Expo Aero Brasil 2013

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Por Guilherme Wiltgen e Rubens Barbosa Filho

O sucesso das 15 edições já realizadas da EAB e o índice positivo de crescimento dos negócios na aviação brasileira, faz da Expo Aero Brasil um evento de referência no setor aeroespacial e mostra-se como uma vitrine para que as indústrias e os prestadores de serviço mostram seus produtos e serviços, abrangendo desta forma a produção de aeronaves civil e militar até softwares embarcados para sistemas espaciais.

A EAB ocorreu em um dos locais mais propícios para realização de um evento do setor de aviação, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, que tem entre seus objetivos ampliar o conhecimento e desenvolver soluções cientifico tecnológicas, por meio de ensino, pesquisa, inovação e serviços técnicos especializados, no campo aeroespacial. O DCTA está muito bem localizado, próximo das maiores indústrias de aviação da América do Sul, a EMBRAER, e fica cerca de 80 kms. de distância da cidade de São Paulo, sendo facilmente acessada por via aérea ou terrestre, pela Rodovia Presd. Dutra.

O que se viu na EAB 2013

Brazilian Aerospace Cluster – Um dos 4 maiores clusters aeroespaciais do mundo

Corresponde a um aglomerado de empresas da cadeia produtiva aeroespacial, com graus de especializações diferentes em um ou mais elos do setor e que, articulados conjuntamente com agentes econômicos, políticos, acadêmicos e sociais localizados na região, visam aumentar a competitividade e sustentabilidade das empresas da cadeia aeroespacial.

Aeronáutica

Produção de aeronaves, helicópteros e aviões de pequeno e médio porte, para a indústria Comercial, Executiva e Militar. Empresas de montagem e fabricantes de peças estruturais, motores, componentes e peças de reposição, equipamentos de rádio, sistemas de navegação e equipamentos de bordo, para além de sistemas de controle de tráfego aéreo. Incluem também a manutenção, reparação e revisão geral de aeronaves de diferentes tamanhos, motores, componentes e sistemas de bordo, bem como de concepção do projeto e serviços de engenharia industrial.

Defesa

Aeronaves especificamente concebidas para diferentes tipos de missão, integração de sistemas, veículos aéreos não tripulados (VANT), equipamentos, componentes e peças, armas inteligentes e armas não guiadas.

Espaço

Fornecimento de pequenos satélites e estruturas, incluindo as cargas de bordo, foguetes de sondagem e sistemas de lançamento de veículos, e demais partes como para propulsão, segmentos de solo e serviços relacionados com a utilização de imagens de satélite, bem com o consultoria e outros serviços especializados.

Aviação Agrícola

Atualmente no Brasil, existem cerca de 1.500 aviões agrícolas em operação. O mercado potencial para essas aeronaves é de 10.000 unidades e leva em consideração somente as áreas agrícolas atualmente exploradas e não as áreas com possibilidades de exploração, como por exemplo, o Estado do Mato Grosso que ainda tem aproximadamente 60% do potencial de áreas agrícolas para serem exploradas pelas extensivas culturas da soja e do algodão.

Asas Rotativas

O segmento de Asas Rotativas é um dos que mais crescem dentro do setor aeroespacial brasileiro, e apesar de poder estar incluído no segmento da aviação executiva, pelas suas peculiaridades operacionais e importância dentro do setor, o segmento de asas rotativas comporta a 3ª maior frota de helicópteros no mundo, sendo que a cidade de São Paulo detém a 2ª maior frota, perdendo apenas para a cidade de Nova York. Hoje o Brasil possui uma frota de mais de 1.200 helicópteros, atuando nas mais diversas atividades, que vão do transporte executivo, taxi aéreo, treinamento e formação de pilotos, policias militares, civil, rodoviária e federal, operações off-shore e nas de atividades militares nas Forças Armadas brasileiras. O mercado também está muito aquecido na compra e venda de aeronaves novas e usadas, manutenção, peças e componentes, hangaragem, seguros e financiamentos.

