O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira” concluiu, nesta semana, a Comissão “Comitê Gestor III”, realizada ao longo da Cadeia Vitória-Trindade (CVT). A cordilheira submarina é composta por 30 montes de origem vulcânica entre a costa de Vitória (ES) e a Ilha de Trindade, a 1.200 km do continente. O objetivo da missão é buscar, na região, uma melhor compreensão dos efeitos desses montes sobre processos físicos, geoquímicos e biológicos que ocorrem naquela região, que é abrigo para grande variedade de animais e microrganismos.
O estudo da fauna marinha brasileira tem sido uma das prioridades da Marinha do Brasil (MB) após a introdução do conceito de Zona Econômica Exclusiva (ZEE), em 1994, pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). No caso do Brasil, tal área representa 5,7 milhões de km², onde o País tem direito exclusivo de soberania para fins de exploração, aproveitamento, gestão e conservação dos recursos naturais (vivos ou não-vivos), além de exercer investigações científicas, instalações de estruturas e preservação do meio marinho.
“Em geral, quando pesquisamos ilhas muito distantes do continente, vemos uma biodiversidade completamente diferente do que existe na costa. Mas nesse caso, como existe a cordilheira submarina, é possível correlacionar os organismos que ali estão com os que são encontrados na Ilha da Trindade”, afirmou o Imediato do NPqHo “Vital de Oliveira”, Capitão de Fragata Edno Vieira da Rosa Neto.
Segundo ele, os pesquisadores coletaram amostras de água e microrganismos e, a partir dessa coleta, serão produzidos “artigos científicos de grande relevância para o País”.
Os montes submarinos funcionam como base para cadeias alimentares complexas, e atuam conectando, biologicamente, o ambiente costeiro à área oceânica que se estende até as ilhas. Por isso, parte importante das interações biológicas regionais está intimamente ligada a processos físicos que ocorrem ao longo da Cadeia.
A Comissão teve início em 1º de novembro e contou com a participação de 20 pesquisadores convidados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade de São Paulo (USP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Foram feitas 37 estações oceanográficas, algumas a 3.500 metros de profundidade, por meio do Conjunto CTD-Rosette. O equipamento permite a aquisição de dados de temperatura, salinidade e pressão, bem como a verificação do perfil da velocidade do som na coluna d’água.
O NPqHo “Vital de Oliveira” retornou das atividades hidroceanográficas após um intenso Período de Manutenção Atracado, necessário para manter a eficiência e segurança de seu desempenho. Além de uma vasta gama de equipamentos científicos, o navio possui laboratórios que possibilitam aos pesquisadores um tratamento inicial adequado das amostras coletadas, garantindo uma análise confiável e a obtenção de dados que contribuam efetivamente para o Desenvolvimento da Pesquisa Científica Nacional.
A governança do navio é decorrente de um Acordo de Cooperação firmado entre a Marinha do Brasil, MCTI, Petrobras e Serviço Geológico do Brasil, em uma parceria que visa manter em operação uma das plataformas móveis de pesquisa no mar mais modernas do mundo, capaz de mapear dados da atmosfera, oceano, solo e subsolo marinhos. Viabilizam-se, assim, o atendimento das principais demandas da comunidade científica nacional, um melhor conhecimento das riquezas existentes na Amazônia Azul e a ampliação da presença brasileira no Atlântico Sul e Equatorial.
A próxima missão do NPqHo “Vital de Oliveira” será percorrer a elevação do Rio Grande (RS), de 4 a 22 dezembro deste ano, visando realizar pesquisas que consubstanciem dados para a manutenção da soberania na Amazônia Azul.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Acesse: https://www.marinha.mil.br/agenciadenoticias/
Importante para manter soberania brasileira na Amazônia Azul é ter meios para tal, o que não temos. Temos muitos militares, militares de sobra, só não temos equipamento pra essa gente operar. Até lá, falar sobre soberania soa cômico.
Boa tarde Padilha vc sabe se o VF 1 te.m hoje seis caças A4M?
Obrigado.
Abs.
Se tem 1 só, já é mais do que deveria ter. Esse esquadrão nem deveria existir.