Secretário de Defesa dos EUA visita o porta-aviões chinês ‘Liaoning’

Chuck Hagel

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, visitou hoje o único porta-aviões da China, uma abertura sem precedentes de Pequim de um poderoso símbolo de sua escalada militar.

Uma autoridade dos EUA disse que a visita ao porta-aviões Liaoning (CV 16), em um porto no norte da cidade de Qingdao, durou cerca de duas horas. Nenhum outro detalhe estavam imediatamente disponíveis.

O funcionário acredita que Hagel foi o primeiro visitante oficial, fora da China, a ter autorização para ir a bordo do Liaoning.

O Ministério da Defesa da China confirmou que a visita iria acontecer, mas não forneceu detalhes.

Especialistas chineses em segurança disseram que Pequim poderia estar tentando sufocar as críticas dos EUA quanto a não transparência chinesa sobre a sua modernização militar.

A visita de Hagel ao porta-aviões, logo no início de sua viagem de três dias à China, foi discretamente aprovada por Pequim, a pedido de Washington, disse um funcionário dos EUA, falando sob condição de anonimato.

O navio de 60.000 toneladas, construído durante a era soviética, foi comprado da Ucrânia em 1998 e terminado em um estaleiro chinês, é visto como um símbolo do crescente poder naval da China e de sua ambição de possuir uma maior influência global.

O porta-aviões ainda precisa se tornar totalmente operacional, no entanto, e peritos militares dizem que vai levar décadas até que a China consiga alcançar os porta-aviões nucleares dos EUA, muito superiores e maiores.

“É um sinal de abertura e de que a China não tem nada a esconder, ela quer é melhorar as relações militares com os Estados Unidos”, disse Ni Lexiong, um especialista naval da Universidade de Ciências Políticas e Direito, de Shanghai. “Também será uma boa oportunidade para os norte-americanos verem a diferença entre o Liaoning e os seus porta-aviões”, completou Ni se referindo as diferenças tecnológicas entre os dois países.

Os jornalistas americanos que acompanham a viagem de Hagel, não foram autorizados a irem a bordo do navio para acompanhar a visita, por se tratar de um ponto sensível do arsenal militar chinês.

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