Operação Guinex-I: Nigéria dá as boas-vindas à Fragata Independência (F 44)

O Comando Naval Ocidental da Marinha da Nigéria recebeu na quinta-feira a Fragata Independência (F 44) da Marinha do Brasil, que está visitando a Nigéria para um código de missão de interdição marítima denominado ‘GUINEX-I’ no Golfo da Guiné. A Marinha da Nigéria disse que a visita visa fortalecer as relações bilaterais entre a Nigéria e o Brasil, bem como aumentar a segurança marítima no Golfo da Guiné.

Contra-almirante Habila Zakaria entregando placa ao Sr. Francisco Carlos Soares Lus, Cônsul Geral do Consulado do Brasil em Lagos.

Falando durante a visita, o Sr. Francisco Carlos Soares Lus, Cônsul Geral do Consulado do Brasil em Lagos, que conduziu a equipe à Sede do Comando Naval Ocidental, Apapa Lagos, destacou a relação entre Brasil e Nigéria para o efeito de reforçar a segurança no Golfo da Guiné (GoG), de suma importância para garantir a navegação segura dos navios mercantes.

Descrevendo a fragata como um dos orgulhos da Marinha do Brasil, o Cônsul Geral disse que a visita de interdição marítima foi a primeira do tipo, e espera que tenha continuidade.

Oficiais da Marinha do Brasil e da Nigéria com o Consul Geral do Brasil em Lagos.

Suas palavras: “A embarcação é a fragata Independência da Marinha do Brasil, construída no Brasil em 1979, um dos orgulhos da Marinha do Brasil. É muito importante para o Brasil participar da operação conjunta que inclui São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, Camarões, Nigéria, Cabo Verde, para combater a pirataria no Golfo da Guiné, a fim de controlar outras regiões internacionais.

“Eu acho que isso é muito importante. É a primeira operação desse tipo e espero que não seja a última; é muito importante que ambas as Marinhas trabalhem juntas. Nigéria e Brasil são, respectivamente, os países mais populosos e de grandes economias, o Brasil na América Latina e a Nigéria na África.

“Isso é o que devemos fazer e com mais frequência. Isso vai nos aproximar. Nosso relacionamento mostra a realidade que esses dois países têm muito em comum e devemos fazer com que a relação pareça a mesma.”

Sobre o combate à pirataria no GoG, ele disse que era um dever importante porque, no final das contas, a pirataria aumenta o custo para todos, principalmente os países sem litoral, que pagam com inflação por causa da segurança do custo da navegação.

O Cônsul Geral acrescentou que “Brasil e Nigéria compartilham o Atlântico como fronteira, então ter a fronteira segura é importante para todos e eu acho que nenhum custo é muito alto para manter o Oceano Atlântico seguro”.

Na tripulação do navio brasileiro estavam o Capitão de Fragata Andre Martin Pereira, comandante da Independência, o Comandante da Força-Tarefa, Capitão de Mar e Guerra André Felipe Rosa Franca de Carvalho, entre outros.

Falando anteriormente, o Comandante do Comando Naval Ocidental, Contra Almirante Jason Gbassa, disse que a visita do navio brasileiro era muito bem-vinda, pois sua colaboração proporcionaria ainda mais segurança no GoG.

Representado pelo Chefe do Estado Maior, Contra Almirante Habila Zakaria, Gbassa disse que outras Marinhas estrangeiras também visitaram para colaborações semelhantes por razões de segurança para o GoG.

“A Marinha da Nigéria tem recebido vários navios desse tipo de Marinhas estrangeiras. Então, a visita do navio brasileiro é uma coisa que a Marinha da Nigéria sempre desejou, ter marinhas de outros países nos visitando e depois participando de exercícios juntos, exercícios que garantam a segurança marítima dentro de nossas águas e, por extensão, do GoG”, disse o almirante Gbassa.

Ele também observou que o exercício de colaboração com Marinhas de outros países se enquadra no espectro mais amplo da estratégia de segurança marítima empreendida pela Marinha da Nigéria.

“É claro que o próprio GoG é uma área de interesse para a Marinha da Nigéria, porque não podemos permitir que ilegalidades marítimas prosperem nessas águas, que tem um efeito cascata no custo dos itens, principalmente em países sem litoral e também na Nigéria.

“Portanto, em geral, a Marinha tem feito muito para garantir que o ambiente marítimo seja protegido contra qualquer forma de ilegalidade.”

O pessoal de ambas as Marinhas participou de uma partida de futebol inédita, que aconteceu no Estádio Nacional de Surulere, em Lagos, e o pontapé inicial da marcha foi dado pelo ex-Super Eagles Stricker, Daniel Amokachi.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FOTOS: Onepageafrica

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