“NAe ‘São Paulo’ (A12)”
DAN – Está mantida a decisão de modernizar o Capitânia de nossa Esquadra?
AE Leal Ferreira – A modernização do Navio-Aeródromo (NAe) São Paulo ainda está na fase de estudos.
DAN – Caso a resposta seja afirmativa, o Senhor poderia confirmar o escopo da modernização?
AE Leal Ferreira – Face à natural obsolescência dos equipamentos do navio, os estudos conduzidos até o momento, apesar de embrionários, identificaram a necessidade da substituição de toda a instalação a vapor, o que inclui as turbinas e as caldeiras originais. Caso o projeto seja executado, a previsão para a duração dos serviços é de 48 meses.
A modernização pretendida para o NAe “São Paulo” tem como premissa básica a garantia da operação segura da aviação naval brasileira embarcada em navio-aeródromo. Portanto, o arranjo inicialmente vislumbrado consiste de um sistema integrado de propulsão e de geração de energia “diesel-elétrico” dimensionados para atender os requisitos operacionais de velocidade exigidos para as operações aéreas. Além disso, está em estudo um sistema dedicado de geração de vapor para alimentação das duas catapultas.
DAN – Quanto tempo durará a modernização? Será realizada pelo AMRJ? Empresas nacionais, empresas estrangeiras podem ser contratadas?
AE Leal Ferreira – O projeto conceitual de modernização e atualização técnica do NAe São Paulo deverá estar concluído até o fim deste ano.
Padilha
Caso não seja viável a modernização do São Paulo isso significaria a baixa do navio ou o seu uso da maneira que está apenas solucionando o problema da geração de energia elétrica.
Afinal sempre foi dito que o objetivo de sua existência é a manutenção da doutrina de operação de porta-aviões.
Abraços
O NAE São Paulo na minha visão será modernizado.
O navio não é pra manter doutrina. Ele será efetivo como o exemplo chinês e indiano.
Mas levará tempo até que toda a modernização seja terminada.
como já foi dito o brasil deveria vende-lo para o ferro velho e compra da França um já que nossos estaleiros nao tem capacidade de fazer um porta-avioes e a França parece sem o caminho natural já que os projetos americanos sao muito caros
É já era……..avisados foram que sito era um poço sem fundo de custo e dinheiro.
Se o Alm leal tiver força e coragem para mandar este navio para a Alang será provavelmente o melhor comandante da MB neste milênio.
Grande abraço
Se não vale a pena aposenta, como porta helicópteros vai dar no mesmo … reformar e comprar helicópteros ??? Sai mais caro.
Já falei, testa os Penguins e Hapoon nele, perto da costa pra servir de coral artificial e a turma praticar mergulho , a natureza agradece.
Já era com os cortes feitos pela DILMINHA, a nossa MB terá em seu inventário somente a CV BARROSO e os NP Classe AMAZONAS , MACAÉ e GUANABARA além dos Navios AUXILIARES e LANCHAS.
A causa principal da MB manter o A-12 é se aposenta-lo pra economizar verbas, a MB simplesmente vai perder o dinheiro para aplicações de políticas elitoreiras em outras áreas do governo. É como diz o ditado:”é melhor poder ouvir bobagens que ser surdo”!
O que falas é verdade, SE a MB desistisse de seu NAe, a verba sumiria da Marinha.
Mas a principal causa da MB manter um NAe e sonhar com dois em duas frotas é que sem ele, significa sem poder operar um Grupo-Tarefa nucleado em porta-aviões.
E isso significa que tua Marinha passa de imediato para a segunda divisão tendendo para se transformar em uma Guarda-Costeira parruda…
Isso simplesmente NÃO VAI ACONTECER pois os Almirantes não são loucos de diminuir o status objetivo da sua força. ISSO seria dar um tiro no pé. DE CANHÃO NAVAL…
De tudo exposto acima, ou nossos marinheiros não conhecem nada de Navio Aeródromo ou a França entregou uma máquina sucateada, ou FHC/Lula recebeu propina para nos empurrar essa banheira…
Não a MB comprou o que podia comprar na época do FHC com a fortuna de 12 milhões de dólares cobrada pelos franceses. Se você raciocinar um POUQUINHO verás que ao cobrar uma quantia pouco superior a um Super Tucano por um navio aeródromo como o Foch de mais de deslocamento de mais de 30 Ktn os franceses foram éticos pra caramba e praticamente AVISARAM que o Foch estava no bagaço. Mas era a ÚNICA ALTERNATIVA da MB na época,
E ISSO também dá a MEDIDA de quanto é importante e quão longe a MB está desde SEMPRE disposta a arriscar a manter-se uma marinha operadora de NAes….
