANTAR XXX foi percorrida uma distância de mais de 170 milhas náuticas de levantamentos hidrográficos, o que vai permitir a confecção de cartas náuticas mais apuradas e confiáveis, além de pesquisas sobre a vegetação e as aves típicas da região e projetos da antropologia das comunidades exploradoras dos séculos XIX e XX.

Para cumprir estas tarefas nos locais de difícil acesso, sob o inóspito clima típico do continente antártico, os navios se valeram de seus recursos de casco reforçado e de suas embarcações miúdas (botes), para realizarem desembarque de pessoal e material.

Cabe destacar que comissões dessa natureza propiciam conhecimento privilegiado, permitindo ao Brasil participar do seleto grupo de países que decidem sobre as atividades e o futuro do continente branco.

Sair da versão mobile