Por Luiz Padilha
Segundo publicado no Diário Oficial da União (DOU), a Marinha do Brasil contratou através do sistema FMS, estudos para viabilizar a utilização de Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada Embarcada – SARP-E, ou segundo o ICA 100-40, Remote Piloted Aircraft (RPA).
O DAN teve oportunidade de acompanhar dois testes realizados a bordo do NPaOc APA (P 121) com os modelos ScanEagle da Insitu-Boeing e com o Camcopter S-100 da SCHIEBEL, que podem ser vistos em nossa página de Artigos ou clicando nos links abaixo:
ScanEagle ou Camcopter
A Insitu-Boeing possui em seu portfólio além do ScanEagle, o RPA RQ-21 Blackjack o qual utiliza o mesmo sistema de lançamento e recuperação que o ScanEagle. Qualquer que seja a opção que a Marinha venha a adotar, será de grande valia para as operações de nosso Porta Helicópteros Multipropósito Atlântico e em nossos Escoltas.
Além dos dois modelos testados a bordo do NPaOc APA, em 2014 a MB testou o RPA Heron da Policia Federal na Base aeronaval de São Pedro D’Aldeia. Agora é aguardar o término dos estudos e ver qual será o equipamento que a MB irá adotar.
DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL
DIRETORIA DE AERONÁUTICA
EXTRATO DE CONTRATO
NUP: 63003.002797-2019-98
Carta de Oferta e Aceite BR-P-GVR.
Objeto: Contratação do fornecimento do servico de avaliação a bordo – ship survey – para verificacao da adequabilidade de operacao de um Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas – SARP-E – a bordo de navios da Marinha do Brasil por meio do Programa FOREIGN MILITARY SALES-CASE, administrado pela Marinha dos Estados Unidos.
Valor: U$ 147.299.00 (cento e quarenta e sete mil duzentos e noventa e nove dolares americanos). Termo de Justificativa de Inexigibilidade de Licitacao 003-2019.
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
NUP: 63003.002797-2019-98.
Termo de Justificativa de Inexigibilidade de Licitacao 003-2019.
Objeto: Contratação do fornecimento do servico de avaliacao a bordo – ship survey – para verificacao da adequabilidade de operacao de um Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas – SARP-E – a bordo de navios da Marinha do Brasil por meio do Programa FOREIGN MILITARY SALES-CASE, administrado pela Marinha dos Estados Unidos.
Contratado: Governo dos Estados Unidos da America.
Valor: U$ 147.299.00 (cento e quarenta e sete mil duzentos e noventa e nove dolares americanos).
Fundamento Legal: paragrafo primeiro, inciso II do Art. 25, inciso II, paragrafo primeiro c/c Art. 13, inciso I, ambos da Lei 8.666-93.
FONTE: DOU
Poxa,Anderson, seu argumento de entrar em favela até se aplicaria se fosse esse o caso. Mas não é. Por diversos motivos. Trata-se de um equipamento utilizado para reconhecimento, amplamente substituível por outros remotamente pilotados ou não (a diferença desse aí é que opera de um navio que tem o tamanho de um aeroporto). Ademais, a última vez que a MB teve algum contato com a realidade “da favela”, sem querer desmerecer o trabalho dela, ela deixou piratas saquearem um navio na costa de Santos e sequer pensou em incomodar os piratas. Então, menos, meu caro… bem menos…
O argumento de que não há versão embarcada no Brasil não é o bastante. Há alguns anos, a DARPA desejava possuir a capacidade autônoma em veículos. Para isso, ao invés de comprar no exterior, ou até contratar o desenvolvimento junto às grandes, lançou o Urban Challenge, oferecendo U$1milhão à equipe (universitária, empresarial etc) que vencesse o desafio. Entrava quem quisesse, assumiria o risco quem quisesse.
Resultado direto: Stanford venceu, ganhou seu US$1 milhão, e os membros da equipe foram todos absorvidos pelo Google (carro autônomo do Google nasceu daí);
Resultado indireto: O país passou a ter dezenas de bolsões acadêmicos capacitados a atuar no campo de veículos autônomos.
Não é coincidência nenhuma que tantas empresas americanas estão lançando seus veículos autônomos.
O que falta a nós é mais imaginação… só isso.
