Defesa Aérea & Naval
  • Home
    • Quem Somos
    • Regras de Conduta
    • Tecnologia
    • Projeto Challenge Coin do DAN
    • Espaço
  • Artigos
  • DAN TV
  • Entrevistas
  • Exclusivo
    • Colunas
      • Coluna Mar & Guerra
      • Coluna Política Internacional
      • Espaço do Aviador
    • Vídeos
  • Aviação
  • Defesa
  • Exército
  • Geopolítica
  • Naval
Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados
Defesa Aérea & Naval
  • Home
    • Quem Somos
    • Regras de Conduta
    • Tecnologia
    • Projeto Challenge Coin do DAN
    • Espaço
  • Artigos
  • DAN TV
  • Entrevistas
  • Exclusivo
    • Colunas
      • Coluna Mar & Guerra
      • Coluna Política Internacional
      • Espaço do Aviador
    • Vídeos
  • Aviação
  • Defesa
  • Exército
  • Geopolítica
  • Naval
Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados
Defesa Aérea & Naval
Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados

Home Aviação

“BOLINHA, TREM, PASSO e GANCHO”

Luiz Padilha por Luiz Padilha
28/01/2015 - 22:27
em Aviação
16
0
compartilhamentos
836
acessos
CompartilharCompartilharCompartilhar
Chinese (Traditional)DutchEnglishFrenchGermanItalianJapanesePortugueseRussianSpanish
P-16 Tracker (S2), preservado no Museu Asas de um Sonho

Por CC (T) Robinson Farinazzo Casal

“O advento dessas aeronaves representará significativo salto quântico na capacidade de operação da esquadra pois estenderá o alcance de detecção de alvos aéreos e de superfície para além do horizonte.”

O Minas na década de 1980 no auge de sua operacionalidade, com dois UH-12 Esquilo, três SH-3D Sea King e seis P-16 Tracker.
O Minas na década de 1980 no auge de sua operacionalidade, com dois UH-12 Esquilo, três SH-3D Sea King e seis P-16 Tracker.

Atlântico Sul, 13 de agosto de 1996.

A aeronave Grumman P-16 Tracker do 4º Esquadrão, do 7º Grupo de Aviação (4°/7º GAV – Esquadrão “Cardeal”), retorna de uma missão de esclarecimento marítimo e vetoramento de alvos para helicópteros SH-3 da Marinha do Brasil (MB).

O P-16, matrícula FAB 7034, estabilizado a mil pés acima das ondas na perna do vento, “paquera” o convoo do Navio Aérodromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais (A11). Gira base com elegância, perdendo altura graciosamente sobre o mar, num flagrante contraste com a apreensão frenética dos tripulantes do navio, envolvidos na atividade aérea.

No enquadramento da final, o copiloto “canta” o velho momento de segurança (que se tornaria, ao longo dos anos, a jovial saudação dos “Cardeais”): “BOLINHA, TREM, PASSO e GANCHO”.

UNITAS XXV
P-16 Tracker 7033 pousando a bordo do NAeL Minas Gerais (A11)

O piloto, assentindo com a cabeça, verifica que: o alinhamento e nivelamento da “bola” do espelho de pouso estão corretos; as luzes indicadoras do trem de aterrissagem exibem a cor verde, atestando que o mesmo está baixado e travado; as alavancas do passo da hélice foram posicionadas em regime de rotação mínima, quando então “agarram” o ar com muita avidez; e o gancho de parada (hook), está arriado. Repete, então, calmamente, mas com voz firme: “BOLINHA, TREM, PASSO e GANCHO”.

Nivela as asas,”crosscheca” a alavanca de flaps, adequa o regime de potência e vem para o toque estabilizado “na rampa”. O pouso é sempre tenso, porque, embora esteja mais leve do que a decolagem, a aeronave ainda está “suja”, lenta e a baixa altura, buscando tocar, a quase 100 milhas por hora, uma pista de aço flutuante que se afasta à velocidade de 20 nós, com movimentos de caturro e balanço que nunca ajudam.