A US Nagy já ofereceu um pacote de transferência de navios para a MB pela bagatela de U$ 150 milhões.
O “pacote”continha 2 destroyer da classe SPRUANCE,4 fragata OHP,um navio-
tanque CIMARROM,mais um LST da classe Newport e dois LPDs.
Também no foi oferecido o navio aeródromo USS Independence da classe forrestal por U$ 80 milhões ,antes da oferta do PA Foch feita pela França.
O tempo que vai levar para colocar esse bicho na agua em confiçoes. Daria para construir um nae do zero.
SE você não fizer isto com o NAe São Paulo, provavelmente nunca conseguirá construir um NAe do zero…
Vamos fazer agora exatamente o MESMO que China e Índia fizeram:
Modernizar um casco antigo, aprender MUITO no processo para estar melhor preparados para tentar construir nosso primeiro NAe… Porque é tão difícil as pessoas entenderem como isto é importante e SENSATO…
Graças a Deus a pá de cal veio e boa hora.
Dá para sentir pela entrevista que não há certeza que o A-12 será modernizado. Isto já é um avanço enorme.
Deve ser difícil converser parte do almirantado que modernizar o A-12 é uma grande perda de tempo. Com o adiamento das entregas dos A-4, não faz sentido e nem há pressa ($) para iniciar esta loucura.
Sua interpretação do texto difere um pouco do texto que li….
Quando se fala que a modernização “ainda está em estudos” é uma mudança. Antes era certo q seria modernizado, ate o prazo da modernização já saiu em edital…
Foi isto que entendi.
Desculpa para aqueles que defendem a modernização de um porta aviões tão antigo e sem potencial futuro e ainda para ajudar a um custo muito grande para uma marinha que vem ano após ano passando por um contingenciamento cada vez maior.
Não sei o que se passa na mente das cabeças pensantes dentro da MB, modernizar e equipar o SP parece uma piada perante ao que estamos vendo mundo afora, teremos um navio com mais de 50 anos com aeronaves dos anos 50 modernizadas para avançar além de 2020.
As verbas destinadas a este programa e aos outros envolvidos do tipo C-1/AF-1M deveriam ser empregadas em outras frentes mais essenciais.
Bom é o que eu penso.
É mesmo a MB, a marinha do Exército Popular da China e a Marinha da Índia todas defendem a modernização e reforma de unidades de décadas atrás para usar nas próximas duas décadas…
É o Brasil ainda vai poder operar Sea Gripens feitos aqui na Embraer no NAe velho e modernizado…
Voce deve mesmo pedir desculpa por ter tão pouca modéstia de achar que é mais sabido que as Marinhas de 3 países como Brasil, China e Índia… Uma ideia de tão pouco futuro….
Caro Gilberto.
Comparar a MB com programas “similares” que vem ocorrendo na China e índia chega a ser completamente sem noção, vamos partir do ponto de que lá os navios foram quase que reconstruídos e que os orçamentos para tais programas são bem maiores.
Isso sem falar do seu armamento orgânico e do componente aéreo que é bem diferente e superior ao nosso Mig-29K,J-15, ou seja não tem comparação. Estaremos (espero que não) em “breve” investindo no desenvolvimento de uma versão naval do Gripen o “Sea Gripen” ai fico me perguntando se vale investir somas neste vetor sendo que o mercado internacional fornece opções aceitáveis. E quem comprará esta aeronave além do Brasil????
São perguntas que me faço, hoje contamos com um porta aviões que teve sua construção iniciada nos anos 50 e querem que ele fique em operação além de 2020 e o irônico é com aeronaves dos anos 50 também modernizadas e de pouco potencial futuro a não ser adestramento porque sabemos que no contexto atual mesmo com toda a aviônica seu emprego seria limitado.
Segundo você eu deveria pedir desculpa por minha falta de modéstia por achar que sou mais “sabido”,mas em contrapartida de digo que acredito em cada linha que escrevi e que é sim um desperdício do dinheiro do contribuinte em investir num navio antigo e que só vem dando problemas desde que foi “comprado” .
