Lançamento do projeto Pará de Minas 4.0, que propõe a implantação do Polo de Defesa e Segurança Pará de Minas

Parceria entre o poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada, que busca alinhar as inovações, benefícios e oportunidades da quarta revolução industrial a uma nova vocação econômica para a cidade e a região.

Pará de Minas, 10 de setembro de 2018. – Pará de Minas 4.0 é um conjunto de ações que buscam oferecer novas vocações econômicas à cidade e região, lastreadas em inovação e tecnologia, a partir da parceria entre a sociedade civil organizada, poder público e a iniciativa privada. O mote 4.0 (quatro ponto zero) remete à quarta e disruptiva revolução industrial. Pode ser lido como 40 (quarenta) que é o marco de tempo a partir de 2019 até o bicentenário de Pará de Minas em 2059.



A iniciativa não se limita a atração de novas indústrias e formar novos profissionais. Busca capacitar e habilitar empresas já existentes, profissionais já formados, requalificar, bem como fomentar startups, incentivar pesquisas, inovação tecnológica para oferecer soluções que possam convergir em negócios e parcerias com as Forças Armadas e de Segurança Pública.

Propõe ainda convergir ações já em curso como, por exemplo, a implantação do Instituto de Engenharias da UFV e a nova sede do SESI/SENAI que será inaugurada ainda em setembro de 2018 que ampliará a capacidade de 532 para 1.200 alunos/dia. O desafio que se coloca para que se tenha o máximo aproveitamento dessas conquistas é que se crie na cidade oportunidades de trabalho que possam absorver e remunerar os profissionais que serão formados.

O porquê de um Polo focado em Defesa e Segurança? A indústria de defesa é parte integrante e crítica do esforço de mobilização nacional em caso de ameaça à sociedade. É uma alavanca de desenvolvimento tecnológico e econômico (empregos, produtividade), exporta material de altíssimo valor agregado (forte geração de divisas). Esse é um mercado que movimenta no mundo por ano 1,5 trilhão de dólares e somente o orçamento das Forças Armadas movimenta por ano 8,3 bilhões de reais em gastos com investimentos (projetos de aquisições, revitalizações etc.).

A ideia base do Polo é oferecer uma opção para o tão necessário desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID). Pará de Minas está numa localização estratégica, no centro-oeste mineiro, protegido, conta com facilidades logísticas que proporcionam significativas vantagens quando comparadas a outros Polos. Tem uma rodovia federal duplicada a BR-262 que margeia a cidade. Num raio de mil quilômetros estão as capitais Belo Horizonte – MG (90 km), Rio de Janeiro – RJ (513 km), São Paulo – SP (573 km), Vitória – ES (620 km), Brasília – DF (712 km), Goiânia – GO (787 km) e Curitiba – PR (980 km).



Esse não é um projeto de uma cidade, mas de desenvolvimento de uma região a partir da parceria, reconhecimento de vocações, convergência de ações e da complementação de competências. A menos de 120 km, em Santo Antônio do Monte, encontramos o segundo Polo Produtor de Pirotécnicos do mundo, perdendo apenas para a produção da China, além do melhor centro tecnológico em pirotecnia da América Latina. A menos de 30 km, em Itaúna, está um Polo de Fundição com um dos melhores centros de formação de Minas Gerais e do Brasil. A menos de 70 km, em Betim, existe o primeiro Porto Seco Industrial do país, estrategicamente localizado às margens da BR-381, com acesso aos principais portos e aeroportos da Região Sudeste. Temos ainda em Betim a construção do Aeródromo Inhotim que ficará pronto já em 2019.

O futuro está próximo, ao lado e acessível à Pará de Minas. A maior produção de nióbio, fundamental para a produção de ligas de alta resistência usados, sobretudo, na engenharia aeroespacial, está em Araxá, a 288 km de distância. Em uma estratégia para alterar o perfil industrial do estado, concentrado na extração mineral e materiais de baixo valor, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) buscou parceria com o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em Belo Horizonte, a 90 km de distância, para desenvolver a tecnologia de produção do grafeno – o “MGgrafeno.

O desenvolvimento de novas composições para ligas magnéticas, processos produtivos, equipamentos e instrumentação, com foco na demanda de aplicações, capacitação de recursos humanos e na geração de soluções inovadoras para o setor. Tudo isso será feito no LabFabITR, em Lagoa Santa que está a 118 km de Pará de Minas. As terras-raras estão presentes na fabricação de grande parte dos insumos tecnológicos. As aplicações vão desde smartphones e tablets até a indústria petroquímica.

Embora Minas Gerais já tenha importantes indústrias que atuam no mercado da defesa, que já fazem negócios com as Forças Armadas, ainda não tem o protagonismo que pode e deve ocupar. O Painel Setorial da Industria da Defesa, elaborado pela FIEMG-CONDEFESA, identificou 12 empresas já instaladas no estado que atuam diretamente no setor e somente 2 delas são consideradas Empresa Estratégica de Defesa (EED). Se produz em Sete Lagoas o blindado Guarani na IVECO projeto em parceria com Exército Brasileiro que tem acordo de produção em 20 anos de 2.044 unidades.

