Primeiro Submarino do PROSUB inicia fase operativa e homenageia Data Magna da Marinha

A Marinha do Brasil realiza, na manhã do dia 1º de setembro, às 10h, na Base de Submarinos da Ilha da Madeira, no Complexo Naval de Itaguaí, Sul do Estado do Rio de Janeiro, a Cerimônia de Mostra de Armamento do Submarino “Riachuelo”. O evento oficializa a transferência para o setor operativo da Força Naval do primeiro dos quatro submarinos convencionais com propulsão diesel-elétrica previstos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

A solenidade conta com a presença do Ministro da Defesa, General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, ocasião em que o “Riachuelo” é incorporado à Armada e sua subordinação transferida ao Comando da Força de Submarinos.

O Submarino “Riachuelo” (S-BR1) será o sétimo navio da Marinha a receber este nome, em homenagem à Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida em 11 de junho de 1865, durante a Guerra da Tríplice Aliança.

Os submarinos S-BR são derivados da classe Scorpène francesa, sendo um projeto original da empresa Naval Group, modificado por engenheiros brasileiros. São fabricados no parque industrial do Complexo Naval de Itaguaí pela Itaguaí Construções Navais (ICN).

Características Básicas do Submarino “Riachuelo”

O S-BR1 “Riachuelo” possui um comprimento total de 70,62 metros, diâmetro de casco de 6,2 metros, deslocamento na superfície de 1.740 toneladas e deslocamento em imersão de 1.900 toneladas. Seu sistema de combate é dotado de 6 (seis) tubos lançadores de armas, com capacidade para lançamento de torpedos eletroacústicos pesados, mísseis táticos do tipo submarino-superfície e minas de fundo.

O Programa de Submarinos

O Programa de Submarinos (PROSUB) integra um conjunto de programas estratégicos estruturados pela Marinha. Ele consubstancia um dos mais expressivos saltos tecnológicos experimentados pelo País. Além de incentivar a Política Nacional de Defesa, impulsiona a capacitação de pessoal e contribui para a soberania nacional, em sua expressão tecnológica. Criado em 2008, por meio da parceria estabelecida entre o Brasil e a França, o Programa tem o propósito de ampliar a capacidade de proteção da chamada Amazônia Azul, área com dimensões de 5,7 milhões de km², expandindo, por conseguinte, a fronteira tecnológica brasileira.

O PROSUB prevê, além da fabricação dos quatro submarinos S-BR, a obtenção por construção no Brasil do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN), adicionalmente à infraestrutura necessária para a operação e manutenção desses meios operativos, composta por uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), um Estaleiro de Construção (ESC) e outro de Manutenção (ESM), uma Base Naval, um elevador de navios e oficinas equipadas no estado da arte.

A importância estratégica

Com dimensões continentais de 8,5 mil quilômetros de costa, cabe à Marinha do Brasil prover a proteção esse patrimônio natural e garantir a soberania brasileira no mar. O PROSUB, nesse contexto, corporifica parcela essencial desses esforços para a consecução deste elevado propósito. A Estratégia Nacional de Defesa (2008), que lhe confere sustentação doutrinária, estabelece que o Brasil deve dispor de uma “Força Submarina de envergadura”, incluindo, além dos S-BR, submarinos convencionalmente armados com propulsão nuclear.

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