Mais uma vez digo que não existe tal comparação com as marinhas que você mencionou é só dar uma estudada no atual poderio deles e seus respectivos orçamentos e planos de seus futuros porta aviões para que a sua lógica vá por água a baixo afinal o “sabido” aqui fez uma comparação para ver o quanto estamos perdendo.
Ahhh e quando falo das aeronaves dos anos 50 levo em consideração a concepção das mesmas e não a sua data de fabricação porque os A-4 da MB foram os últimos a serem produzidos sendo assim são da versão mais nova.
Olha a diferença dos porta aviões da China e índia pro são paulo.
Sistema dedicado de vapor ???
UEBA aumentam as chances do meu pitaco louco !!!
A melhor alternativa para gerar vapor para o NAe São Paulo é instalar uma versão compacta do reator nuclear do Submarino Nuclear….
Va iter vapor a dar com pau e sem ocupar espaços com combustível líquido para gerar vapor, o que vai aumentar a capacidade de combustível e consequentemente o tempo e adistância que a unidade poderá operar.
Igualmente além do vapor para as operações aéreas o reator nuclear poderá conectado a uma turbina e gerador elétrico ser uma potente unidade auxiliar de energia que se não tem capacidade de prover propulsão para uma unidade muito maior que um submarino, poderá TRANQUILAMENTE dar conta de toda necessidade de energia elétrica do navio enquanto ATRACADO gerando economia SUBSTANCIAL de combustível líquido.
SEI que não é uma solução usual ou mesmo fácil de implementar, mas seria muito ousado e vantajoso fazê-la.
Seria uma solução inovativa mundialmente e mostraria à oposição externa que REALMENTE a parte nuclear do nosso submarino atômico é tecnologia de domínio
BRASILEIRO e não um fruto proibido de um suposto acordo secreto com a França como alguns Think-Tankers americanos insinuam…
Conheço a planta do NAe e também o projeto nuclear brasileiro de perto.
Posso afirmar que o que falas é uma grande bobagem. Nem o navio teria condições de uma obra destas sem ter que mexer em todo o arranjo de casco, superestrutura, cavernas, etc. nem o projeto nuclear se encontra em uma fase que tenhamos um reator pronto para produzir calor para se passar um café, quem dirá alimentar a utopia apresentada.
Além do mais espaço em tanque é o que este navio mais tem. A autonomia não ganharia em nada com este esquema maluco.
Quanto à modernização em si apresentada, infelizmente não passa de um projeto. O gasto seria astronômico para um aumento pífio de vida útil. A catapulta lateral está condenada, ou seja, a não ser que uma nova seja fabricada, tendo que provavelmente modificar o convés este aumento de vida útil seria para um porta aviões de uma catapulta só. Isto sem contar com o aparelho de parada que apresenta problema nos cilindros hidráulicos.
Ou seja a mudanca de propulsão seria para apenas mantermos um porta helicópteros ou então um salão de festas para autoridades.
É uma perda de tempo e gasto desnecessário essa reforma, deveriam investir esse dinheiro(que tá pouco)em um projeto nacional ou comprar da França o projeto do cdg,digo só o projeto da estrutura e construir no Brasil com sistemas nacional.
Não sei porque de incistir em manter coisas velhas ,essa reforma vai durar até quando dois,três meses até a próxima reforma.
Falando desse jeito parece fácil! Transferência de tecnologia também é caro.
Bem… Propulsão e geração energia novos diesel-eletricos e instalação de um sistema dedicado de geração a vapor para as catapultas, é o minimo necessario para essa embarcação continuar na ativa, AE Leal me parece muito mais realista e focado que o antecessor! Ótima Entrevista, um abraço.
Bem realista e menos custoso que a larga lista antes apresentada. Esse Nae estando pronto para navegar e catapultar os outros itens podem ser instalados com o tempo.
fim do ano…..mesmo? gostaria que o DAN me esclarecesse se possível, como isso ocorrerá face ao atual panorama de contingenciamentos…..Sds……
Dílson, pelo que entendi esse ano fica pronto o projeto conceitual, ou seja, esse ano ele definem tudo certinho o que vai, o que não vai ser feito…quais fornecedores etc… A data para a execução do projeto o CM nem quis comentar