P16c
P-16E 7034 no convoo no NAeL Minas Gerais (A11)

Diante das condições quase marginais, o toque no convoo se dá com a possível maestria, se consideradas as 10 toneladas da aeronave, desacelerando de quase 200Km/hora em menos de 100 metros. É uma conta que, caso não fechada com extrema exatidão, redunda em fatalidade.

Mas naquele dia acabou bem, à exceção do fato de, após o pouso, um dos motores do 7034 ter parado e não poder ser reparado com os recursos de bordo. Algum tempo depois, a FAB desativou essas aeronaves. Foi a última vez que essas hélices rugiram em convoos da MB.

Em 1998, em razão de dispositivo legal, a MB voltou a operar aeronaves de asas fixas.

AF-1 Falcão_NAe_04
AF-1 durante toque e arremetida no NAe São Paulo (A12)

No dia a dia da operação com jatos, sentiu-se a necessidade de uma aeronave naval de asa fixa que operasse embarcada e fosse apta a realizar reabastecimento em voo (AAR – Air to Air Refueling), com capacidade de transferência de combustível superior ao atual sistema “Buddy to Buddy”, em uso no AF-1. Além disto, deveria cumprir tarefas logísticas de transporte de carga e pessoal para bordo (COD – Carrier on Board Delivery). Em adição, também se considerou imperiosa uma segunda aeronave, voltada para missões de alerta aéreo antecipado (AEW – Airborne Early Warning).

AF-1-Buddy-Buddy3
Reabastecedor Buddy Buddy no centerline de um AF-1

Essas demandas implicariam em soluções complexas, de vez que existem poucas aeronaves que cumprem as missões ora elencadas e se encaixem no envelope de pouso do nosso NAe São Paulo.

A solução proposta foi tão inusitada quanto inovadora: adquirir aeronaves S-2 Tracker e Tracer da US Navy, que se encontravam estocadas no deserto do Arizona, EUA, e que, após criteriosa inspeção de células, seriam remotorizadas com grupo motopropulsor, tipo turboélice, aviônicos digitais, barramentos eletrônicos modernos e sofisticado sistema de missão customizado para as necessidades da MB.

KC-2-Turbo-Trader (COD_AAR)
KC-2-Turbo-Trader (COD_AAR)

Com enfoque numa visão expandida das suas operações aeronavais, a MB tem buscado modernizar esses meios de maneira que, ao se concluir o projeto, eles possam proporcionar, dentre outras, as seguintes capacidades:

– Realizar abastecimento logístico por meios aéreos ao NAe São Paulo;

– Reabastecerem em voo as aeronaves AF-1, aumentando-lhes o raio de ação e;

– Prover alerta aéreo antecipado à frota em operação.

A tarefa, além de hercúlea, é enormemente cerebral, de vez que, praticamente. se trata de construir uma aeronave do zero. Os novos motores lhe conferirão diferentes curvas de perfomance, ensejando novo envelope de operações.

Em face da premissa de que as aeronaves AEW deverão permanecer muito tempo em voo, pois a natureza de sua missão exige que sejam as primeiras a decolar e as últimas a pousar a bordo, visualiza-se a necessidade de dotá-las com motores de extrema confiabilidade, além de projetar a ergonomia da cabine de maneira a mitigar ou retardar os efeitos da fadiga da tripulação.

KC-2 Trader (COD_AAR)

O pacote eletrônico embarcado, além de bastante complexo, demandará grande consumo de eletricidade, de modo que a planta elétrica da nova aeronave será completamente redimensionada em relação ao projeto original.

Assim, com o objetivo de diminuir os riscos do projeto, a MB optou por executá-lo em duas fases: na primeira, COD/AAR, as células receberão os novos motores turboélices, receberão tratamento anti-corrosão, equipamento de transferência de combustível, aviônicos digitais e sistemas de comunicação, sendo configuradas para emprego geral (transporte de pessoal, carga e REVO).

Consolidada essa etapa, iniciar-se-á o projeto AEW, de envergadura mais difícil e trabalhosa, ocasião em que as aeronaves receberão, além de um potente radar retrátil de busca aérea e emprego tático (mas que preservará igualmente sua capacidade meteorológica e de navegação), um sólido sistema de missão embarcado integrado, e lançadores de chaff and flare.

