Por Luiz Padilha
Esta edição da Euronaval 2016 não haviam só conceitos, haviam também muitos equipamentos campeões de vendas, equipamentos testados em combate e que não podem faltar num evento com este.
A Elbit Systems apresentou o drone Skylark e seus sistemas SIGINT e SupervisIR, com foco em ações de vigilância e anti-pirataria.
O estaleiro Hyundai trouxe maquetes de seus produtos: Uma fragata de 3.500 toneladas, um navio patrulha e um Navio de Apoio Logístico de 25.000 toneladas.
A BAE Systems trouxe um mock up em tamanho real do seu canhão Bofors 40mm MK4, um mock up em escala reduzida de seu canhão Bofors 57mm MK3, apresentou sem nenhuma alteração sua futura fragata Type 26 do programa Global Combat Ship que irá substituir as atuais Type 23 e uma corveta baseada no projeto de OPVs classe River.
Junto ao stand da Lockheed Martin, estava o da General Atomics Eletromagnetics, mostrando um vídeo onde todas as aeronaves que são operados a bordo de seus porta aviões, eram testados com a novíssima catapulta magnética EMALS, que equipa o novo porta aviões americano, o USS Gerald R. Ford (CVN 78).
O estaleiro Navantia montou um stand com um mezzanino, salas de reuniões e esteve lotado durante toda a exposição. Boas encomendas poderão surgir em breve. Abaixo a F110, nova fragata multi-propósito de 5.000 ton. especializada em combate ASW com o novo mastro integrado desenvolvido pela Lockheed Martin e pela INDRA.
A fabricante de motores navais MTU, que agora pertence à Rolls Royce expôs seus motores a diesel para geração de energia elétrica e para propulsão, com destaque para o 12V 4000 U83 para submarinos.
O stand da Raytheon era pontuado por mísseis conhecidos, como o Standard SM-2, o míssil do CIWS RAM Block II e a bomba guiada Excalibur N5.
O stand da Safran foi um dos mais concorridos da exposição, completamente cheio durante toda a Euronaval. Os destaques para os sistemas de controle de tiro PASEO NS e PASEO XLR, para sistema eletro-ótico EOMS NG e os periscópios de ataque Series 30 AOM, de busca Series 30 SOM e o radar Series 10 CSR.
A empresa australiana CEA trouxe o modelo de seu radar phased array CEAFAR que equipa as fragatas australianas da classe Anzac, uma maquete do sistema radar baseado em terra.
A Thales trouxe para a Euronaval este ano seu mais novo produto, o radar NS-200 que opera na banda S e que segundo a empresa, poderá equipar corvetas e fragatas.
Positivo Bardini mas só funciona quando apoiados por um porta aviões… um DDG operando sozinho não vai ter sempre o apoio de um E-2 para fazer a triangulação.
O radar do Romeo tem alcance de 200NM. Cada Destroyer tem uma boa extensão dos seus sensores para ASuW.
O SM-2 é bem grandinho… por essa foto deu para ter uma noção exata do tamanho do bicho… esse míssil além de dar uma cobertura anti aérea de 90 NM também pode ser usado com arma ANTI NAVIO desde que o alvo esteja até no horizonte radar, ou seja em torno de 30 km… Já o novo SM-6 tem capacidade de engajar um alvo de superfície a mais de 200 NM, bem além do horizonte, desde que conte com o auxílio de um avião radar E-2… apesar da ogiva relativamente pequena (feita para abater aeronaves) a velocidade mach 3,5 é suficiente para afundar um Destroyer… O DDG-53 já demonstrou essa capacidade afundando uma OHP com um SM-6.
A algumas semanas reparei em um comentário de general 4 estrelas que estava passando
para a reserva , no qual ele dizia ” Quando olhares para o litoral brasileiro e vires várias
divisões inimigas desembarcando , peçam para nossos militares gritarem , esperem mais
um pouco estamos no limite de nossos gastos” .Um abraço.
A meu ponto de vista, seria mais viavel um porta avioes mais moderno, adquirindo um novo a reformar uma sucata igual a essa. Outra questao sao os caças, mesmo modernizados pela EMBRAER, pq nao adquirir mais novos e ao inves da Marinha do Brasil insistir com o aviao museu que sao os tracker, pq nao adquirir os Vikinks que sao a turbinas e tem a mesma funcao?…
Prezado leitor, os Vikings não podem operar no NAe SP. O peso de decolagem e pouso e fora do padrão.
Gostaria muito de saber se o Brasil se interessou por algum dos equipamentos mostrados. Teria alguma informação, Luiz Padilha?
Curiosidade está a mil aqui!
Muitas conversas evidentemente visando o futuro. Conhecer o que os fabricantes tem é sempre bom. Mas nada além disso.
Gostaria muito de saber se pelo menos o Brasil entrou em conversa sobre estar interessado em algum dos equipamentos citados.
Nem que seja apenas conversas mesmo. Pois a curiosidade está super alta!
A MB visitou muitos stands. Conhecimento é tudo.
Sabe Padilha e Wiltgen vira e mexe e a história retorna. Veja que o giro de foristas novos ou retornando é muito legal para o DAN. Uma coisa que me parece interessante é um um estudo sobre estratégia de defesa e o uso da esquadra e seus meios. Bem Abraços e é apenas uma sugestão. Sei que tem muito material no DAN, mas me refiro a um compilado.
Sugiro a seguinte leitura:
http://www.defesaaereanaval.com.br/navio-aerodromo/
Esses dias estava vendo um video no youtube falando sobre como o porta aviões São Paulo é desnecessário para a Marinha do Brasil por ser um equipamento ofensivo que não tem nada haver com a estrategia de defesa nacional. Um dos pontos abordados era em relação ao custo de operação e manutenção do navio. Ai me veio uma duvida; seria possível converter um navio ou submarino de propulsão convencional para propulsão nuclear? Se sim seria mais viável dada a situação orçamentaria das forças armadas e os cortes em programas estratégicos como o do submarino nuclear brasileiro?
Ibanez, em termos de engenharia naval, tudo é possível. Mas vamos por partes.
O custo neste caso seria proibitivo, e com a atual situação financeira que o país passa, seria loucura. Isso sem contar que ainda não dominamos o conhecimento para construir um reator para impulsionar um porta aviões. A MB trabalha forte para a miniaturização de seu reator e irá primeiro finalizar o submarino de propulsão nuclear.
Quanto ao que você leu sobre o NAe São Paulo ser desnecessário, esse tipo de comentário normalmente vem de pessoas que não estão familiarizadas com o uso do mesmo num hipotético conflito. Infelizmente, nem todos tem acesso aos meandros da utilização de meios navais, e assim, acabam escrevendo o que lhes vem a cabeça. Isso é normal, pois não temos no Brasil uma cultura de Defesa.
Mas estamos melhorando e a Defesa está sendo mais debatida e muitas dúvidas estão sendo dirimidas atualmente seja através de revistas ou de sites. Espero que o povo se interesse cada vez mais no assunto, para que possamos debater muito mais sobre o tema Defesa.
Espero ter lhe atendido de forma satisfatória.
Abraços.