Pelo ar, FAB garante vacina, alimentos e transporte de pacientes e de órgãos

Major-Brigadeiro do Ar da Força Aérea, Maurício Augusto Silveira de Medeiros - Foto Igor Mota

Por Dilson Pimentel

Localizado em Belém, o Primeiro Comando Aéreo Regional (I Comar) atua no Pará, Amapá e Maranhão. O comandante, o Major-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, diz que a primeira ação que a Força Aérea realiza na Amazônia é a de defesa. “A nossa missão é manter a soberania do espaço aéreo, mas também temos outras missões de integrar o território nacional. Há 80 anos, fazemos isso na Amazônia”, afirma. A integração é feita, por exemplo, com o transporte de órgãos para transplante e de vacinas. “Agora, na época da covid, transportamos muito oxigênio. Essa presença da Força Aérea leva ao cidadão aquela certeza de que o Estado brasileiro está presente e que o que ele precisar, aonde ele estiver, nós iremos ajudar”, garante o Major-Brigadeiro Medeiros.

Para o comandante, as Forças Armadas existem para proteger o país. “A gente sempre faz também essa missão de proteção das fronteiras, interceptando aeronaves ilícitas que transportam drogas, contrabando”, detalha o Major-Brigadeiro.

Um dos desafios, porém, é ter onde pousar as aeronaves. “Se não tem pista, a gente vai com helicóptero. Se não tem pista, vai e constrói pista. A Força Aérea trabalha de tal forma que, se tem um impedimento, a gente busca suplantar aquele impedimento de uma forma ou de outra”, diz. Outro desafio são as condições climáticas. “Muitas vezes, a gente quer chegar em um lugar, mas não consegue por conta da meteorologia. Então, a gente espera, vai no dia seguinte. Ficamos até o momento em que se consegue cumprir uma missão independente de quem seja – buscar algum enfermo, levar uma vacina, levar alimento”, garante Medeiros.

Na Amazônia, há o período chuvoso e, também, seco. “Muitas vezes, na época da seca, em que o rio não é navegável, a Força Aérea é quem leva alimento, além de uma série de coisas e poucas pessoas ficam sabendo disso. Não é que a gente não queira mostrar, mas não precisa ficar alardeando aos quatro cantos o que a gente está fazendo”, conta.

Para garantir a proteção da Amazônia, o Major-Brigadeiro Medeiros diz ser fundamental ter pessoas que trabalham realmente em prol do desenvolvimento e da proteção do país. “Nós fazemos parte da sociedade brasileira e o nosso trabalho é justamente apoiar essa sociedade no que ela precisar. Às vezes, as pessoas querem colocar uma divisão entre sociedade civil e militar, mas isso não existe. Existe a sociedade brasileira”, acredita.

“Com o lema ‘Asas que protegem o País’, a Força Aérea, onde ela estiver, estará sempre fazendo esse trabalho de proteção. Asas porque a gente voa e chega rápido e, dessa forma, conseguimos fazer tudo aquilo que for necessário. A sociedade pode e deve contar conosco, porque sempre vamos proteger o país”.

Base em Belém

Na Base Aérea de Belém, o comandante, Coronel Aviador Ricardo Bevilaqua Mendes, explica que há quatro principais organizações operacionais. Uma delas é o Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo, que faz o envio de urnas, transporta feridos, vacinas, militares e representantes de órgãos federais, como PF e Ibama, e presta apoio a pessoas desassistidas. Há, também, o Esquadrão Netuno, que possui aeronave cuja missão principal é fazer a patrulha marítima e, ainda, busca e reconhecimento sobre o território nacional.

FONTE: O Liberal

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