Defesa Aérea & Naval
  • Home
    • Quem Somos
    • Regras de Conduta
    • Tecnologia
    • Projeto Challenge Coin do DAN
    • Espaço
  • Artigos
  • DAN TV
  • Entrevistas
  • Exclusivo
    • Colunas
      • Coluna Mar & Guerra
      • Coluna Política Internacional
      • Espaço do Aviador
    • Vídeos
  • Aviação
  • Defesa
  • Exército
  • Geopolítica
  • Naval
Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados
Defesa Aérea & Naval
  • Home
    • Quem Somos
    • Regras de Conduta
    • Tecnologia
    • Projeto Challenge Coin do DAN
    • Espaço
  • Artigos
  • DAN TV
  • Entrevistas
  • Exclusivo
    • Colunas
      • Coluna Mar & Guerra
      • Coluna Política Internacional
      • Espaço do Aviador
    • Vídeos
  • Aviação
  • Defesa
  • Exército
  • Geopolítica
  • Naval
Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados
Defesa Aérea & Naval
Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados

Home Naval

Programa Antártico Brasileiro completa 41 anos

Guilherme Wiltgen por Guilherme Wiltgen
12/01/2023 - 11:30
em Naval
1
0
compartilhamentos
831
acessos
CompartilharCompartilharCompartilhar
Chinese (Traditional)DutchEnglishFrenchGermanItalianJapanesePortugueseRussianSpanish

Por Guilherme Wiltgen

O Programa Antártico Brasileiro foi criado em 12 de Janeiro de 1982,e tem por objetivo a promoção de pesquisa científica diversificada e de alta qualidade na região antártica, com a finalidade de compreender os fenômenos que ali ocorrem, que tenham repercussão global e, em particular, sobre o território brasileiro, respaldando, assim, a sua condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica e, por conseguinte, assegurando a participação brasileira nos processos decisórios relativos ao futuro daquele continente.

A importância do PROANTAR para o Brasil

O Brasil é o sétimo país mais próximo da Antártica. Por sua relativa proximidade com o Continente Antártico sofre a influência direta dos fenômenos naturais que lá ocorrem. A Antártica tem papel essencial nos sistemas naturais globais e regionais, controlando as circulações atmosféricas e oceânicas, e influenciando o clima e condições de vida no globo, com destaque para o hemisfério sul, por isso, é fundamental para o Brasil estudar a Região Antártica, origem de fenômenos naturais que atingem o território nacional.

Essas circunstâncias, além de motivações estratégicas, de ordem geopolítica e econômica, foram fatores determinantes para que o País aderisse ao Tratado da Antártica, em 1975, e desse início ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) em 1982.

A entrada do Brasil no chamado Sistema do Tratado da Antártica (STA) abriu à comunidade científica nacional a oportunidade de participar em atividades que, juntamente com a pesquisa do espaço e do fundo oceânico, constituem as últimas grandes fronteiras da ciência internacional.

Atualmente 29 países são membros consultivos do STA, incluindo o Brasil, sendo que todos possuem estações de pesquisa no Continente Antártico.

Cabe ressaltar que, dentre esses países, 14 possuem mais de uma estação de pesquisa na região, fato que denota a importância de se manter uma estrutura de pesquisa permanente no Continente. O sucesso da trajetória da presença brasileira na Antártica, desde o início da realização de suas pesquisas no continente, com a inauguração da Estação Antártica Comandante Ferraz, em 1984, vem permitindo ao Brasil a manutenção do status de membro consultivo do STA, com capacidade de discutir e se fazer presente nas decisões do futuro da Antártica.

Grande parte do tráfego do comércio marítimo mundial utiliza acessos artificiais controlados, o canal do Panamá (conexão entre o Atlântico e o Pacífico) e o canal de Suez (Mediterrâneo e o Índico). O acesso livre a essas passagens críticas está sujeito à possíveis turbulências regionais, que podem acarretar no fechamento ou restrição da travessia, e à limitações físicas e de construção dos canais, em função do calado e largura dos navios modernos em operação no mundo. Tais restrições fizeram aumentar o interesse e a utilização dos acessos pelo sul dos Continentes sul-americano e africano, através do estreito de Drake e cabo das Agulhas, respectivamente. Dessa forma, para o Brasil, a passagem de Drake, que separa a Antártica do continente sul-americano, tem valor potencial como rota de navegação marítima, face à vulnerabilidade das demais.

