Estimativas iniciais do banco levam em conta a necessidade de um alto prêmio de aquisição para que o governo brasileiro tope abrir mão da Embraer; Michel Temer, no entanto, já disse que não venderá a companhia durante seu mandato
A negociação envolvendo Embraer (EMBR3 (/EMBR3)) e Boeing (/assuntos/boeing), que foi primeiramente divulgada pelo Wall Street Journal e depois confirmada pelas duas empresas, fizeram as ações da fabricante de aeronaves brasileira subirem quase 40% na B3 (antiga BM&FBovespa) nesta quinta-feira (21). Na mesma velocidade da disparada dos papéis, analistas que acompanham o setor correram para fazer as contas de qual o potencial de valorização que ainda há na empresa mesmo após esta explosão de valor.
Um dos primeiros a soltar suas estimativas foi o BTG Pactual: seus analistas, Renato Mimica e Samuel Alves, calcularam que a Embraer pode ser avaliada em cerca de US$ 15 bilhões numa eventual venda para a Boeing. Com uma taxa de câmbio de R$ 3,30 por dólar, a Embraer valeria R$ 49,5 bilhões nestas estimativas do BTG, o que aponta um potencial de alta de 230,9% para a ação, tendo em vista o preço de fechamento dela nesta quinta, de R$ 20,20 (ela subiu 22,50% em relação ao pregão anterior).
A conta foi feita com base na necessidade da Boeing ter que “aumentar massivamente o prêmio de aquisição”, pelo fato da Embraer possuir dois obstáculos para uma eventual venda: os “golden shares”, ferramenta que dá ao acionista controlador (no caso, o governo) de vetar decisões estratégicas da companhia, e a “poison pill” presente no estatuto da empresa, que seria disparada caso algum acionista detenha mais de 35% do capital da empresa.
“Obviamente é difícil abrir recomendações baseadas em especulações, mas nós seguimos construtivos com Embraer”, escrevem Mimica e Alves, que já tinham recomendação de compra atribuída aos ativos EMBR3.
O acordo
De acordo com jornal americano, as conversas entre Embraer e Boeing aguardam a avaliação do governo brasileiro sobre assinatura de eventual acordo. A aprovação seria necessária em razão da existência de “golden share” com poder de veto. O negócio poderia acrescentar jatos regionais ao portfólio de aeronaves comerciais da Boeing, diz o jornal.
Nesta tarde, reportagem do jornal Folha de S. Paulo citando uma fonte do governo, disse que o presidente Michel Temer apoia a negociação entre as duas empresas mas foi enfático ao dizer que não venderá o controle da Embraer em seu mandato.
FONTE: Infomoney
FOTOS: Ilustrativas
Lembrei da Troller, comprada pela Ford e fechada em seguida.
A Troller não fechou. A empresa produz um veiculo infinitamente superior ao modelo rústico que montava antes de ser adquirida pela Ford. De nacional, o antigo Troller não tinha nada. Conjunto mecânico da MWM alemã, projeto copiado da Jeep.
Mas como qualquer aquisição de empresas nacionais por gigantes estrangeiras, o setor de pesquisa e desenvolvimento se mantem em seus países de origem garantindo que o desenvolvimento tecnológico se mantenha no norte do mundo e nós continuemos um “país-quintal”!
A Troller como a conheciamos, fechou sim.
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O veiculo eh “superior” em nivel parque, rede de concessionarios, peças(?), mas o preço do veiculo diminuiu?
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Entao qual a real vantagem para o consumidor final? Levando-se em conta que as caracteristicas fora de estrada do veiculo nao mudaram?
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Como nao tinha? Porque se utilizava de varias peças “de prateleira” da industria nacional? Motor MwM, GM e Ford tb utilizaram nas D-20 e F-1000 e nao deixaram de ser nacionais, deixaram? (Oooo a poderosa Ford, usava motores de outra fabricante! – Serio! Entre nos ok?)
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A sim… “projeto copiado da Jeep”… nao creio, mas c for… e dai? O Wrangler e tao bom, que a Ford comprou uma “fabriqueta (sic!), no Brasil?
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Risivel teus comentarios… no “minimo” tu trabalhas na Ford… As favas!
O que os americanos querem é comprar a tecnologia/expertise da Embraer, pois avião da Embraer não cai. Os da Boeing caem como mosca. Simples assim.
Não vai ser nenhuma surpresa se realmente a BOING comprar a EMBRAER. Até porque, a empresa brasileira na verdade, verdadeira é VERDE-AMARELA ATÉ A PÁGINA 2, já que o grosso do recheio tecnológico, altamente sofisticado, que compõem os seus aviões são basicamente gringos, de fornecedores externos, especialmente americanos. A Embraer é uma MONTADORA e não uma construtora de aviões; a Embraer projeta aviões, define tecnologias a serem aplicadas, cria e desenvolve designs, detendo assim, a PROPRIEDADE INTELECTUAL do projeto. É claro que ela produz sim alguns itens, peças e componentes, mas o grosso da aviônica, sistemas vem de fora, o que torna a empresa extremamente dependente. O modelo de negócio da Embraer é inteligente, eficiente, bem elaborado e lucrativa levando-se em conta que ela não detém, tem controle de toda a cadeia produtiva, mas por outro lado, neste modelo o qual ela escolheu e tem sido bem sucedida, a torna também, vulnerável e bastante exposta, caso haja quebra na cadeia logística por razões fortuitas ou políticas. AINDA ASSIM, seria LAMENTÁVEL ver mais uma empresa de projeção internacional cair nas mãos de estrangeiros, fazendo com o que o Brasil perca ainda mais relevância no cenário global.
