Eficácia decisiva no combate: A letalidade única do Gripen E

Gripen E da Força Aérea da Suécia

Em primeiro lugar, o objetivo do um avião de combate é manter o controle e a integridade do seu território soberano. Para isso, o caça precisa entrar com sucesso, permanecer vivo em um ambiente altamente contestado, hostil, de alta ameaça, concluir a missão designada e retornar com segurança à base.

Para isso, o Gripen E garante a capacidade de sobrevivência com o uso de uma poderosa Guerra Eletrônica (Electronic Warfare – EW) fornecida por sistemas internos e externos de última geração. Os sensores hostis são bloqueados em amplas bandas de frequência por contramedidas autônomas e colaborativas de múltiplos aspectos, usando técnicas ativas e passivas.

Complementado pelo EAJP (Electronic Attack Jammer Pod), e pelo Air-Launched Decoy Missile System, o Gripen E oferece uma supressão eletrônica altamente eficiente para evitar, negar, enganar e defender-se contra qualquer ameaça inimiga. No domínio dos caças, isso é definido como “Live Chain”.

Em segundo lugar, o objetivo de um caça é produzir efeitos operacionais precisos e em tempo hábil, por meio da supressão de sistemas hostis por meio de Guerra Eletrônica e/ou pelo efeito dos seus armamentos contra os alvos selecionados. Para cumprir essa missão, uma plataforma de caça deve ter uma alta Consciência Situacional para verificar as ameaças hostis existentes e definir suas coordenadas com precisão, a fim de encontrar, reconhecer, acompanhar, engajar, destruir estes alvos e levantar os danos pós-engajamento. No mundo dos caças, isso é definido como “Kill Chain”.

Projetado para o combate

Quando se trata de armamento lançados por via aérea, alguns aspectos devem ser normalmente considerados:

Alcance cinemático

A distância do alvo em que uma arma pode ser lançada com efetividade e precisão sem expor o caça atacante às defesas antiaéreas ou caças inimigos. Além disso, a carga de armas de um caça deve ser projetada com armamentos que possibilite uma efetiva gama de alcance, para poder combater as ameaças a qualquer momento e manter a flexibilidade de engajamento.

Tipo de armamento

Isto se refere ao tamanho e à finalidade do efeito explosivo de um armamento e ao tipo de alvos que esta munição foi projetada para ser usada, sejam alvos aéreos de voo rápido ou estruturas terrestres fixas reforçadas. Refere-se também à capacidade de qualquer munição individual de se posicionar contra alvos na fase de engajamento final, ou seja, através de sensores próprios ou de orientação para encontrar, fixar, rastrear e engajar de forma independente um ponto de impacto desejado.

Quantidade de armamentos

Trata-se do número e variação de diferentes armamentos que podem ser transportadas por uma aeronave de combate. Isto é determinado pela natureza da missão tática, o tipo e número de alvos, a ameaça e, é claro, também pelo projeto da plataforma de combate. Um número maior de armamento sempre aumentará a letalidade e a flexibilidade da missão, representando uma ameaça maior e uma importante dissuasão ao enfrentar o inimigo.

Probabilidade de Interceptação

Quais são os fatores que permitem que um armamento encontre efetivamente seu caminho desde um lançador até a coordenada certa do alvo, sem arriscar nenhum efeito colateral à infraestrutura indesejada? Como um armamento pode ser efetivamente guiada e apoiada durante todo o engajamento? Como as contramedidas adversárias podem ser suprimidas para permitir que os armamentos alcancem os alvos? Quantos armamentos serão necessários para alcançar o efeito desejado?

No Gripen E, todos os requisitos acima, e muitos outros, foram cuidadosamente considerados. Ele foi totalmente projetado para sobreviver e operar em um ambiente A2/AD (Anti-Access/Area Denial). Os novos e exclusivos recursos de sensores e armas habilitados para operação em rede de dados foram projetados com todas as ameaças mais recentes em mente, permitindo que a mira flexível e dinâmica seja conduzida de maneiras totalmente novas, de forma autônoma por um único Gripen, pela colaboração entre vários caças em uma unidade tática aérea (TAU) e/ou pelo fornecimento de dados de mira de terceiros por outros caças colaboradores no ar, unidades de comando e controle (C2) ou um Controlador Aéreo Tático Conjunto (Joint Tactical Air Controller – JTAC).