Em Itajubá temos a HELIBRÁS, fabricante de helicópteros para os segmentos executivo, militar, off Shore, governamental e civil e a IMBEL, que produz armas de calibre leve e artigos de cutelaria. Em São José da Lapa temos instalada a IAS, prestadora de serviços para a Força Aérea Brasileira com capacidade de nacionalização da manutenção aeronáutica para itens eletromecânicos, principalmente, dos sistemas de combustível, elétrico, hidráulico, pneumático e motores.

Minas Gerais é fomentadora de tecnologia aeronáutica. Tem a primeira unidade de Engenharia da EMBRAER fora de São José dos Campos (SP). A maior aeronave desenvolvida pela EMBRAER, o cargueiro militar KC-390, leva a marca do trabalho de mais de uma centena de engenheiros que a companhia emprega em Belo Horizonte. Boa parte de sofisticados componentes do avião, como a ponta da asa e o chamado pilone aeronáutico, peça que conecta os motores à estrutura do avião, ganhou forma e conteúdo nos computadores do Centro de Engenharia e Tecnologia Embraer (CETE) de BH.

Acontecerá em setembro de 2018 o 31º Congresso do Conselho Internacional das Ciências Aeronáuticas (ICAS). O ICAS, encontro bianual do Conselho Internacional de Ciências Aeronáuticas, configura-se como o principal evento internacional do setor de Engenharia Aeronáutica no mundo e reúne profissionais, engenheiros, cientistas, tecnólogos e gerentes aeronáuticos de mais de 40 países, com o objetivo de criar oportunidades na indústria em nível internacional, estimular a cooperação e a integração da comunidade aeronáutica e traçar as principais tendências de todo o setor para o futuro.

Vale ainda lembrar que foi um mineiro, Alberto Santos Dumont, nascido em 1873 numa pequena cidade do interior, que fez voar em 1907 na França o Demoiselle, marco histórico da aviação mundial.

Pará de Minas também é uma referência na aviação por causa do Aeroclube Pará de Minas que se destaca como uma das maiores e melhores Escolas de Pilotagem do Brasil e é uma referência na manutenção de aeronaves.

“É melhor não duvidar quando os mineiros dizem que vão fazer um avião. O mesmo se pode dizer do Polo de Defesa e Segurança que vamos implantar” afirma Rodrigo Campos, que tem mais de 20 anos de trabalhos para a Força Aérea Brasileira, empresário, consultor e um dos apoiadores do projeto Pará de Minas 4.0 e do Polo de Defesa e Segurança.



No próximo dia 27 de setembro de 2018, numa quinta-feira, a partir das 19h00min, num evento aberto ao público, na Câmara Municipal de Pará de Minas, será lançado o projeto Pará de Minas 4.0 e a assinatura da Carta Compromisso para Implantação do Polo de Defesa e Segurança Pará de Minas.

O evento do dia 27 já tem confirmadas a presença de autoridades locais, do chefe do poder executivo municipal e secretários de governo, do presidente e diretores da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e da Câmara da Indústria de Defesa e Compras Governamentais (CONDEFESA), da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra Minas Gerais (ADESG MG), de diretores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de representantes da sociedade civil organizada, da iniciativa privada, empresários, empreendedores e investidores interessados no Polo de Defesa e Segurança, além de prefeitos de municípios parceiros. Contamos ainda com a presença de representantes do Ministério da Defesa, do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira e da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

Tanto o projeto Pará de Minas 4.0, quanto o Polo de Defesa e Segurança, foram temas tratados na última reunião do Grupo Mais, realizada na Faculdade de Pará de Minas (FAPAM), no dia 30 de agosto de 2018, na qual, entre outros participantes, estiveram presentes o prefeito Elias Diniz, o presidente da Câmara Municipal, vereador Marcus Vinícius Rios Faria, diretor da Universidade Federal de Viçosa, Marco Antônio de Oliveira. Na oportunidade, foi apresentada a palestra Ameaças e Oportunidades da Quarta Revolução Industrial feita pelo palestrante convidado, Professor Lúcio Fonseca, recém-chegado de Angola onde havia tratado do mesmo tema num seminário internacional de gestão de negócios e oportunidades.

“Sem apoio e vontade política, interesse e adesão por parte de empresários e do setor produtivo e se a sociedade não entender e abraçar a causa, não há chance de sucesso. Para se viabilizarem e serem sustentáveis, projetos assim não deixam espaço para o “eu”, deve-se pensar, falar e agir em nome do “nós”, pois, os desafios e benefícios são coletivos.” afirma Carlos Antônio Barroca Martins, empresário, articulador e ativista em causas sociais e um dos apoiadores locais do projeto Pará de Minas 4.0 e do Polo de Defesa e Segurança.

“Pará de Minas 4.0 e o Polo de Defesa e Segurança são projetos estruturados, bem pensados, bem-nascidos e estão sendo bem liderados e executados. Considera as melhores práticas de gestão e do gerenciamento de projetos” observa Jorge Marcelo de Barros, formado em economia, contabilidade e administração, diplomado pela ADESG MG, consultor com experiência internacional, conselheiro e um dos apoiadores do projeto Pará de Minas 4.0 e do Polo de Defesa e Segurança.



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