NPqHo ‘Vital de Oliveira’ realiza 2° fase de pesquisas da água no Espírito Santo

A Marinha do Brasil (MB) termina no próximo dia 05, a 2° fase de pesquisas e análises dos materiais coletados na foz do Rio Doce, em Linhares (ES), provenientes do rompimento das barragens da empresa Samarco, em novembro, na cidade de Mariana/MG. Após esta etapa, a equipe divulgará os resultados preliminares dos impactos dos rejeitos de minério no meio marinho.

Foram definidos 21 pontos de coleta dentro de uma área pré-definida. Em alguns pontos, as análises ocorreram em mais de duas profundidades. As análises são realizadas nos três laboratórios do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira (H-39). São 40 pesquisadores e cientistas e cerca de 400 militares envolvidos nos trabalhos, incluindo os 90 tripulantes.

As amostras de água e sedimentos foram retiradas do rio em profundidades de 10 e 20 metros, por exemplo. Todo o procedimento foi realizado com o auxílio de um bote do navio, e o material foi levado para duas estações oceanográficas de trabalho. Nessas estações são medidos os parâmetros físicos da água, como temperatura e salinidade.

A intenção é reunir todos os resultados, a partir da contribuição dos pesquisadores envolvidos, e elaborar um mapeamento da área, que servirá de subsídio para a tomada de decisões dos órgãos competentes nas diferentes esferas de atuação.

A Marinha trabalha junto aos demais órgãos federais e estaduais que atuam no incidente. A ação conjunta é realizada a partir de um centro de operações instalado na Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES), em Vitória, sob a coordenação do 1º Distrito Naval.

Etapas das pesquisas

As pesquisas envolvem especialistas do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e profissionais da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade Vila Velha (UVV), da Faculdade Católica Salesiana – ES, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Católica de Santos (Unisantos).

A pesquisa foi dividida em duas etapas: de 26 a 30 de novembro e de 01 a 05 de dezembro. Ambas auxiliarão nos levantamentos dos impactos oceanográficos na fauna e flora da foz do rio Doce e áreas marítimas adjacentes.

Durante a primeira fase de trabalhos foram coletadas mais de 390 amostras de água e sedimentos em 21 estações oceanográficas de trabalho, distribuídas em uma área de 500 km2. A área mapeada é equivalente a cinco vezes a ilha de Vitória/ES. No total, foram coletados 350 litros de água e 65 quilos de sedimentos.

Ainda nesta etapa, foi verificada a presença de metais ferrosos e de organismos vivos nas amostras de água e de sedimentos. Foi detectado que a extensão das partículas suspensas (conhecidas por pluma) é maior que a pluma de fundo. O modo de dispersão dessas partículas é complexo, pois sofre influência dos ventos, correntes, marés e da profundidade do local.

Já na segunda etapa, o navio realiza um detalhamento das análises na área mais próxima da foz, com pesquisas científicas para caracterização física, química, biológica, geológica e ambiental de áreas oceânicas.

FONTE: Asscom

 

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