O valor atribuído à nova joint venture é de US$ 4,75 bilhões; Boeing deve pagar US$ 3,8 bilhões à Embraer
Por Fabiana Holtz
SÃO PAULO – A Embraer divulgou na manhã desta quinta-feira, 5, o memorando de entendimentos firmado com a Boeing no qual estabelecem as premissas para a combinação de negócios no segmento de aviação comercial. O memorando, de caráter preliminar e não vinculante, conta com aprovação do conselho de administração da companhia. O valor atribuído ao novo negócio de aviação comercial é de US$ 4,75 bilhões.
No comunicado, a empresa explica que a operação compreenderá a criação de uma joint venture na qual a Embraer terá 20% e a Boeing 80%, que passará a desenvolver os negócios de aviação comercial atualmente desenvolvidos pela fabricante de aviões brasileira. Pelo acordo, a Boeing irá pagar US$ 3,8 bilhões à Embraer.
Os negócios referentes a defesa & segurança e a jatos executivos, dentre outros, não serão segregados para a nova sociedade e permanecerão sendo desenvolvidos pela Embraer.
FONTE: O Estado de SP
FOTO: Ilustrativa
Uma nação de governantes covardes!
Todos sairão ganhando.
Alguém consegue me explicar como uma empresa que fatura 10,5 bi de dólar LÍQUIDOS POR ANO na área de aviação comercial é vendida por 3,8 bi de dólar?
A Embraer LUCROU, menos de 800 milhões de Reais em 2017, menos de 250 milhões de dólares e isso porque foi um resultado histórico. A receita total ficou em 5.839 bilhões de dólares e o EBITDA de 644.7 milhões de dólares. A negociação avalia a empresa em quase 5 bilhões de dólares, por volta de 20x o lucro líquido do ano passado. O lucro líquido da Boeing no ano passado foi de uns 9 Bilhões de dólares….
Se a Embraer não faz essa parceria, estaria condenada ao ostracismo no futuro. Ou vocês acham que a Embraer e seus 250 milhões de dolares vao conseguir competir com os quase 3 bilhões de EUROS dre lucro da Airbus só no ano passado (sem levar em conta 1.3 bi de provisionamento pro A400M)…. Se não fosse a Embraer, a Boeing seria forçada a investir mais e se aliar a uma Mitsubishi da vida pra entrar no ramo dos jatos pequenos.
A briga é de cachorro grande e, a verdade, é que somos pequenos. Temos boa tecnologia e bons aviões, mas no mundo real da competição ferrenha do mercado de aeronaves comerciais isso não basta.
Acordo natural, e a princípio vantajoso. O governo brasileiro não tem condições de bancar uma disputa com um Consórcio Europeu ou Americano. É melhor isso do que a falência da companhia! Afinal ela é uma instituição privada desde 94, que tem a maior parte do seu investimento estrangeiro.
O começo do fim. Tanto esforço, horas de trabalho, suor, para no final acabarem com a Embraer. Infelizmente iremos perder muito, quem dirá os trabalhadores…
Como deverá ficar o ITA? Qual empresa nacional irá absorver tantos graduados, doutores e mestres?