Primeira-dama será a madrinha do Submarino ‘Tonelero”

O Submarino Tonelero (S42) será batizado e lançado ao mar na próxima quarta-feira (27), em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A primeira-dama, Rosângela Silva, será a madrinha de batismo do novo submarino da Marinha do Brasil (MB), que contribuirá para a defesa da Pátria e da Amazônia Azul.

O evento marcará a prontificação do processo construtivo do terceiro Submarino Convencional com Propulsão Diesel-Elétrica (S-BR), construído totalmente no Brasil, no escopo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Há a expectativa de que o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteja presente na Cerimônia de Lançamento ao Mar, acompanhado do Presidente da França, Emmanuel Jean-Michel Frédéric Macron.

O PROSUB tem acumulado diversos benefícios para o País desde a sua criação, tais como: geração de mais de 60 mil empregos diretos e indiretos; intercâmbio com 23 universidades; e cerca de 700 empresas envolvidas.

Madrinhas na tradição naval

Em 14 de dezembro de 2018, Marcela Temer, esposa do então Presidente Michel Temer, foi convidada para batizar o primeiro Submarino da Classe Riachuelo.

Já para o Submarino Humaitá, a madrinha foi Adelaide Chaves Azevedo e Silva, esposa do então Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, em cerimônia ocorrida em 11 de dezembro de 2020.

Primeira-dama Darcy Vargas, esposa do então presidente Getúlio Vargas, batizou o Monitor “Parnaíba”, em 1937 – Imagem: Marinha do Brasil

Em 1937, a primeira-dama Darcy Vargas, esposa do então presidente Getúlio Vargas, batizou o Monitor Parnaíba, ainda em serviço no Comando da Flotilha do Mato Grosso. Construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, na era de ouro da construção naval militar brasileira, é o mais antigo navio de guerra ainda em atividade na Marinha do Brasil.

Tradição Naval

As etapas que antecedem a fase operativa de um navio estão permeadas de tradições que, como a própria atividade marinheira, transcendem fronteiras políticas e limites culturais. Trata-se de um ritual milenar que remete às tradições de vikings, romanos, gregos e babilônios. É nessa perspectiva que se situa a cerimônia de lançamento de um navio ao mar, quando é batizado por uma madrinha e recebe seu nome oficial.

No universo das tradições marítimas, a cerimônia de lançamento representa proteção aos homens que se farão ao mar, porém, podem apresentar diferenças de acordo com local ou época em que ocorrem.

A Rainha Vitória da Inglaterra, no início do século XIX, inaugurou a participação das mulheres nesses eventos, presidindo a cerimônia religiosa de lançamento de navios ingleses durante o seu reinado. Nos Estados Unidos da América, o primeiro registro de batismo de navio por uma mulher aconteceu em 1846, quando Miss Watson batizou o USS Germantown, usando uma mistura de água e vinho.

Por que o nome Tonelero

S-BR3, submarino Tonelero e o S-BR2, submarino Humaitá antes do início da cerimônia no Complexo Naval de Itaguaí-RJ

Os quatro submarinos de propulsão diesel-elétrica, concebidos no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha (PROSUB), levam nomes de importantes batalhas vencidas pela Marinha do Brasil no século XIX, época marcada por conflitos internos e externos que foram fundamentais para a consolidação da unidade territorial e conformação do papel geopolítico desempenhado pela jovem Nação brasileira no contexto regional.

Lançado em dezembro de 2018, o Submarino Riachuelo, primeiro da classe, homenageia a mais expressiva vitória da Marinha do Brasil, a Batalha Naval do Riachuelo, decisiva para o desfecho da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870). Já o Submarino Humaitá, leva o nome de outro importante feito da Marinha naquele mesmo conflito, que foi a passagem da Esquadra pelo até então inexpugnável complexo fortificado de Humaitá no rio Paraguai.

Sair da versão mobile