Os fenômenos naturais do Brasil sofrem influência direta da região antártica, os quais afetam diretamente o clima do país, em função das frentes frias, e em consequência as atividades de agricultura e pecuária, além de estar ligada à atividade de pesca, que é influenciada pelas variações das correntes marítimas provenientes da Antártica, que pode alterar a temperatura e a disponibilidade de alimento nas zonas pesqueiras.

Dessa forma, nota-se que a situação geográfica do Brasil sujeita o país, direta e constantemente, a fenômenos meteorológicos e oceanográficos advindos da região antártica, já que a metade de nossa costa é atingida pelos ventos da região e as correntes marinhas trazem recursos vivos, nutrientes e oxigênio para o nosso litoral.

A região possui grandes reservas de recursos minerais estratégicos ainda não explorados, cerca de 170 tipos de minerais já foram mapeados (ouro, prata, ferro, gás natural, etc.), capazes de atender a economia mundial por 200 anos. A exploração, ou não, desses recursos será decidida a partir de 2048, quando as partes consultivas ao STA (Sistema do Tratado da Antártica) irão se reunir para definir, novamente, o futuro do continente.

O Continente Antártico possui a maior reserva de água doce do planeta, o que tem despertado o interesse de algumas nações com projetos que possibilitem a extração de água doce para os locais carentes desse recurso. Outro recurso que vem ganhando interesse é o processamento do krill, disponível em grande quantidade nos mares austrais. Portanto, o escasseamento de recursos não renováveis do planeta poderá levar ao desenvolvimento de tecnologia que possibilite a exploração racional dos recursos da Antártica, sendo, para tal, imprescindível a presença e o correto posicionamento das nações junto à comunidade internacional.

Além disso, o desenvolvimento de pesquisa é condição essencial para que o país mantenha sua condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica, possibilitando ao país ser membro do SCAR (Scientific Committee on Antarctic Research), com direito a participar dos grandes projetos científicos globais, desenvolvidos em parceria internacional na Antártica.

São objetivos do PROANTAR:

· Contribuir para a consecução dos objetivos brasileiros estabelecidos pela POLANTAR;

· Promover pesquisa diversificada, de alta qualidade, com referência a temas antárticos relevantes;

· Contribuir para a plena participação do Brasil em todos os atos internacionais e em instituições do STA, bem como em outros organismos e reuniões internacionais que tratem de temas antárticos;

· Promover a presença brasileira na Antártica, demonstrando o firme interesse do Brasil naquela região;

· Contribuir para a busca de cooperação internacional, visando alcançar os objetivos de interesse nacional na Antártica, por meio da participação em programas internacionais de pesquisa e de entendimentos bilaterais ou multilaterais;

· Contribuir com a promoção da proteção do meio ambiente antártico e da preservação de seus ecossistemas dependentes e associados, em todas as atividades brasileiras na Antártica, cooperando ativamente com o esforço internacional para este fim;

· Desenvolver tecnologias, visando à minimização do impacto da presença humana no ambiente antártico, bem como das condições de habitabilidade e segurança para os usuários das instalações permanentes e temporárias brasileiras na Antártica;

· Incentivar a formação de recursos humanos com capacidade em assuntos antárticos e de grupos de pesquisa capazes de conduzir investigação científica de elevada qualidade no ambiente antártico;

· Priorizar, sobre todas as atividades, a segurança e as boas condições de trabalho, visando àqueles que, sob o planejamento do Programa, venham a atuar na Antártica.

São metas do PROANTAR:

· Desenvolver pesquisa diversificada, de alta qualidade, com referência a temas antárticos relevantes, especialmente, os que tenham repercussão global e aqueles que afetam ou possam vir a afetar a população e o território brasileiros;

· Obter e produzir dados tecnológicos e científicos, sobretudo de fenômenos cuja influência alcance o território brasileiro, ou que sejam relevantes para o ser humano, ou que tenham aplicações práticas ao País;

· Apoiar a formação, o aperfeiçoamento e a especialização de pesquisadores brasileiros em assuntos antárticos, bem como apoiar a complementação da formação de cientistas e técnicos em temas e áreas de conhecimento de interesse para o Brasil;

· Incentivar e prover os meios para dar ênfase à representatividade brasileira, no que tange à ciência antártica, em eventos e reuniões científicas internacionais;

· Capacitar o País na ampliação dos meios que permitam a expansão das pesquisas científicas e tecnológicas no mar e no continente antárticos;

· Desenvolver soluções tecnológicas e especificar procedimentos que contribuam para a minimização do impacto ambiental das atividades brasileiras na Antártica, sejam elas de qualquer natureza, inclusive as científicas, logísticas ou de turismo;

· Promover um sistema central de informações científicas, ambientais e logísticas adequado ao planejamento e à execução das medidas de proteção ao meio ambiente antárticos;

· Desenvolver programas de monitoramento ambiental nas áreas de atividade do Brasil na Antártica;

· Apoiar atividades educacionais em todos os níveis, inclusive com intercâmbio acadêmico internacional.