Sim mas nem mesmo a boieng fábrica tudo os motores tem componentes britânico, fuselagem sentar do Japão trens de pouso da Europa pontas das asas coreanos partes centrais das asas do Japão o resto é feito em fábricas da Boeing na Austrália Canadá
O as leis do piloto altomatico foi desenvolvido pela Embraer no sistema fly by wire!
Eu não nego a expertise da EMBRAER na fabricação de alguns componentes, itens e peças importantes e de alto valor tecnológico de sua gama de aviões, mas é muito pequeno se comparado a Boing e Airbus. Mesmo as gigantes americanas não sendo fabricantes de todos itens/peças, a maior parte das empresas fornecedoras são americanas ou europeias. Bem diferente do que ocorre com a Embraer, pois INFELIZMENTE, o Brasil não possui um parque industrial, um conjunto significativo de empresas de BANDEIRA VERDE-AMARELA de alta tecnologia. Por isso digo que a situação da Embraer é vulnerável neste aspecto pois fica SEMPRE na dependência de autorização do governo americano por exemplo, para vender aviões a determinados países porque os fornecedores das principais peças e tecnologias são americanas.
Um exemplo claro do que estou falando ocorreu ano passado ou retrasado.
Após o governo Obama ter levantado as sanções contra o Irã depois do cumprimento das regras acordadas no acordo nuclear, vários países fizeram e estão fazendo negócios com aquele país.
Representantes do governo Iraniano vieram ao Brasil e acertaram a compra de DEZENAS DE JATOS REGIONAIS, porem, todavia, no entanto e entretanto, ATÉ HOJE, o negócio não foi sacramentado porque a Embraer está na dependência da autorização do digníssimo Presidente Trump.
Como é sabido que o Trump detesta os Aiatolás, o que vai acontecer é que RUSSOS e CHINESES vão tomar esse mercado. No final, dançamos nós, dança a EMBRAER..
Se o Brasil tivesse uma CERTA AUTONOMIA e INDEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA pelo menos na fabricação de peças mais sensíveis, não estaríamos nesta situação.
Amaral,
É isso aí. A Embraer é uma empresa que monta aviões. A Embraer não detém patentes. O negócio da Embraer e competir na oferta de jatos regionais e jatos executivos porque a Embraer consegue custos reduzidos e preços competitivos no mercado de aviação civil regional. A Embraer não tem tamanho para competir em mercados onde Boing e Airbus mandam. Empresas do tamanho da Boing, GM, Renault, Ford, VW, faturam bilhões e valem trilhões de dólares. O DAN é um site com conteúdo militar. A Embraer é uma empresa com foco e com faturamento no mundo civil apesar de montar alguns produtos para o mercado de defesa.
Nao eh por ai… mas nao vou perder tempo em lhe explicar algo que basta tu mesmo procurar na net e se informar….
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EMBRAER e sim nacional…
Quando a Airbus tomou controle da Bombardier, todos já imaginavam aproximação entre a Boing e a Embraer tendo em vista que a Bombardier é a concorrente direta da Embraer, sendo assim é uma forma tanto da Boing não perder seu espaço frente a Airbus bem como da Embraer se manter a frente da Bombardier.
Não podemos nos esquecer também que a Embraer já tem diversas fábricas em solo Americanos, inclusive os Super Tucano estão sendo construidos na fábrica da florida. Também importante lembrar que toda venda do Super tucano precisa do aval dos Americanos, então só ai já percebemos o controle americano sobre a Embraer haja vista a quantidade de componentes embarcados. Não que isso seja ruim, pois também acontece com o Gripen.
Agora do ponto de vista econômico, é imáginavel a quantidade de capital que pode entrar na Embrear, se de fato o Super tucano vencer o contrado para substituir o A-10 Thunderbolt, estamos falando aí de de um contrato de no mínimo 100 aeronaves, coisa de alguns bilhões de doláres, receita esta que poderia ser perfeitamente empregada em outros projetos como no desenvolvimento de um caça Brasileiro no futuro, ou de outros projetos como kc-390.
Como empresa, sera muito mas muito bom para Embraer ter essa injeção de capital e ganhar o mercado. Mas seria muito triste ver uma empresa Brasileira ser diluida com o passar dos anos.
Amaral e Finger, parabéns pelas postagens. Vamos torcer para o negócio crescer e a Embraer continuar competindo.
Estão com medinho é? Americano é assim, quando se sente ameaçado ou sabota ou compra.