Por Felipe Salles
Enquanto os projetistas do estaleiro Vard refinam o projeto do casco e da nova superestrutura das corvetas derivadas da classe Barroso no seu estaleiro em Niterói, os componentes-chave ainda em aberto estão prestes a serem escolhidos. Segundo os planos atuais a nova corveta (conhecida internamente como “CV3”) deve ser o modelo de navio de escolta mais numeroso na futura frota da MB de 30 navios.
Com exclusividade, ALIDE apurou esta semana os finalistas na área de radares após o abandono pela Marinha do Brasil do mastro integrado Thales i-Mast 100 na corveta. O i-Mast prometia reduzir bastante o risco do programa de corvetas ao entregar todos os sistemas de radar aéreo e de superfície, de IFF e de monitoração visual e de infravermelho além das antenas de rádio num único pacote pré-integrado. No entanto ele acabou sendo descartado no final do ano passado primariamente por razões de peso e de custo.
Ambos os novos finalistas são modernos sistemas de antena rotativa, por isso uma solução bem mais convencional do que seria o i-Mast. De um lado está a Thales com seu modelo SMART-S Mk2 e do outro o Artisan da BAE Systems britânica.
O SMART-S está sendo utilizado em muitos programas de desenvolvimento de navios de escolta recentes como o Absalon class support ship dinamarquês, as fragatas indonésias, marroquinas e vietnamitas Sigma da Damen holandesa, a fragata alemã da classe Brandenburg, no programa turco Milgem, na modernização de meia vida das fragatas canadenses Halifax, nas corvetas omanitas classe Khareef, na modernização das fragatas colombianas Almirante Padilla, nas fragatas classe Incheon (FFX) da Coréia do Sul e nas corvetas classe Gowind adquiridas pela Malásia.
O Artisan por sua vez é um programa bem mais novo e só agora começou a ser oferecido no mercado de exportação. Os radares desse tipo estão sendo instalados inicialmente nas fragatas Type 23 da Royal Navy britânica e farão parte também dos novos navios-aeródromos da classe Queen Elisabeth atualmente em construção. Quando as novas fragatas T-26 forem lançadas ao mar, os radares Artisan 3D das T-23 removidas do serviço ativo serão transferidos para elas.
O ás na manga da Thales, que naturalmente seria sua filial brasileira Omnisys, não foi aceita pela Marinha como candidata a “parceira local” deste programa. Com isso a empresa Bradar (a antiga OrbiSat) subsidiária da Embraer Defesa e Segurança vai atuar neste papel. A Bradar terá a tarefa de integrar e testar no Brasil os componentes (fontes de força, racks e cartões) do gabinete de processamento de sinal daquele radar que venha a eventualmente ser escolhido pela Marinha. As antenas serão responsabilidade do parceiro estrangeiro.
Recentemente ALIDE anunciou com exclusividade que os mísseis SeaCeptor, da européia MBDA, e o ESSM da americana Raytheon seriam os finalistas no sistema de arma. No entanto, a despeito das integrações já existentes entre o SMART-S e os ESSM, e do SeaCeptor com o Artisan, as nossas fontes sugerem uma preferência pelo míssil britânico mas esta escolha ainda não foi concluída. Segundo a Thales o Smart-S será integrado com o SeaCeptor especificamente para atender ao programa de modernização das fragatas ANZAC da Marinha da Nova Zelândia.
FONTE: Alide
Em entrevista a T&D 135, o Almirante de Esquadra Julio Sorares definiu o deslocamento máximo da CV-03 como sendo 3.000 toneladas. A pergunta que não quer calar é a seguinte: Qual o atual (ou sempre foi) critério da MB para classificação dos diferentes tipos de escolta? Deslocamento? Função?… Indago pois um navio de 3.000 t é muitas referido como fragata (ou fragata leve). As futuras escoltas de 6.000 t , independentemente das suas eventuais variações, seriam todas todas classificadas como fragatas “F”? Nessa esteira, o que seria um contratorpedeiro para os padrões de classificação da MB? Padilha (ou os demais amigos do “site”), vocês sempre gentilmente esclarecem as dúvidas que vez ou outra e posto aqui…Esclareçam mais essa, por obséquio. Abraços.
Agora se pedissem com acionamento por motor elétrico aumentaria muito mais o alcance da Corveta. Com motores a diesel menores e mais econômicos acoplados a turbo geradores elétricos e alimentando os motores de propulsão tudo controlado com CLPs e Inversores de Frequência o rendimento seria bem maior, isto significa que com a mesma quantidade de óleo diesel poderia ter um alcance bem maior, como está sendo feito em todas embarcações modernas.
Sim , está prevista a aquisição de mísseis de defesa de ponto/área curta para CV 3.
No que diz respeito à propulsão, pelo menos na primeira série de 5/5 navios será usada a CODOG ou mesmo CODAD.
Concordo com o colega willhorv, 30 navios deve ser o tamanho total da futura frota de escolta da Marinha. Quanto ao radar poderia ser o Artisan pois ele já está integrado com os mísseis AA Sea Ceptor daí poderíamos fechar o pacote Inglês, anti superfície pelo menos um lançador quádruplo de MM 40 estaria de bom tamanho e peso, mais um canhão Oto Melara 76 mm (120 tiros por minuto / 40 km) e ainda 4 reparos do Sistema Lançador e Despistadores de Mísseis IpqM SLDM-1 e mais 2 lançadores de foguetes Schermully e 2 lançadores de foguetes iluminativos Rocket Flare e Equipamento de Contra Medida Eletrônica.
Estamos vendo um navio nascer. Que venham com os melhores braços, pernas e dentes possíveis.
Acredito que são 30 escoltas….entre fragatas e corvetas….o que é coerente com as duas frotas pretendidas, sendo uma no sul do país e outra no nordeste.
Hj não são 6 fragatas, +3 fragatas + 5 corvetas…..total de 14 escoltas. Aposto em 12 corvetas no total. E prefiro o SesCeptor!! E apostaria no canhão automático 76mm, de multiplo emprego e com suas munições avançadas …. show!!
Alguém sabe quais seriam os armamentos? Tomara que não coloquem o pesado e volumoso MK8 na proa, seria melhor o Oto Melara com munição Volcano, a defesa antiaérea de cano poderia ser o Millennium 35mm ao invés do Bofors Trinity 40mm. Mas provavelmente vão ficar com o mesmo da Barroso MK8 + Trinity.
Será que irão colocar uma defesa AA com misseis nela? Radar 3D é para isso se não ia de 2D mesmo. 30 exemplares, só se for ficar bem barata mesmo! Espero que tenham descartado a turbina e colocado 4 motores Diesel para dois eixos.
Sim , está prevista a aquisição de mísseis de defesa de ponto/área curta para CV 3.
Seja lá qual for, que venham logo.
A quantidade de 30 corvetas é muito animador. Para patrulha de curta e média distâncias é perfeito. Ainda acho que deveríamos adquirir uns 15 Tikunas para a mesma função, curtas e médias distâncias para apoio às Barrosos.
Más, enfim. Voltando a questão dos Radares, se cumprirem as exigências e atenderem as necessidades da nossa MB é o que um importa.
Eu particularmente tinha preferência pela Imast, más….Em nada compromete o propósito para o qual será destinada cada um dos outros dois.