Por Guilherme Wiltgen
Ao que tudo indica, a Argentina definiu a aquisição do caça sino-paquistanês JF-17 Thunder Block III, conforme consta no documento da Lei Geral do Orçamento da Administração Nacional para o Ano Fiscal do ano 2022. Nele, o Governo Argentino prevê um empréstimo de USD 664.000.000,00 para o projeto de aquisição do Sistema de Armas JF-17 Thunder-Block III, sendo USD 20 milhões de fundo para infraestrutura.
Em maio desse ano, uma delegação da CATIC (China National Aero-Technology Import & Export Corporation) esteve na Argentina para debater uma parceria em defesa com a proposta de oferecer à Força Aérea Argentina os caças JF-17. A opção pela possível aquisição do caça surgiu após o veto do governo britânico de venda de aviões FA-50 coreanos, que são equipados com aviônicos produzidos no Reino Unido.
O JF-17, produzido em parceria com o Paquistão, possui o motor de origem russa RD-39, consegue atingir velocidades de até Mach 1,6 (cerca de 1.960 km/h) e tem um raio de ação de até 1.352 km. Segundo o fabricante, ele e capaz de realizar vários tipos de missões entre elas interceptação, ataque ao solo, antinavio e reconhecimento aéreo.
Tem como alguém semi- especialista fazer uma comparação entre o JF -17 COM O AMX DA FAB
Bento, disse bem: “SE”! Você mesmo já coloca os argentinos em uma situação hipotética, teórica, impraticável. Mas vamos aos fatos. Os argentinos não tem condições de comprar caças de quarta geração tendo que adquirir o último recurso disponível no mercado causado pelos britânicos: perceba que ainda do ponto de vista da influência internacional os ingleses já causaram um prejuízo vergonhoso aos argentinos fazendo-os adquirir caça de procedência duvidosa. Em outras palavras, os britânicos não precisaram disparar nem um tiro para já levar vantagem sobre seu moribundo adversário latino. E vejo que você nem percebeu a gravidade dessa situação delicada para os argentinos e dissuasória para os britânicos para achar que o europeu já precisa se preocupar em contrapor uma “ameaça” pensada para o ano que vem no sentido de pontapé inicial do processo de compra desses aviões. Isso na mais otimista esperança argentina. O contrato está longe de ser assinado – vamos considerar que ele será assinado – e você acha que os ingleses precisam já ir se preocupando em dobrar a segurança daquelas ilhas. Isso hipoteticamente, ou “se”.
Os ingleses desafiaram os russos com seu navio recentemente e você acha que eles devem se preocupar com a quantidade de aviões para enfrentar argentino. Você não percebeu que para se ir a uma guerra, principalmente contra uma superpotência, um país precisa de dinheiro. Se tem algo que argentino não tem é dinheiro! Eles não podem nem com o Chile vão se aventurar com ingleses de novo! Tomar uma surra pior do que tomaram a quarenta anos atrás. Se pegos de surpresa os ingleses viraram o jogo a seu favor porque esperar sorte melhor com uma ilha mais defendida do que nunca? Os ingleses tem porta-aviões (controle de área oceânica), destruidores que cospem fogo em uma incrível rajada apenas para falar dos canhões de ponto, helicópteros de ataque, submarinos nucleares (negação do uso do oceano), pessoal treinado, caças modernos, armamentos modernos, indústria de defesa, influência política, apoio internacional, recursos (inclusive para manter esse arsenal e pessoal) e com todo esse poderio eles vão temer uma argentina que é exatamente oposto disso tudo!
Falei do navio inglês desafiando os russos, esse mesmo navio posicionado nas ilhas Falk (vou chamá-la assim para abreviar) equipadas com defesa de ponto que já vimos no antigo HMS Ocean faria uma peneira desse JF, sem falar dos mísseis! Falei também dos chilenos: não por acaso chilenos e ingleses se uniram contra os argentinos e deu no que deu. Com essa crise da região da Pantagônia e o devaneio das “Malvinas” os argentinos já saem em desvantagem total contra ingleses e chileno juntos. Se sozinho os ingleses foram superiores, agora com os chilenos aliados contra esse inimigo comum é começar perdendo. Lembra que falei do fator diplomático inglês, então os argentinos já perderam aí.
Enfim, é bem impossível que esse prognóstico que você inventou aconteça. Um presidente fraco, sem apoio popular e da América Latina não pode com um país que faz aliança para fornecer submarino nuclear para os australianos. Estou tentando com esses fatos te explicar o poderio dos ingleses contra uma falida Argentina. Uma aventura como essa é típico de países em crises procurarem sarna para se coçar a fim de desviar as atenções dos problemas internos arrumando confusão externa. E os argentinos jamais poderão fazer isso de novo, muito menos contra dois poderosos adversários ao mesmo tempo ou isolados.
Pois é André, quem acha que agora a Argentina apresentará algum risco a Inglaterra, se é que os recursos serão liberados, está profundamente enganado, aliás, a Argentina está mergulhando cada vez mais em um crise sem precedentes, quase entrando em convulsão social.
Como diz o Caiafa, a “latinice” faz ainda se vitimarem, achando que os outros são culpados, no caso a Inglaterra.
