Mais problemas com os Littoral Combat Ships – USS ‘Fort Worth’ (LCS 3) está avariado em Cingapura

USS Fort Worth (LCS 3) - Foto Bay Ismoyo/AFP
USS Fort Worth (LCS 3) – Foto Bay Ismoyo/AFP

O Littoral Combat Ship, USS Fort Worth (LCS 3) da US Navy, está atracado no porto de Cingapura por causa dos danos nas engrenagens que movem o navio, de acordo com uma nota de serviço, onde aponta como causa a quantidade insuficiente de óleo na lubrificação dos componentes.

O USS Fort Worth construído pela Lockheed Martin Corp. teve danos ao combinar as engrenagens que permitem que o navio execute um mix de motores a diesel e turbinas a gás, de acordo com o memorando obtido pela Bloomberg News. “Não há uma data estimada de conclusão” para os reparos, aponta o reporte.

O incidente é o segundo em pouco mais de um mês envolvendo este tipo de navio, que custam em média cerca de US$ 440 milhões cada, de acordo com o Congressional Research Service. A Marinha rebocou o USS Milwaukee (LCS 5), mais de 40 milhas náuticas do porto na Virgínia no mês passado no Atlântico depois que suas engrenagens falharam em 11 de dezembro, de acordo com o Navy Times. O memorando da Marinha disse que os dois incidentes não estavam relacionados.

As indicações iniciais são de que o dano na engrenagem do navio em Cingapura “parece ter sido causada por uma falha ao seguir os procedimentos estabelecidos durante a manutenção,” de acordo com o memorando. “Durante a inicialização dos principais motores de propulsão a diesel, o óleo lubrificante não foi fornecido para engrenagens do navio.”

USS Fort Worth e USS Freedom

Alarmes de temperatura

A falta de óleo “resultou em alarmes de alta temperatura nas engrenagens dos dois eixos”, disse. Ele disse que uma equipe de manutenção de representantes da empresa que fez as engrenagens e o pessoal da Marinha com base em Yokosuka, no Japão, foram “a bordo para avaliar as engrenagens e fazer os reparos necessários.”

O Lieutenant Commander Matt Knight, porta-voz da Frota do Pacífico da Marinha, disse que o navio permanecerá em Cingapura, passando por “uma série de inspeções para determinar a extensão dos reparos necessários.” Ele disse que a tripulação do navio foi responsável pela avaria ao não lubrificar corretamente as engrenagens.

O Fort Worth está em um deployment de 16 meses para a Ásia, um exemplo do alto perfil do prometido reequilíbrio da administração de Obama para a Ásia. A Marinha quer basear permanentemente quatro navios LCS em Cingapura. O serviço também está testando uma nova abordagem de rotatividade na tripulação, com o objetivo de permitir deployments longos sem esgotar marinheiros.

O último incidente é mais um revés para um navio cujas críticos dizem, não ser confiável e de baixa sobrevivência em combate. Os dois últimos secretários de defesa citaram as deficiências do navio, construído em versões separadas por Lockheed e Austal Ltd. O esforço mais recente veio no mês passado, quando o secretário de Defesa Ash Carter disse a Marinha  para reduzir o programa para 40 navios do programa original de 52.

‘Investimentos necessários’

Em um memorando aos comandantes da Marinha, Carter escreveu que o serviço “tem utilizado recursos para aumentar gradualmente o número total de navios em detrimento de investimentos necessários em áreas onde os nossos adversários não estão parados, como guerra eletrônica e outras capacidades. “

O episódio em Cingapura também pode pôr em “check” o plano de manutenção da Marinha para o navio, que é projetado para ter uma tripulação mínima de cerca de 50, em comparação com uma tripulação de 200 em destroyers da Marinha.

O Littoral Combat Ship, é destinado a operações em águas costeiras rasas, e terá de enfrentar uma nova rodada de críticas quando o escritório de testes operacionais do Pentágono publicar seu próximo relatório anual no final deste mês. Em avaliações passadas, o escritório citou dúvidas sobre a confiabilidade e vulnerabilidade do navio.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: Bloonberg

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