COD_03
S-2 AEW

O advento dessas aeronaves representará significativo salto quântico na capacidade de operação da Esquadra, de vez que estenderá o alcance de detecção de alvos aéreos e de superfície para além do horizonte, incrementará o raio de ação dos AF-1 Skyhawks e proporcionará melhor flexibilidade logística no reabastecimento ao NAe São Paulo em suas comissões.

Essa tarefa só está sendo possível graças ao empenho de quase uma centena de aviadores, engenheiros, marinheiros e técnicos do EMA, DGMM, ComOpNav, DSAM, DPMM, DAerM, DEnsM, DOCM, DCTIM, ComForAerNav, CIAAN, BAeNSPA e GFRCOD, dedicados e incansáveis nas complexas tarefas de definir requisitos e procedimentos; projetar; contratar; adquirir; fiscalizar a montagem; receber; testar; voar; treinar os pilotos, mecânicos e operadores de sistemas; construir hangares e instalações; e elaborar manuais.

A todos esses profissionais um BOLINHA, TREM, PASSO e GANCHO!

FONTE: Revista Aviação Naval

Tags: 4°/7º GAV - Esquadrão "Cardeal"AEW&CAF-1Carrier-On-Bord Delivery (projeto COD/AAR)COD/AARNAe São Paulo (A 12)NAeL Minas Gerais (A-11)P-16 TrackerS-2 Tracker
Notícia Anterior

Turbomeca recebe certificação da EASA para sua nova turbina Arriel 2N

Próxima Notícia

USAF escolhe Boeing 747-8 como próximo Air Force One

Luiz Padilha

Luiz Padilha

Notícias Relacionadas 

Aviação

Aviação Naval amplia presença e vigilância na Amazônia Azul

22/05/2025 - 17:16
Aviação

24 anos do primeiro pouso de Aviadores Navais brasileiros com o A-4 no NAeL ‘Minas Gerais’

18/01/2025 - 10:35
Aviação

Aviação de Patrulha: história, carreira e legado

28/06/2024 - 19:38
Carregar mais
Próxima Notícia

USAF escolhe Boeing 747-8 como próximo Air Force One

Comentários 16

  1. Roberto says:
    10 anos atrás

    Parabéns, excelente matéria. Torço para que a aviação naval concretize todos os seus planos.

    Responder
  2. robinson F. casal says:
    10 anos atrás

    Caso tenham gostado, também publiquei “As tres lições do Almirante Mitscher”, no blogceiri e revista da Aviação Naval , “O Almirante que lançou a bomba atomica” na edição digital e física da revista Passadiço de 2013, “O pai das marinhas nucleares”, sobre a vida do Almirante Rickover na edição digital e física da revista Periscópio de 2013 , “Ejetar ejetar , viver” e ” O último milagre da noite” na revista de aviação Naval, em edição física e digital no site .

    Responder
  3. Julio Cesar Filho says:
    10 anos atrás

    Uma perda de tempo dinheiro, nos batemos palma pra isso. Com o dinheiro roubado dos cofres do governo daria pra fazer dois Naes novo com os F/A – 18 E/A-18 E-2 e os C-2 mais estamos nos anos 60 ainda.

    Responder
  4. Thiago Magno says:
    10 anos atrás

    Primeiramente gostaria de parabenizar o site e o CC Robinson por esse magistral artigo. Gostaria ainda de pedir, a quem o tenha, pedir o email do CC Robinson, pois sou um velho amigo e gostaria de entrar em contato.

    Responder
    • Rogerio says:
      10 anos atrás

      Thiago, por favor. Vc é velho amigo do Robinson de onde ? Ele é meu conterrâneo e padrinho de casamento. Entre em contato comigo (rogeriotadeu@hotmail.com) que repassarei a mensagem. Aí ele pode entrar em contato com você. Abraços.

