Thales Underwater e os sonares para a Guerra Antisubmarina

Complexidade na Guerra Antisubmarina

Por Luiz Padilha

A luta de “gato e rato” entre os meios de superfície e os submarinos não é nova, pois desde a 2ª Guerra Mundial esta luta é travada. Nos primórdios da era de submarinos como meio de destruição de navios, a guerra no mar era desigual, com total vantagem para os submarinos. Os navios não tinham meios para detectar os submarinos embaixo d’água, e isso levou a arma submarina a afundar inumeros navios durante a guerra, porém, com a chegada dos sonares de casco o jogo mudou, proporcionando aos navios uma vantagem na época excepcional, levando ao afundamento de inumeros submarinos alemães, mudando o curso da guerra naval à época.

Ataque de um submarino alemão na 2ª GM – Ilustração: site Tok de História

A área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) não para, e a Thales Defence desenvolve há anos sistemas de detecção para navios de guerra, como por exemplo a família de sonares CAPTAS. CAPTAS é um sonar rebocado de profundidade variável capaz de operar em qualquer condição de tempo e de mar, detectando, localizando e classificando submarinos embaixo d’água.

A família CAPTAS é composta de 3 modelos com diferentes especifidades.

O CAPTAS-1 é um sistema adaptado para pequenas embarcações como OPVs ou Corvetas por exemplo. É a variação mais recente da linha de produtos CAPTAS. Seu uso foi validado no mar e é um sucesso de exportação.

CAPTAS 1

CAPTAS-2 é o melhor compromisso entre compactação e desempenho para Fragatas de médio porte e está a bordo de muitos navios ao redor do mundo.

CAPTAS 2

CAPTAS-4 equipa fragatas antisubmarino de primeiro nível, como as Fragatas britânicas Type 23 e Type 26, as Fragatas FREMM francesas, as FREMMs italianas, as F110 espanholas e as Type 23 chilenas. 

CAPTAS 4

Vejam o vídeo abaixo onde algumas características sobre a complexidade da Guerra Antisubmarina é colocada.

Apesar de não ter a opção de legendas em português, a fala da especialista Sandrine Heinis é bem explicativa.

Recentemente a Marinha dos EUA aumentou sua encomenda de sonares CAPTAS 4 para as suas futuras Fragatas da Classe Constellation, demonstrando o sucesso da família de sonares CAPTAS da Thales.

Fragata Tamandaré

As futuras Fragatas Classe Tamandaré terão condições para embarcar um conteiner com o sistema de sonar rebocado CAPTAS 1, apesar desta opção não constar no momento como equipamento a ser usado pela Marinha do Brasil. O ideal seria que o navio já fosse projetado para operar com sistema CAPTAS 4, que devido a sua complexidade normalmente é um equipamento orgânico do navio. Ainda assim, mas vale um CAPTAS 1 do que nada na Guerra AS.

CAPTAS 4

O CAPTAS 4 é sonar rebocado com capacidade de longo alcance e é capaz de detectar submarinos em todas as condições ambientais a mais de 150 quilômetros. Devido as suas características, proporciona uma redução na carga de trabalho do operador, pois é um dos únicos VDS (Variable Depth Sonar), que fornece procedimentos de lançamento e recuperação automatizados, sem operador na plataforma de popa do navio.

Marinhas que operam o Sistema CAPTAS

Sistema CAPTAS 4 a bordo de uma Fragata Type 23 da Royal Navy
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