O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta terça-feira, ao final da cerimônia do Dia do Aviador, na Base Aérea de Brasília, que “os caças virão”, sinalizando que o Brasil não desistiu de reforçar a sua frota aérea.
Mas o ministro não quis precisar nem quando haverá uma decisão sobre o assunto nem sobre que modelo será escolhido para o projeto FX2. “Não adianta perguntar porque não vou satisfazer esta curiosidade nem sobre quando nem sobre quem. Mas é certo que os caças virão”, disse Amorim, desconversando sobre quando o governo poderá decidir sobre a compra dos novos aviões supersônicos, que vem se arrastando há mais de uma década. “O governo tem procurado dotar a Força Aérea de meios adequados, mas todo mundo pensa só em caças. E eu posso dizer que os caças virão”, reiterou.
Nesta segunda-feira (22), a presidente Dilma Rousseff se encontrou com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, mas o governo nega que o assunto compra dos aviões militares Rafale, fabricados pela Dassault, tenha entrado na pauta. Em 2010 (foi em 2009), o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a apontar que o governo escolhera o Rafale, durante visita ao Brasil do ex-presidente Sarkozy, mas depois se viu obrigado a voltar atrás, por causa das pressões da Força Aérea, já que o processo estava em andamento, e das concorrentes norte-americana Boeing e sueca Saab. No momento, o processo está parado, esperando sinalização da presidente Dilma Rousseff.
Na sua fala aos aviadores, o ministro Amorim salientou que aviões patrulha e helicópteros foram comprados e estão fazendo vigilância em nossas fronteiras e no Atlântico Sul, mas reconheceu que o País precisa de “aviões adequados para rechaçar qualquer ameaça ao território”, referindo-se indiretamente aos caças FX, sem definição ainda para serem adquiridos. Amorim lembrou que o Brasil é um país pacífico, que vive em paz com seus vizinhos, mas que “não pode descuidar da sua defesa”.
A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, em sua mensagem à Força Aérea, preferiu também não falar sobre os caças, limitando-se a reiterar o seu compromisso com a Estratégia Nacional de Defesa (END) e genericamente citar o fortalecimento da Força Aérea Brasileira para a realização de sua missão constitucional. Disse ainda que está trabalhando pelo desenvolvimento da indústria de defesa, pelo estímulo à aviação, acrescentando que tem “compromisso com a modernização da infraestrutura portuária brasileira” para “oferecer serviços aéreos à altura das expectativas da sociedade brasileira”.
FONTE: Diário do Grande ABC COLABOROU: Carlos Alexandre
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Caro Guilherme
Acredito que o Governo Federal nos mostrou como está sendo levada a sério as nossas Forças Armadas. Afinal, foram apenas 14 anos para uma escolha que deveria ter sido realizada ainda em 1998. Com a ampliação da meta de substituição a longo prazo dos demais vetores, mais confusa ficou essa história.
Cabe ressaltar que a própria END é falha e confusa ao ditar que tudo passa a ser prioridade. Ou seja, voltamos à administração dos anos 70 quando tínhamos uma infinidade de projetos para pouco dinheiro.
O mais intrigante nisso tudo é que os helicópteros que voam mais hoje são aqueles que foram obtidos fora dos parâmetros da END. E aqueles que foram adquiridos nesses parâmetros… Como diz uma velha e sábia senhora: mistério…
Alfredo André
P.S. – Foi um prazer conhecê-lo no DCTA.
Alfredo André,
Bem vindo ao nosso democrático espaço de discussão!
A recíproca também é verdadeira.
Forte abraço
E o pior, tentam se justificar que estão equipando a FAB com a compra do P-3 (que chega só com uns 40 anos de atraso) e a compra de Black Hawk, fala sério! Santos Dumont deve estar revoltado em ver o que estão fazendo com a nossa FAB!
Hoje seria o dia ideal para o anúncio sobre qual caça o Brasil escolhera para dotar a FAB de meios necessários a nossa defesa aérea.Enquanto isso,nossos pilotos fazem milagre para defender nosso espaço aéreo com aeronaves projetadas na década de cinquenta,como o F-5 !