Aviação Comercial e Transporte Aéreo de Passageiros

Com o evento da globalização das atividades comerciais, industriais e turísticas, o avião tornou-se um meio de transporte rápido e seguro, correspondendo aos anseios das atividades dos dias atuais. O crescimento desse tipo de segmento de mercado (transporte aéreo de passageiros), foi duramente atingido durante os ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos, entrando em fase de prejuízos que se mantém até a presente data em algumas empresas. Entretanto nos dias atuais, pode-se antever um crescimento sustentado na quantidade de passageiros para os próximos dez anos, logo, seguramente haverá aumento significativo da frota mundial de aviões para transporte de passageiros.

Atualmente existe uma polêmica entre os grandes fabricantes sobre a conveniência de se construir enormes aeronaves com capacidade elevada de transporte de passageiros.

Com uma extensão territorial de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, distribuídos por 5.527 municípios e a segunda maior infraestrutura aeroportuária do mundo, o Brasil é um dos mais promissores mercados para o transporte aéreo regular. O sistema de transporte aéreo regular é suprido por 5 empresas nacionais e internacionais (TAM, GOL, VARIG, OCEANAIR e AZUL) e 15 empresas regionais (Trip, NHT, Passaredo, Air Minas, Cruiser, Team, Sete, Abaeté, Rico, Puma Air, Sol, Pantanal e TAF), com um volume de cerca de 100 milhões de passageiros/ano, devendo atingir 160 milhões em 5 anos.

Aviação Executiva

Atualmente, o Brasil possui a segunda maior frota de aviação geral do mundo. Dentro deste segmento, encontra-se o mercado de aviação executiva, que vem apresentando um expressivo crescimento no Brasil, evidenciando o grande potencial do País no setor. À frente de países como México, Venezuela, Argentina, Colômbia e Chile, o Brasil é o país que possui o maior mercado no segmento de aviação executiva na América Latina.

A frota atual de aviação executiva no Brasil possui mais de 1.650 aeronaves, sendo cerca 650 helicópteros, aproximadamente 350 jatos e mais de 650 turboélices. A cidade de São Paulo, principal centro econômico do País, concentra 35% (577 aeronaves) de toda essa frota. Em relação à aviação geral, o Brasil possui a segunda maior frota do mundo com 10.562 aeronaves. O estado de São Paulo apresenta 28% do total de aeronaves no País.

Em comparação com o mercado dos Estados Unidos, embora o produto bruto nacional daquele País seja 10 vezes maior do que o Brasil, a frota norte-americana é 17 vezes superior. Ainda assim, o Brasil conta com a segunda maior frota de aviação executiva do mundo, com 1.400 aeronaves, das quais 920 são jatos e turboélices. Na América Latina, o México conta com 650 aeronaves e a Colômbia, com 310 unidades.

Aviação Experimental

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), existem mais de 4 mil aeronaves na categoria experimental sobrevoando o céu do Brasil, estando inclusos neste número ultraleves, balões, girocópteros, dirigíveis, planadores, helicópteros, motoplanadores e outras aeronaves não-homologadas.

A aviação experimental é por conta e risco próprio. Por não ser homologada, uma aeronave experimental é mais barata de voar, pois o nível de exigência de manutenção e de regulamentações é menor. A inspeção anual obrigatória, denominada Relatório de Inspeção Anual de Manutenção (RIAM) é exemplo de uma dessas poucas exigências.

Aviação Geral

Inclui quaisquer tipos de aviação, que não sejam de voos regulares (linhas aéreas) ou aeronaves militares. Isto inclui desde pequenos aviões de propriedade particular até modernos jatos de negócio, helicópteros, balonismo, voos de treinamento (para pilotos iniciantes) e outras atividades aéreas. A frota da Aviação Geral brasileira conta com mais de 18.000 aeronaves e já é considerada como a 2ª maior frota de aviação do mundo, congregando aeronaves de turismo e lazer, aviação aerodesportiva, experimental, aviação agrícola, ultraleves, escolas de aviação particulares e aeroclubes.

Aviação Militar

A aviação militar no Brasil vem apresentando um bom crescimento nos últimos 20 anos, principalmente em razão do uso de arma aérea pelas Forças Armadas e pela expansão da frota das polícias militares e civis, especialmente no segmento de asas rotativas.

As recentes concorrências para reequipamento da Marinha e Aeronáutica brasileira, provocaram uma grande movimentação nas indústrias envolvidas, em razão do grande volume de investimentos envolvidos. Estima-se que esse setor deverá crescer substancialmente nos próximos anos.

FONTE: EAB

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