Primeiro AINDA vai ser necessário pagar a substituição do assento britânico Martin Baker do JF-17 por um modelo chinês ou russo para poder adquirir essa aeronave.
E será necessário ao atual governo argentino CONVENCER DE VEZ os militares argentinos, ocidentalizados, conservadores e tão direitistas como seus “hermanos brasileiros”, que eles estão FADADOS PELA ETERNIDADE a operar EM TODOS OS RAMOS MILITARES PORTENHOS só equipamentos militares de procedência Russa e/ou Chinesa pelo fato que os Britânicos JAMAIS vão deixar de bloquear as vendas militares ocidentais para a Argentina pela Guerra da Falklands.
Faz 40 anos e a posição britânica não mudou e segue firme…
Já está mais que em tempo dos militares argentinos SE CONFORMAREM com a realidade que eles ou serão um “Novo Peru” na cena militar da América do Sul ou serão uma força militar eternamente pedinte de tecnologia ocidental OBSOLETA, irrelevante e mal armada…
Quando vendeu-se o modelo Block II para Miamar já foi com acento ejetor chinês.
Ou seja Gilberto, os argentinos contemporâneos (em particular os militares) pagam as consequências da besteira que seus antepassados cometeram com os ingleses. São quatro décadas – para dizer o mínimo – de um preço a ser pago e que a conta não fecha tamanha ousadia de enfrentar uma potência militar do porte de uma Inglaterra. Os argentinos terão que continuar dormindo com esse barulho, pelo menos enquanto os hermanos desistirem definitivamente daquelas ilhas inglesas: mas como os argentinos não são de confiança…
O jeito será os argentinos dançarem tango ao som de um JF: Jogo Final argentino. Lamentável.
Boa noite, Guilherme. Pelo que andam falando, esse caça usa assentos egetores britanicos. Podem substituir por outro sem problema?
Pablo,
Tudo leva a crer que esse “problema” deve ter sido resolvido, caso contrário, o negócio não teria se concretizado…
Abs,
Penso que, independente de Malvinas, comparativos e tal, a Argentina só está adquirindo um caça para sua Força, que está carente a muito tempo, mais nada, isso não significa que ela queira qquer pretensão sobre as ilhas.
O nome daquelas ilhas não é Malvinas e sim Falkland e os argentinos podem esquecer essa propriedade britânica. Se antes em condições melhores que hoje não conseguiram não será agora com JF.
Quero ver aparecer este dinheiro. Ja tomaram na cabeça com produto chinês e não aprendem. Duvidas que rolou um esquema ai…..? Olhem sitios argentinos sérios e voces verão o que pensam de armas ” chinas” la.
Será que agora os Argentinos finalmente terão um caça que ultrapasse o Mach 1?
Um caça barato e de baixo custo operacional que embora vá devolver à Argentina a capacidade de operar caças supersônicos é ainda muito pouco para ameaçar o sossego dos Kelpers visto que hoje em Mount Pleasant há 06 Typhoons, muito mais modernos e capazes, sem falar nos dois NAes da RN que agora embarcam caças F-35B
A choradeira de “Las Malvinas son argentinas” ainda continuará por muito tempo….
Concordo que os typhoon sejam superiores, mas a situação de defesa deles em caso de uma operação dos jf 17 supondo que todos ataquem ao mesmo tempo é algo que ficaria em dúvidas em quem apostar. No que tange os porta aviões eu tbm não sei não, o f35 realmente não me convence, a situação do Reino Unido em termos de defesa não é muito bons não. A sorte deles é que os argentinos são os maiores sabotadores de si mesmo kkkkkk
Se os Argentinos tiverem uns 20 caças JF 17, com reabastecedores, e armas pra essas aeronaves, já é o suficiente para os ingleses terem que dobrar o número de pilotos e aeronaves a disposição para contrapor essa ameaça…..isso custa um preço exorbitante de recursos que o reino unido provavelmente não tem, ou vai ter que enfraquecer significativamente outra área. É bem possível que diante desse prognóstico , e ainda com a possibilidade de que num eventual entrevero, mesmo botando o dinheiro necessário para defender as ilhas, os argentinos ainda poderiam causar enormes prejuízos derrubando aeronaves(mesmo que fossem só 3 ou quatro aviões britânicos), destruindo infraestrutura e afundando navios militares ou civis, que faria mais sentido econômico e estratégico vender ou mesmo entregar/negociar as ilhas aos argentinos…..mesmo se o governo tivesse que indenizar os kelpers. No fundo no fundo, a simples existência de alguma ameaça minimamente crível de parte dos equipamentos argentinos, pode ser muito mais eficiente do que qualquer ação em si, e já ser o suficiente.
O Reino Unido manterá o mínimo necessário para a proteção do seu arquipélago. A Argentina não virará potência militar ou econômica até 2040. Seu sonho de drenar os recursos britânicos com equipamentos baratos, de qualidade duvidosa e sem operadores adestrados não acontecerá. A AFA tem necessidades prementes com o Chile para não poder concentrar meios num único objetivo.
Por fim, se o Reino Unido estiver tão assustado e empobrecido quanto você imagina, a solução é simples: fazer com as Falklands o que já fazem em Diego Garcia…
Faço minha minhas próprias palavras no comentário do Erikson, Tireless, sobre as ilhas Falkland e não Malvinas. Essa Malvina não existe.