As primeiras imagens do primeiro lote de produção em série de caças JF-17 Block III indicam que poderá entrar em serviço em um futuro próximo, após o primeiro voo do protótipo no final de 2019.
As fuselagens deverão ser produzidas tanto pela China quanto pelo Paquistão, a pesar do primeiro não ter adquirido o JF-17, apenas fabricado exclusivamente para exportação.
Como as variantes anteriores do JF-17, espera-se que a Força Aérea do Paquistão seja o principal cliente, embora se espere que a nova variante tenha um interesse estrangeiro consideravelmente maior, devido às suas capacidades muito melhoradas.
A nova variante parece ser uma virada de jogo para as capacidades de guerra área do Paquistão, integrando recursos stealth limitados, um motor mais potente, um radar AESA e o primeiro sistema IRST em um caça paquistanês.
Junto com a compra recentemente anunciada de caças J-10C da China, o JF-17 Block III introduzirá tardiamente os radares AESA no serviço paquistanês, proporcionando uma maior consciência situacional e imunidade à guerra eletrônica, enquanto abre mais opções para a guerra eletrônica ofensiva.
Como o JF-17 é um dos caças mais leves do mundo, ocupando uma faixa de peso semelhante ao Gripen sueco e ao F-20 americano, a integração de um radar mais sofisticado para compensar o tamanho relativamente pequeno dos radares que pode acomodar é particularmente importante. Essas aeronaves leves são consideradas adequadas para o orçamento de defesa do Paquistão, pois seus custos operacionais e de manutenção são extremamente baixos, enquanto que a sua taxa de disponibilidade é alta, o que significa que a maior parte da frota pode ser mantida pronta para o combate.
Este design de baixo custo vem às custas do desempenho de voo, no entanto, com o caça não sendo particularmente manobrável, mas compensando isso com o lançamento de mísseis PL-10 de curto alcance que podem atingir alvos em ângulos muito extremos.
Além de seu conjunto de sensores e outras melhorias na aviônica, a integração dos mísseis ar-ar PL-15 de longo alcance são considerados os recursos mais notáveis do novo caça.
Com um alcance estimado de 200 a 300 km, o PL-15 ultrapassa confortavelmente a maioria dos mísseis ar-ar existentes na Índia, como o MICA (alcance de 80 km) usado pelos Rafale e Mirage 2000, e o R-77 (alcance de 110 km) usado pelo MiG-21, MiG-29 e Su-30MKI. As únicas exceções são o antigo míssil K-100 do Su-30MKI, que representa pouca ameaça aos caças e é projetado para neutralizar aeronaves de apoio pesado em intervalos de 300 km, e o Meteor adquirido para o caça Rafale, que tem um alcance estimado de 200 km. O PL-15 não só vai muito mais longe do que seus predecessores, mas usa seu próprio radar AESA para orientação, proporcionando uma vantagem sobre os designs ocidentais e russos.
Espera-se que os recursos avançados do JF-17 Block III o tornem muito mais atraente para exportação do que as versões anteriores, que eram projetos de quarta geração relativamente básicos, e representam talvez a maneira mais econômica de adquirir caças equipados com radar AESA.
A grande maioria dos países, incluindo quase todas as potências europeias e a Rússia, ainda não implantou aeronaves com tais capacidades. Com o Paquistão potencialmente colocando em campo mais de 100 desses novos caças, incluindo variantes de mono e biplece, o JF-17 Block III deverá revolucionar sua capacidade de proteger seu espaço aéreo.
Chamar o Gripen de caça leve (o que é obvio que é, mas o ufanismo tenta desvirtuar a realidade) e igualá-lo ao caça sino-paquistanês, vai trazer a ira dos chapas brancas de plantão… Rsrsrs