Portugal inicia negociação para cancelamento da compra do NH90

O ministério português da defesa vai iniciar negociações com vista ao cancelamento da compra das aeronaves NH-90, cuja aquisição estava prevista há vários anos. Os NH-90 seriam utilizados pelo Exército português.

Portugal vai tentar também reaver, pelo menos uma parte, do dinheiro que já investiu no projeto do helicóptero europeu, que já consumiu 87 milhões de Euros, dos exauridos cofres portugueses.

Para manter a participação portuguesa, o país deveria entregar no próximo ano ao consórcio europeu, mais 120 milhões de Euros e com as restrições ao orçamento, resultado de um novo aumento do deficit, esse dinheiro simplesmente não existe.

A compra dos helicópteros de transporte NH-90 não é uniformemente aceite. Embora o exército português tenha afirmado, através de seus oficiais, que a aquisição aumentaria em muito a operacionalidade e a capacidade militar do exército, a verdade é que também há quem afirme que a compra do NH-90 corresponda à manutenção da mentalidade ultrapassada, que os portugueses chamam de «capelinhas», em que cada ramo quer estar separado dos outros, não havendo qualquer capacidade de cooperação destinada a reduzir custos.

Os militares portugueses têm tentado reformular a questão da duplicação de estruturas, na forma de um comando unificado, que permita utilizar de forma conjunta os meios aéreos de transporte mas, tal estrutura, nunca funcionou de forma adequada.

A Aviação do Exército, foi extinta juntamente com a Aviação Naval, depois da II Guerra Mundial, para criar a Força Aérea Portuguesa.
Portugal lutou numa guerra de 13 anos na África, sem que o Exército tivesse helicópteros. Os helicópteros Alouette eram operados pela Força Aérea, como também eram operados pela força aérea os Puma e os Aviocar (comprados por serem adequados às necessidades africanas).

Outra utilização prevista para os helicópteros era a de operarem a partir de um navio de apoio logístico, do tipo LPD, que a Marinha portuguesa continua a prever para o futuro, mas que está virtualmente cancelado por absoluta falta de recursos.

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