      Responder
  5. Alexandre says:
    10 anos atrás

    desculpem a ignorância, muito provavelmente eu seja o mais amador dos leitores do DAN, esse avião poderia ser usado para infiltração de comandos em território inimigo, por exemplo, ou seja, ele poderia ser uma plataforma de salto de paraquedas? se sim, quantos soldados equipados ele levaria?

    Responder
    • Luiz Padilha says:
      10 anos atrás

      Poder, creio que ele poderá, mas quantos caberiam ainda é cedo para afirmar. Vai depender das modificações que estão em andamento.

      Responder
  6. Celso Reis says:
    10 anos atrás

    Quando tudo estiver operacional, nossa marinha terá meios de executar melhor sua nobre tarefa, tudo isto realmente custou e esta custando muito esforço e dedicação daqueles que querem ver a marinha brasileira como ela merece: Soberana em suas águas.

    Responder
  7. Wellington Góes says:
    10 anos atrás

    Ótimo artigo, parabéns ao autor e ao pessoal do DAN em publicá-lo.

    Até mais!!! 😉

    Responder
  8. Leandro Casella says:
    10 anos atrás

    Belo txt. Apenas me permita um reparo. No início é dito: “P-16 Tracker do 4°/7° GAV”. Os P-16 nunca operaram no 4°/7° GAV, mas somente no 1° GAE. O 4°/7° GAV foi criado depois da saída dos P-16, cujo último exemplar foi entregue ao MUSAL em dezembro de 1996.

    Responder
    • Luiz Padilha says:
      10 anos atrás

      Perfeito. Eu não quis alterar o texto.

      Responder
  9. JPBS1 says:
    10 anos atrás

    Uma dúvida que sempre tive a respeito,as instalações e hangares deste esquadrão vão ser o mesmo que os AF-1 ou serão construidos em São Pedro? Caso sejam construidos qual sera o lugar do esquadão na base?

    Responder
    • Luiz Padilha says:
      10 anos atrás

      Será construído em frente ao hangar do HU-1, porém do outro lado da pista.

      Responder
  10. marcio says:
    10 anos atrás

    Mal vejo a hora de ver as primeiras operações dos A-4M e KC-2 e S-2 AEW a todo vapor a bordo do NAe São Paulo.

    Responder
    • Marcelo says:
      10 anos atrás

      Se viesse no mesmo nível dos AEW da USN seria muito bom. No nível dos franceses acho que é totalmente possível!

      Responder
      • Dalton says:
        10 anos atrás

        A Marinha Francesa opera o E-2C a partir do CDG
        e essas aeronaves foram atualizadas ao último
        padrão, estão melhores que alguns esquadrões
        da US Navy com E-2Cs mais antigos e só perdem
        para o novo E-2D.

        Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Destaque do DAN

BAE Systems demonstra o CV90120 para o Corpo de Fuzileiros Navais no Rio

Publicações DAN

  •  
  • Artigos

EDGE Group: NIMR, a fábrica de veículos blindados

EDGE Group: CARACAL acertando no alvo

EDGE Group: AL TARIQ e suas soluções para munições guiadas de precisão

ADSB: O estaleiro do EDGE Group

Rodrigo Torres e a expansão do EDGE Group no Brasil

Hamad Al Marar, um executivo visionário no comando do EDGE Group

EDGE Group: DAN visita a gigante de defesa dos Emirados Árabes Unidos

  • Home
  • Artigos
  • DAN TV
  • Entrevistas
  • Exclusivo
  • Aviação
  • Defesa
  • Exército
  • Geopolítica
  • Naval

© 2019 - Defesa Aérea & Naval. Criação web Tchê Digital

Nenhum resultado encontrado
Ver todos os resultados
  • Home
    • Quem Somos
    • Regras de Conduta
    • Tecnologia
    • Projeto Challenge Coin do DAN
    • Espaço
  • Artigos
  • DAN TV
  • Entrevistas
  • Exclusivo
    • Colunas
      • Coluna Mar & Guerra
      • Coluna Política Internacional
      • Espaço do Aviador
    • Vídeos
  • Aviação
  • Defesa
  • Exército
  • Geopolítica
  • Naval