 

Os Pioneiros

Primeira Atividade Científica Nacional fora do País: em 1882, duas expedições brasileiras iriam observar a passagem de Vênus pelo disco solar: uma, chefiada pelo Capitão-de-Fragata Antonio Luiz von Hoonholtz, na região equatorial; outra, com a Corveta Parnaíba, na região subantártica, sob o comando do Capitão-de-Fragata Luiz Filippe de Saldanha da Gama, levando o astrônomo Luiz Cruls e baseada em Punta Arenas, no Chile.

Primeiras sementes: Therezinha de Castro, que publicou em 1956, o artigo “A Questão da Antártica”, defendendo a presença brasileira naquele continente; Eurípedes Cardoso de Meneses, deputado que adotou a causa e lutou por ele na área política; e o engenheiro João Aristides Wiltgen, que fundou o Instituto Brasileiro de Estudos Antárticos (IBEA), em 1972, muito contribuíram para despertar o interesse pelo continente austral.

Primeiras presenças: o primeiro brasileiro a visitar a Antártica foi o Dr. Durval Rosa Borges, médico e jornalista, membro da Sociedade Geográfica Brasileira, durante o Ano Geofísico Internacional (1957/58); o meteorologista e professor Rubens Junqueira Villela foi o primeiro brasileiro a atingir o Pólo Sul, a 17 de novembro de 1961, quando integrava um expedição norte-americana à Antártica, com sede no quebra-gelo Glacier.

Tags: CIRMComissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM)Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF)Marinha do Brasil (MB)Ministério da Ciência Tecnologia Inovações (MCTI)Operação Antártica (Operantar)Programa Antártico Brasileiro (Proantar)SECIRMSecretaria Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM)
Notícia Anterior

Capitania dos Portos do Espírito Santo completa 167 anos

Próxima Notícia

A320MPA: A solução de Avião Patrulha Marítima da Airbus para a Marinha Francesa

Guilherme Wiltgen

Guilherme Wiltgen

Notícias Relacionadas 

Aviação

Aviação Naval amplia presença e vigilância na Amazônia Azul

22/05/2025 - 17:16
Naval

AMRJ desdoca Submarino Tupi após conclusão do 2º período de docagem de rotina

22/05/2025 - 06:39
Aviação

TH-X: Helibras entrega os dois primeiros helicópteros H125

21/05/2025 - 09:15
Carregar mais
Próxima Notícia

A320MPA: A solução de Avião Patrulha Marítima da Airbus para a Marinha Francesa

Comentários 1

  1. ADM says:
    2 anos atrás

    Parabéns a SECIRM por conduzir tanto o PROANTAR quanto o PSRM, poucos sabem as realizações e resultados desses projetos.

    Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Destaque do DAN

BAE Systems demonstra o CV90120 para o Corpo de Fuzileiros Navais no Rio

Publicações DAN

    •  
    • Artigos

    EDGE Group: NIMR, a fábrica de veículos blindados

    EDGE Group: CARACAL acertando no alvo

    EDGE Group: AL TARIQ e suas soluções para munições guiadas de precisão

    ADSB: O estaleiro do EDGE Group

    Rodrigo Torres e a expansão do EDGE Group no Brasil

    Hamad Al Marar, um executivo visionário no comando do EDGE Group

    EDGE Group: DAN visita a gigante de defesa dos Emirados Árabes Unidos

    • Home
    • Artigos
    • DAN TV
    • Entrevistas
    • Exclusivo
    • Aviação
    • Defesa
    • Exército
    • Geopolítica
    • Naval

    © 2019 - Defesa Aérea & Naval. Criação web Tchê Digital

    Nenhum resultado encontrado
    Ver todos os resultados
    • Home
      • Quem Somos
      • Regras de Conduta
      • Tecnologia
      • Projeto Challenge Coin do DAN
      • Espaço
    • Artigos
    • DAN TV
    • Entrevistas
    • Exclusivo
      • Colunas
        • Coluna Mar & Guerra
        • Coluna Política Internacional
        • Espaço do Aviador
      • Vídeos
    • Aviação
    • Defesa
    • Exército
    • Geopolítica
    • Naval