Tropas brasileiras encerram participação na Missão de Paz no Haiti

Atuação brasileira foi fundamental para gerar estabilidade e segurança à população haitiana, além de projetar o Brasil no cenário internacional.

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) chega ao fim no dia 15 de outubro, concluindo, também, a participação das Forças Armadas brasileiras nesse capítulo da história daquele país.

Há treze anos (2004 a 2017), militares brasileiros desempenham missões voltadas para a criação e a manutenção de um ambiente seguro e estável no Haiti, ao longo dos quais foram conquistados significativos avanços para a população haitiana, para o reconhecimento internacional do Brasil e para o aprimoramento da capacidade técnico-profissional de nossas Forças Armadas.

Cerca de 37.500 militares das Forças Armadas brasileiras integraram as tropas da MINUSTAH no decorrer desse período. Além disso, a liderança do componente militar da missão sempre esteve sob a responsabilidade de um general do Exército Brasileiro.

A partir da extinção da MINUSTAH e do retraimento das forças de paz, será estabelecida uma nova missão da ONU, com o objetivo de fortalecer instituições do Estado haitiano.

O Contingente Brasileiro no Haiti foi formado, durante a maior parte do tempo, por um Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT) e por uma Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY).

Na segurança, os militares brasileiros conseguiram pacificar a capital, Porto Príncipe, dominada, anteriormente, por gangues fortemente armadas.

Cotidianamente, as tropas brasileiras realizavam intensivo patrulhamento nas áreas que estavam sob sua responsabilidade, participaram de operações com as demais tropas das Nações Unidas e com a Polícia Nacional do Haiti, escoltaram autoridades e proveram segurança para asações humanitárias e as eleições.

Esse esforço propiciou as condições necessárias de estabilidade para a promoção do desenvolvimento social, econômico e político do país.

Os militares do Brasil estiveram presentes em momentos de grandes catástrofes naturais no Haiti, como o terremoto de 2010 e, mais recentemente, a passagem do Furacão Matthew.

A Companhia de Engenharia Brasileira foi empregada pelas Nações Unidas em obras como construção, asfaltamento e reparação de vias, perfuração de poços, limpeza de valas, distribuição de água e destruição de explosivos.

O bom comportamento dos soldados brasileiros e o relacionamento construído com a população haitiana foram elementos essenciais para os resultados alcançados, que projetaram o Brasil no cenário internacional e trouxeram ganho em experiência para as Forças Armadas brasileiras.

Os resultados positivos da participação brasileira na MINUSTAH credenciam o Brasil a uma nova missão das Nações Unidas no futuro.

FONTE: EB

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