Se toda vez que as forças armadas comprassem equipamentos (principalmente esses, que viveram até hoje sem) dessem preferência para produtos feitos no Brasil, ainda que inferiores aos importados, nossos nacionais já concorreriam com os importados. Sou a liberal, mas não me iludo quanto à importância das FAs em manter de pé as empresas de produtos de defesa.
Às vezes tenho a impressão que se tratam de crianças comprando brinquedo…
Se não sabe falar sobre defesa, não fale…..pesquisa e desenvolvimento e defesa são assuntos diferentes.
Vc queria entrar em uma favela com uma arma subdesenvolvida?
Caso ache bacana, parabéns….
Para aplicação de tecnologia militar, as prontas e testadas em combate são as de preferencia amigo.
Poxa,Anderson, seu argumento de entrar em favela até se aplicaria se fosse esse o caso. Mas não é. Por diversos motivos. Trata-se de um equipamento utilizado para reconhecimento, amplamente substituível por outros remotamente pilotados ou não (a diferença desse aí é que opera de um navio que tem o tamanho de um aeroporto). Ademais, a última vez que a MB teve algum contato com a realidade “da favela”, sem querer desmerecer o trabalho dela, ela deixou piratas saquearem um navio na costa de Santos e sequer pensou em incomodar os piratas. Então, menos, meu caro… bem menos…
Dispensa de licitação?!
Espero que a MB compre dezenas de unidades
É necessário investimento em tecnologia
É, os Bambis vão ver quanto custa se meter aonde não devem. A Boeing com a mão na taça.
Comentário babá ovo
Que notícia top , que bom que a MB está mirando estes meios para suas operações ! Acredito que já deve ser operado pelo esquadrão QP 1 !
Aproximadamente R$ 700.000,00 só pra testar, que seriam muito melhor aplicados na aceleração de desenvolvimento de qualquer um dos Vants Nacionais que poderiam atender ainda melhor.
Mas ao invés disso damos dinheiro pra concorrentes por nada em troca.
Levar anos para desenvolver algo talvez não seja o ideal. Não critico pois a verdade é que o operador, no caso a MB sabe muito melhor do que nós do que ela precisa e tenho certeza que o produto nacional foi analisado antes de se optar por um estudo de viabilidade com outros equipamentos. Falar que poderiamos isso ou aquilo é fácil, mas a realidade é muito differente quando se vai a fundo. Por isso não julgo.
Padilha por favor fiquei em dúvida sobre este valor seria somente para avaliação ou compra de algum vant?
Está no DOU. Estudo.
Luiz, entendo que a Marinha precisa de um produto confiável. Porém o produto que está sendo avaliado e suas capacidades são de Vant que já temos em fase avançada de dessnvolvimento e o valor é metade de muitos financiamentos para Vant que foram aprovados via Finep.
Sendo assim, não é questão de julgar ou não, mas cobrar como brasileiro e como quem está financiando esta ação, pois na realidade me parece mais político do que efetivo, dadas inclusives as empresas envolvidas.
Alex não há RPA-E (versão embarcada) no Brasil.
Apenas deixando claro que entendo e respeito a sua visão e concordo que a Marinha sabe suas demandas, mas esta só não ecoa estar sendo realmente conduzida com a mesma visão que já presenciamos em outras boas decisões.
Mas eu posso estar errado, claro!
Armas PRECISAMOS DE ARMAS , de todos os Tipos armas de ponto , temos uma *MARINHA BRASILEIRA BANGUELA** , tanto em suas embarcações, quantos nos meios Aéreos .
Nenhum Helicptero armado de Ataque , e ficam inventando histórias e gastando um monte com estudos.
Sai pra lá incompetentes
Muito bom a MB iniciar a operação de vants a bordo de seus navios; finalmente caminhando pro futuro. Mas fico na dúvida do porquê a MB não ter feito testes do FT 200 FH da ST Labs….
Porque operar de terra é uma coisa, já operar embarcado é outra completamente diferente e esse know how ao que parece não há no brasil.
Padilha, no site da empresa há uma foto do FT 200 com a insígnia da MB…
“De fácil operação, o FT-200 FH estará pronto para decolagem em apenas 10 minutos, podendo ser operado em um local fixo ou a bordo de embarcações.”
http://flighttech.com.br/rotor-ft/ft-200-fh.html
Os fuzileiros usam mas não embarcado.
Que bom…não sabia desta informação. Agradeço.