Oficiais do Exército participam de estágio de adaptação em selva no AC

Ao todo, 31 oficiais participam do treinamento (Foto: Jhonatas Fabrício/Rede Amazônica Acre)

Por Adelcimar Carvalho

Oficiais do Exército participam de um estágio de duas semanas de adaptação na selva em Cruzeiro do Sul. A ação é realizada na base de treinamento do 61º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), localizado no Rio Moa e deve durar até o fim da semana.

Ao todo, 31 militares participam ação, que é obrigatória aos oficiais, subtenentes e sargentos que servem pela primeira na região amazônica. Durante seis dias, os militares aprendem técnicas de sobrevivência na selva, recebem instruções de como obter alimentos, água e abrigo, além de instruções de caça, construção de cabanas e cuidados com animais peçonhentos na floresta.

A adaptação é coordenada pelo capitão Mário Jorge que explica o conteúdo do estágio. “Realizamos a parte de sobrevivência, com instruções teóricas e práticas, manutenção de armas de fogo, obtenção de alimentos de origem vegetal e animal, infiltração aquática, técnicas de tiros que são requisitos que podem ser empregados na Amazônia. Sem este estágio não há autorização para eles participarem de operações. Fazemos sempre logo no início do ano”, diz.

Ação ocorre em Cruzeiro do Sul (Foto: Jhonatas Fabrício/Rede Amazônica Acre)

O comandante do 61º BIS, tenente-coronel Fábio El-Amme, diz que os participantes são de vários estados da federação. “São militares que vieram de vários estados do sul, sudeste e nordeste que estão tendo a oportunidade de se aclimatar e ambientar na selva, que é um ambiente bem adverso, requer uma preparação e cuidados na parte física para que não tenham problemas na participação de operações nesta região”, diz.

O primeiro-tenente Edmar Pereira, de 48 anos, natural de Brasília (DF) tem 29 anos de carreira militar e pela primeira vez está atuando na Amazônia. “As dificuldades de adaptação são muitas. Aqui tem um clima que em um mínimo de deslocamento que o militar faça logo vem um desgaste físico muito grande. O calor é muito forte, a umidade é muito alta, sem contar a situação dos insetos que requer muita atenção”, fala.

Outra participante é a médica e segunda-tenente Isabela Diniz que já serviu no Haiti. “Tem dois meses que estou na Amazônia, no Haiti fiquei seis meses. São situações diferentes. Não existe mais fácil, ou mais difícil, existem situações que você tem que aproveitar da melhor forma e ter como oportunidade de aprendizagem e crescimento. Acho que é uma conquista vencer nossas limitações e provar que a gente pode e é capaz”, finaliza.

FONTE: G1

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