A construção do quadro tático, a orientação para o engajamento de alvos, a orientação dos armamentos, o lançamento e o suporte de mísseis são mecanizados de maneiras novas e revolucionárias, permitindo que o piloto do Gripen E sempre maximize a probabilidade de interceptação de armas com a manutenção da própria capacidade de sobrevivência. Com a nova HMC (Human-Machine Collaboration), o piloto sempre saberá o que esperar em seguida e qual será a melhor ação possível na próxima fase da missão.

Escolha sua arma

Com o Gripen E, as Forças Aéreas terão a possibilidade de escolher os armamentos mais modernos e inteligentes, dos melhores fornecedores do mundo. Isto permite um acesso flexível e independente, sem ter que ser restringido por políticas ou regulamentações individuais das nações fabricantes ou das autoridades de projeto.

Um exemplo é o míssil BVRAAM ar-ar MBDA Meteor, em serviço no Gripen desde o início de 2016, seguindo um programa de integração muito bem-sucedido. O Meteor proporciona um desempenho cinemático imbatível, oferecendo um nível totalmente novo de letalidade, capacidade operacional de próximo nível para os combatentes. Um projeto de operação em rede exclusivo permite uma mira eficiente e flexível e suporte de armas, além de uma valiosa consciência situacional de combate. Para uma missão ar-ar, o Gripen E pode transportar até sete mísseis Meteor, reforçando o seu status de superioridade no Báltico pelas próximas décadas.

Outro exemplo é o Selected Precision Effects at Range (SPEAR), a arma de ataque à superfície de última geração, que oferece capacidade de ataque de precisão em longas distâncias. Equipado com um buscador multissensor inteligente, o SPEAR pode operar em todas as condições de combate contra alvos terrestres complexos em movimento e em manobra. A funcionalidade habilitada para funcionar em rede garantirá flexibilidade de mira e total segurança de combate durante qualquer combate.

O Gripen E e o SPEAR maximizarão o potencial da futura capacidade aérea de combate nos ambientes de batalha mais disputados. Como alternativa, o míssil ar-superfície RBS-15ER altamente otimizado, com alcance estendido, está disponível para uso no Gripen E para oferecer capacidade de ataque de precisão, seja em uma capacidade anti-navio ou de ataque terrestre.

Nas operações ar-terra, o foco também costuma estar no segmento de ataque stand-off, uma capacidade de alto valor estratégico. Para essa missão, o Gripen E pode ser equipado com o míssil de ataque Taurus, que oferece uma capacidade imbatível de ataque de longo alcance contra vários tipos e complexos de alvos. O míssil Taurus mantém a sua capacidade de sobrevivência navegando o mais próximo da superfície possível evitando a sua detecção por meio do terreno físico, o que também significa um uso muito eficiente do alcance do míssil. Devido à sua ogiva muito potente, inteligente e escalonável, na maioria das vezes é necessário apenas um míssil para atingir o efeito desejado. O Gripen E e o Taurus proporcionam uma dissuasão estratégica muito importante contra qualquer ameaça.

O Gripen E foi projetado para enfrentar um adversário avançado. Um inimigo que poderá se dar ao luxo de escolher o método, o local e o momento de seu ato de agressão e que provavelmente terá a capacidade de atacar em grande número. A capacidade de combater essa ameaça só pode ser alcançada com o uso de sensores e armas de última geração, táticas, técnicas e procedimentos superiores e a maior disponibilidade da frota ao longo do tempo.

Isso garantirá que os combatentes estejam prontos, quando e onde forem necessários. Para sobreviver e para produzir efeitos operacionais.

FONTE: Saab

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