Lanchas para o transporte de estudantes na zona rural de Alfenas (MG), que custaram R$ 200 mil, estão abandonadas no tempo. Elas foram enviadas ao município pelo governo federal e estão paradas há 1 ano e meio. Um dos motivos para o abandono das embarcações, usadas por apenas duas semanas, foi o medo dos pais dos estudantes, que acharam o transporte inseguro.
“Um barquinho daquele, como ficava no dia que caísse uma chuva, que tivesse ventando muito, que jeito que iam ficar os pais do outro lado”, questionou o aposentado Jaime de Oliveira.
As próprias crianças que andaram nos barcos dizem que ficaram com medo. “Balança muito e de manhã quando a gente vai é muito frio”, disse a estudante Laiz dos Santos.
Sem proteção, os barcos construídos pela Marinha Brasileira viraram casa de marimbondos. A estrutura já apresenta problemas. As janelas estão rasgadas, parte da pintura do casco está danificada e as luzes de sinalização estão quebradas, além da sujeira. Dois motores também desapareceram. A situação de abandono levou um vereador a pedir na Câmara Municipal um destino para as embarcações que estão se deteriorando no pátio de um clube de Alfenas.
Os barcos chegaram a Alfenas em 2012 através do programa “Caminho da Escola’, do governo federal. O objetivo era atender os alunos que moram nas áreas ribeirinhas. Sem utilizarem os barcos, os estudantes dependem de um ônibus que atravessa o Lago de Furnas em uma balsa. Depois de atravessar o lago, o veículo ainda anda cerca de 12 quilômetros de estrada de terra até o Centro da cidade. Pela água, o percurso seria de 1 quilômetro e meio.
A chefia de gabinete da Secretaria de Educação de Alfenas disse que quando o atual governo assumiu a administração, uma das embarcações já estava no clube sem o motor. Já o segundo barco foi levado para lá em março do ano passado, após ter o motor roubado. Um boletim de ocorrência foi registrado e a polícia irá investigar o caso.
FONTE: G1
Parece que colocaram como sendo um “problema de segurança” somente para justificar a falta de vergonha política.
Pobre povo.
Na verdade, a alternativa a essas lanchas é a contratação de empresas de transporte, pagas por distância percorrida por dia, como era antes. Essa alternativa, além de ser mais cara, porque envolve o lucro, é de difícil fiscalização, pois não é fácil verificar se o barco foi aonde deveria ir assim como é praticamente impossível aferir se toda a distância percorrida foi realizada em razão do transporte escolar rural.
Como dito, é um programa federal, incluído no orçamento da educação (Pnate, do MEC), repassado diretamente aos municípios. Qualquer munícipe pode e deve denunciar o mal uso desse expediente por meio do Ministério Público Federal.
Desculpe, mas a MB não tem que apurar nada.
A MB foi contratada pelo Governo Federal, para fabricar as lanchas. E só.
Após entregues, são de responsabilidade dos utilizadores. Foram transferidas pelo GF para os Estados e Prefeituras.
E aí, viram o mesmo caso, obviamente não de forma generalizada, das ambulâncias e dos ônibus escolares geridos por prefeituras Brasil afora.
Incompetência, negligéncia e má gestão do patrimônio público.
O GF e os Governos Estaduais transferem os equipamentos e fazem a propaganda, sem nem saber se as prefeituras tem as mínimas condições de manter o equipamento.
Abs
Quando é cortado o cordão umbiligal a criança chora porque houve a separação da mãe e a criança passa a alimentar sozinha. Nesse caso das lanchas pode está acontecendo isso cortaram a mamata e o dinheiro fácil começa a choradeira. O certo a fazer é a MB apurar realmente o que está acontecendo e por tudo a pratos limpos.
Posso testemunhar que no município de Iguape-SP, mais precisamente na Barra do Ribeira, uma dessas lanchas é plenamente usada e é de extrema importância para a população atendida. Inclusive é reconhecida pela segurança quando comparada aos transportes anteriores. É leviano generalizar a experiência de Alfenas para todo o território nacional. Suspeito que essas lanchinhas tenham acabado com várias tetas do transporte escolar rural onde mamavam pessoas inescrupulosas e que, possivelmente, estejam fomentando a ventilação dessa informação “imprecisa”.